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domingo, 27 de abril de 2014

Depressão

Postado por Alexsandra Macedo

Segundo a OMS, atualmente 450 milhões de pessoas são afetadas por transtornos mentais, sendo a depressão apontada como o transtorno com maior índice de crescimento. A depressão é mais comum do que algumas doenças mais temidas pela população, como a AIDS e o câncer. Sua causa é múltipla, desde as biológicas as pressões ambientais e as pessoas que sofrem dessa doença devem ser informadas e ter os mesmos cuidados que são dispensados a qualquer outra doença física.




sábado, 26 de abril de 2014

Andando para longe da depressão


Postado por Rafael Matos

Investigações têm mostrado que a depressão provoca uma redução na qualidade de vida das pessoas. Sintomas como desânimo e tristeza, característicos deste transtorno, causam a diminuição do convívio social e redução de atividade física. Esta última em alguns casos leva a obesidade. Devido à correlação entre depressão e redução na qualidade de vida, discussões sobre a prática de exercícios na área da saúde mental estão cada vez mais presentes.Estudos indicam que estas práticas fortalecem o sistema imunológico. Em parte, isso ocorre devido ao aumento de endorfinas que juntamente com a adrenalina, substâncias químicas produzidas no cérebro, liberadas principalmente durante estas atividades provocam sensações de prazer e bem estar.  Tendo em vista estes benefícios, tem aumentado a sugestão por parte dos profissionais da saúde mental para a realização de atividades físicas recreativas como práticas terapêuticas, pois além de combater o sobrepeso, a realização de atividades em locais públicos auxilia no convívio social diminuindo o isolamento.  


Um dos grandes problemas da depressão é a perda de qualidade de vida – os sintomas como desânimo e tristeza com frequência afastam os pacientes do convívio com as pessoas, reduzem suas interações sociais e até seu nível de atividade geral. Obesidade, insônia e dores pelo corpo são apenas alguns dos sintomas que se seguem desse quadro.Um estudo recente, no entanto, mostrou que atividades físicas recreativas são suficientes para reduzir o risco desse impacto da depressão na vida dos pacientes. Acompanhando a saúde de mais de quinze mil pessoas no Canadá, os pesquisadores se focaram naqueles que tinham boa qualidade de vida, observando o que poderia colocar tal qualidade em risco. Evidentemente a depressão era um fator de risco importante. Mas quando as pessoas faziam alguma atividade física, mesmo que sem grande intensidade, o risco diminuía em 70%. Por outro lado, o sedentarismo aumentava em 40% o risco de perder qualidade de vida em pacientes deprimidos.Caminhar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, nadar: mais importante que uma grande intensidade, a regularidade é que foi fundamental. Porque independente da melhora clínica dos sintomas, manter a qualidade de vida já é um grande passo no combate à depressão. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Transtornos de Ansiedade


Resenhado por Laís Santos

Castillo, A.R; Recondo, R.; Asbahr, F e Manfro, G. (2000). Transtornos de Ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria; 22 (Supl II): 20-23.

            A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, típico dos seres humanos.  Ela passa a ser patológica quando se torna desproporcional ao estímulo a que se refere, ou nos casos em que não há um desencadeador específico. No caso das crianças, é um pouco mais difícil distinguir um simples sentimento de medo, de tensão, daqueles que vão além dos padrões normais.
            Há uma distinção pontual entre transtornos de ansiedade e sintomas ansiosos. Os transtornos ansiosos são quadros clínicos nos quais os sinais de ansiedade não derivam de outras condições psiquiátricas, como a depressão, por exemplo. Os sintomas ansiosos propriamente ditos estão presentes em outros transtornos psiquiátricos, porém, não desencadeiam um transtorno de ansiedade em si, pelo fato de nesses casos serem consequências dos transtornos a eles associados.
            Em termos práticos, os transtornos de ansiedade são comuns tanto em crianças quanto em adultos; em média há uma predominância de 9% e 15% respectivamente. Em crianças, é mais comum a incidência de transtornos de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) bem como, fobias específicas. No que tange ao gênero, de modo geral, os transtornos de ansiedade se manifestam de forma semelhante, exceto com relação ao transtorno de estresse pós-traumático, fobias específicas e transtorno de pânico, nos quais há maior ocorrência em mulheres.
            O transtorno de ansiedade de separação, como citado anteriormente, está bastante presente nas fases da infância e adolescência. Ele se caracteriza por uma ansiedade exarcebada que persiste por no mínimo quatro semanas, e está relacionada ao afastamento dos genitores ou cuidadores. A criança ou adolescente apresenta um comportamento de apego exagerado a seus cuidadores, não permitindo o afastamento destes ou buscando sempre manter contato para assegurar-se de que está tudo bem.
            Uma das consequências desse transtorno é a recusa escolar secundária. Muitas crianças, mesmo gostando de estar na escola, negam-se a ir por conta do medo se afastar de seus pais. As manifestações somáticas mais comuns são: dor abdominal, dor de cabeça, náusea e vômito. Com crianças maiores, além desses sintomas, pode haver palpitações, tontura e até sensação de desmaio. No tratamento, nos casos de recusa escolar, o ideal é tentar fazer com que a criança retorne à escola o mais rápido possível, de forma gradual, respeitando os limites da criança/adolescente. É de suma importância que haja um trabalho conjunto entre terapeuta, pais e a escola. A família deve estar ciente e empenhada em ajudar a criança/adolescente a retomar sua autonomia.
            O transtorno de ansiedade generalizada (TAG), também muito comum em crianças, caracteriza-se por um medo excessivo generalizado. As crianças que apresentam tal transtorno estão sempre muito tensas, ansiosas, sentem dificuldade para relaxar, além de apresentarem traços de hiperatividade autonômica, dentre outros.  No que diz respeito ao tratamento, é importante que haja um trabalho conjunto entre os pais e o terapeuta.
            As fobias específicas caracterizam-sepela presença de um medo excessivo e relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Com relação à incidência deste transtorno na infância, ele se diferencia dos medos ‘normais’ por fugir do controle da criança, e causar prejuízos à mesma.No que tange ao tratamento das fobias específicas na infância/adolescência, de modo geral, várias técnicas psicoterápicas podem ser utilizadas, a depender da linha do terapeuta.
            A fobia social corresponde a um medo intenso e persistente de situações que exponham o sujeito à avaliação alheia, ou a comportamentos ‘vergonhosos’, ‘humilhantes’. Geralmente, crianças com fobia social se sentem mal em diversas situações como, por exemplo, ler em voz alta em sala de aula, ir a festas, e etc. Os adolescentes apresentam choro, acessos de raiva e até mesmo acabam se afastando terminantemente das situações que os levam a sentir esse ‘medo excessivo’. Além desses sintomas, os sujeitos podem vir a sentir palpitações, tremores, bem como náusea, dentre outros. Com relação ao tratamento terapêutico, não há uma vertente que se destaque mais que as outras, cada linha tem seu modo de lidar com tal transtorno.
            O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é caracterizado por um conjunto de sintomas físicos, psíquicos e emocionais, com duração mínima de mais de um mês, que geram o comprometimento das atividades do paciente. O TEPT ocorreapós o sujeito ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. No momento em que o indivíduo se recorda de tal acontecimento, é como se ele revivesse esse episódio com a mesma sensação de dor e sofrimento. As crianças, principalmente as mais novas, tendem a ter mais dificuldade para compreender e falar sobre tais eventos traumáticos; geralmente observa-se que temas relacionados ao trauma são representados através de brincadeiras repetitivas. Com relação ao tratamento do TEPT, o planejamento terapêutico deve se basear a partir da existência ou não de uma associação com outras patologias.
            Por fim, é importante diferenciar um simples medo ou tensão de reações de caráter patológico.  No caso de crianças e adolescentes, tal preocupação é ainda maior, já que, um reconhecimento precoce de algum transtorno de ansiedade pode ajudá-la, e muito, a evitar prejuízos, não apenas durante a infância, mas, problemas psíquicos no futuro.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Representações sociais da depressão e do suicídio elaboradas por estudantes de psicologia

Resenhado por Lucila Moraes

Vieira, Kay Francis Leal, & Coutinho, Maria da Penha de Lima. (2008). Representações sociais da depressão e do suicídio elaboradas por estudantes de psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 28(4), 714-727.

O artigo revisado propõe o estudo de dois grandes problemas de saúde pública, a depressão e o suicídio, com o intuito de mostrar como são construídas as representações sociais a cerca dessas desses dois fenômenos, a relação entre elas e como ambas vistas no meio acadêmico.
Apesar de não haver acontecimento específico que possa prever o suicídio, existem indícios que mostram que determinados sujeitos são mais propensos ao ato que outros, tais como pessoas com transtornos mentais, em especial o transtorno depressivo. A literatura, de uma forma geral, afirma que a relação entre o suicídio e a depressão é estreita, usando-se muitas vezes do comportamento suicida como forma de identificação de sujeitos depressivos, como ocorre no inventário de depressão de Beck. Os sintomas depressivos mais comumente relacionados ao suicídio são a baixa autoestima, desesperança em relação ao futuro, invalidade e incapacidade de enfrentar os problemas do dia a dia.
Apesar de ser complexa uma definição exata do que é o suicídio, o ato quase sempre implica em um desejo de morte e ao se executar determinada ação, resultará na morte. O comportamento suicida pode ser dividido, de maneira ampla, em três categorias: ideação suicida (pensamentos e desejos de se matar), tentativa de suicídio, que se ocorrer com êxito passa para a outra categoria, o suicídio consumado. A morte por suicídio ocupa a terceira posição entre as causas mais frequentes de falecimento na população de 15 a 44 anos, sendo os jovens o grupo mais propenso a cometer tal ato. Apesar das estatísticas sobre o suicídio serem alarmantes, esses dados nem sempre são confiáveis, visto que a sociedade ainda considera tal ato vergonhoso, e muitas vezes, a própria família tenta esconder a causa da morte por suicídio no atestado de óbito. Outro fator que dificulta nas estatísticas é que não há como verificar se o suicídio foi inconsciente, dentre eles os acidentes e as doenças ou um suicídio intencional.
O estudo utilizou como apoio teórico e metodológico das representações sociais (TRS) desenvolvida pelo francês Serge Moscovici. A amostra foi constituída por 233 estudantes do curso de Psicologia, de ambos os sexos, matriculados em uma universidade pública, e que cursavam do 1º ao último período. Para obtenção dos dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: inventário de depressão de Beck (BDI) que mede a intensidade da depressão, a escala de ideação suicida de Beck (BSI) que analisa as gradações da gravidade de desejos, atitudes e planos suicidas e, por fim, o Teste de Associação Livre de Palavras que se estrutura através da evocação de respostas dadas a partir de um ou mais estímulos indutores.
Como resultado, a pesquisa mostrou que 25 estudantes apresentaram uma pontuação acima do ponto de corte (16) proposto por Cunha (2001). Verificou-se ainda que, 80% desses estudantes com depressão eram do sexo feminino, e os principais elementos representativos da depressão mencionados pelos estudantes eram relacionados à tristeza, insatisfação, sentimento de culpa e ideação suicida. Um dado relevante mostrado ao se fazer um paralelo entre os dois instrumentos usados (BDI e BSI), é que a maioria dos estudantes que apresentavam pensamentos suicidas, cerca de 80%, apresentou também sintomas de depressão em diferentes intensidades, o que mostra a grande influência que a depressão exerce no ato suicida. Por outro lado, é importante notar também que nem todos os alunos de Psicologia que apresentavam o desejo suicida possuíam sintomas depressivos, o que mostra como o suicídio é um fenômeno complicado de ser verificado e não pode ser explicado apenas pela do transtorno depressivo, o que permite afirmar que nem todo sujeito que apresenta desejo suicida precisa, necessariamente, ter algum transtorno mental patológico.
A análise de dados feita a partir do Teste de Associação Livre de Palavras permitiu observar que a depressão foi representada pelos alunos de forma parecida com a descrição clínica categorizada nos distúrbios psicoafetivos. Muitos a representaram como uma doença que envolve sentimentos de tristeza, melancolia, incapacidade, desequilíbrio e solidão. Além disso, as descrições dadas ao estímulo depressão foram muitas vezes as mesmas dadas ao estímulo suicídio, o que mostra uma semelhança entre as representações sociais desses dois fenômenos para o grupo pesquisado. O suicídio, caracterizado pelo elemento morte, representa para os estudantes de psicologia uma fuga, desequilíbrio emocional, uma saída escolhida pelo indivíduo frente aos obstáculos advindos do ambiente externo.
O artigo traz uma importante contribuição para a literatura dos fenômenos estudados - a depressão e ato suicida -, pois tenta abordar a temática por outra visão que não apenas científica, que é a do senso comum, aproximando os dois saberes de uma forma complementar para que melhor se entenda a relação, as causas e as características de ambos os fenômenos. Apesar da recomendação desse estudo não se limitar a sujeitos específicos, visto que o problema repercute na saúde de nossa sociedade de uma forma geral, ele é especialmente indicado para estudantes e graduados em psicologia por trazer uma reflexão diferente acerca da necessidade de serviços de ajuda psicológicas mais eficientes para a população, onde o saber popular não seja totalmente esquecido, para que haja uma melhor comunicação e tratamento dos sujeitos.

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domingo, 20 de abril de 2014

Cotidiano perfeito para o SUS

Postado por Geovanna Souza
Nos últimos anos pudemos observar inúmeras reportagens veiculadas sobre o caos da saúde pública brasileira, sendo citados como principais problemas, a falta de dinheiro e os problemas de gestão. A falta de estrutura e a superlotação dos hospitais públicos são dilemas que necessitam ser repensados dentro do contexto no qual vivemos. Desta forma, o presente vídeo traz aspectos irônicos da falta de ‘humanização’, mostrando de forma lúdica como até mesmo as características do famoso Dr. House (como mau humor, ceticismo, distanciamento dos pacientes e comportamento anti social) estão presentes em nosso contexto hospitalar. 

Fonte: http://charges.uol.com.br/2010/03/03/cotidiano-perfeito-para-o-sus/
(O formato do vídeo não é suportado pelo blogspot nem pode ser convertido, é necessário acessar o site acima para visualizá-lo)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Cafeína pode causar ansiedade e até ataques de pânico

Postado por Lais Santos

A notícia em questão faz menção a uma substância bastante utilizada, a cafeína. Em excesso, ela causa diversos danos ao organismo, como por exemplo, ataques de pânico e ansiedade. Tal afirmação, chega a ser preocupante, principalmente no Brasil, país de grande tradição no que se refere ao consumo de cafeína. Até o momento, as evidências existentes acerca dos prejuízos relacionados ao uso dessa substância, dizem respeito ao abuso da mesma. Além disso, sabe-se que, mesmo para aqueles que estão sendo afetados negativamente, quando reduzida a quantidade de cafeína ingerida, há certa melhora.

A cafeína é uma substância ingerida pela maioria dos adultos diariamente, já que compõe não só o café, como também chás. Pode parecer uma opção fácil e barata para manter a energia em alta, mas uma pesquisa mortrou que, consumida com moderação, a cafeína, que é uma substância psicoativa, provoca bem-estar, no entanto, em demasia, pode até ser fatal. Entre os sintomas desagradáveis que podem ser causados pela substântica, estão taquicardia, sudorese, ansiedade e até ataques de pânico, segundo o estudo. As informações são do Daily Mail.A cafeína atinge o cérebro em apenas 20 minutos e pode bloquear a absorção de adenosina, um neurotransmissor que diz ao cérebro que estamos sonolentos, o que nos livra do cansaço. A substância também estimula o sistema nervoso central, de modo que aumenta o seu estado de alerta e diminui o tempo de reação.Com isso, a pressão arterial aumenta ligeiramente e o coração sofre todos os sintomas comumente associados à ansiedade. Segundo John Greden, da Universidade de Michigan, uma enfermeira de 27 anos se queixava de tonturas, tremores, falta de ar, dor de cabeça e batimento cardíaco irregular. Ela foi diagnosticada pela primeira vez com uma reação de ansiedade, mas, mais tarde, descobriu-se que a causa era o café. Ela estava consumindo uma média de 10 a 12 xícaras por dia. Outras pessoas tiveram sintomas semelhantes por conta da ingestão de 14 xícaras de café por dia, e uma vez que o consumo de cafeína foi reduzido, os problemas melhoraram. O tratamento ideal para a ansiedade em um paciente que consome a cafeína é eliminá-la, antes de prescrever medicação contra a condição. A cafeína também foi associada a ataques de pânico, em que as pessoas sentem que estão perdendo o controle e que algo terrível está acontecendo. Os ataques são transitórios, mas podem ser totalmente debilitante e são muito comuns.

domingo, 13 de abril de 2014

“A felicidade é química” ?!

Postado por Luana Santos


A vida moderna traz consigo uma ‘epidemia’ de palavras terminadas em ‘ão’: globalização, tecnologização, evolução... Junto com elas, há também a patologização e a medicalização. Quase tudo se torna doença, ganhando nome e status de patologia e, consequentemente, precisa ser medicado. Estamos cada vez mais empenhados em criar novas doenças ou adoecer o que antes era saudável, mas também há empenho para criar milhares de novos fármacos. É preciso cautela, todo esse desenvolvimento pode, e deve, ser usado a favor da saúde e qualidade de vida, mas, exageros à parte, será que não estamos crentes e acomodados demais no que diz a letra da música?




Letra:
Você anda deprimido?
Mas que coisa démodé!
Tem um mundo colorido
Na farmácia, pra você!
A dor forte de perder uma paixão
Não vai mais te incomodar
O emprego que só causa frustração
Você vai passar a amar!
Refrão:
Fluoxetina, Sertralina, Citalopran
Paroxetina, Nefazodona, Clonazepan
Pra dormir bem à noite e acordar de manhã bem melhor!
Você vai curtir novela
Vai gostar de ficar só
Vai achar que a vida é bela
Você vai dançar forró
Vai cantar os refrões bestas das canções...
Que só tocam por jabá...
Decorar todos os hits dos verões...
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...
(refrão)
Acredite no que a bula diz:
A felicidade é química! Ninguém é infeliz...
Você será pra sempre cool... por isso a receita é azul!
(refrão)

(Letra e música: Maurício Ricardo, arranjos Neto Castanheira)
Os Seminovos são: Neto Fog (voz), Maurício Ricardo (baixo, voz), Neto Castanheira (guitarras, produção), Tchana (guitarra base, voz), Alex Mororó (bateria).

sábado, 12 de abril de 2014

Copa do Mundo no Brasil pode estimular proliferação de doenças importadas

Postado por Mariana Menezes


Eventos que reúnem muitas pessoas em um determinado local podem ser propiciadores da disseminação de várias doenças. Durante esses eventos as pessoas ficam muito próximas umas das outras e algumas doenças podem ser transmitidas através de gotículas que são expelidas pelas vias aéreas. Doenças transmissíveis deste tipo são causadas por vírus e bactérias, assim as pessoas ficam mais vulneráveis a contrair gripe e doenças respiratórias como rinite, sinusite, pneumonia e bronquite. A notícia a seguir chama a atenção para o possível contágio por doenças trazidas pelos torcedores estrangeiros durante o megaevento que está prestes a acontecer no Brasil que é a copa do mundo.


Em meio à euforia para a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil, as autoridades da área de saúde pública estão atentas aos casos de doenças comuns em outros países que podem se proliferar entre os brasileiros. A Arena Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, receberá os jogos das seleções da Alemanha, Estados Unidos, Croácia, México, Japão, Costa Rica e Itália.Segundo as análises do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Pernambuco, os torcedores vindos destes países podem trazer em seus organismos doenças como rubéola, varicela, gripes aviárias e suínas, cólera, entre outras. Todas essas enfermidades se tornaram, com o tempo, incomuns entre a população brasileira, o que pode tornar os moradores locais mais vulneráveis por falta de anticorpos específicos.A diretora de Controle de Doenças do Estado, Rosilene Hans, admite que existem riscos, mas confirma que o Estado tem feito um trabalho intensivo para evitar surtos de doenças infecciosas entre os pernambucanos. "Existe um plano para esses eventos de massa, como carnaval, Copa do Mundo, Copa das Confederações. Ao visualizar esses cenários de suspeita de doenças, nós fazemos investigações e ações de bloqueio, vacinando e orientando", explica a enfermeira sanitarista.  

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Carga Alostática: Quando A Proteção Dá Lugar Ao Dano

Resenhado por Iracema Freitas

McEwen, B.S e Lasley, E. N. (2003). O fim do estresse como nós o conhecemos. Nova fronteira.cap.IV, pp.79-91

Uma reação alostática pode se transformar em carga alostática (quando uma pessoa ou animal é submetido a estresse repetido, não aliviado ou continuo). Isso não significa um mau funcionamento.Porém uma reação ao estresse mesmo bem ajustada, quando acionada por muito tempo e repetidas vezes pode ser danosa. Portanto, estresse crônico pode causar doenças, porque força o coração, compromete a eficiência do sistema imunológico e pode desencadear processos que levem a outras doenças, como por exemplo, o diabetes.
Alostase é uma reação natural de luta ou fuga diante de uma ameaça, ou seja, é a maneira do corpo lidar com o perigo. No entanto, esse processo pode ser alterado quando o organismo está exposto a uma situação continua de estresse, fazendo com que a reação a ele se volta contra o próprio organismo, essa é chamada de Carga Alostática.
O estresse crônico (contínuo), danifica os vasos sanguíneos nas artérias coronárias, podendo levar a aterosclerose em virtude da obstrução dessas artérias. Isso ocorre porque, diante do estresse a pessoa se prepara fisiologicamente para uma reação de luta ou fuga, e a descarga de hormônios como adrenalina facilita, por exemplo, que o sujeito se mova com rapidez. Esse processo do organismo diante de uma ameaça é natural, porém quando ativado com muita frequência leva a aterosclerose.
Um estudo sobre ruptura social (perder segurança do seu lugar no grupo, provocando instabilidade emocional) em macacos, exibiu paralelos no universo das ações humanas. Nesse estudo os animais expostos as situações novas de enfretamento com seus pares e que exigiam adaptação, provocou comportamentos agressivos, resultado de uma reação alostática que em decorrência a ativação excessiva transformou-se em carga alostática. Na Europa Oriental, Reino Unido e na Rússia, foram observadas as reações dos indivíduos que pertenciam a determinadas camadas sociais, diante das mudanças políticas e organizacionais do seu contexto social e constatou-se que quando colocados diante de agentes estressores contínuos, os grupos ameaçados apresentavam várias manifestações orgânicas negativas, tais como: pressão sanguínea alta, aumento no índice da massa corpórea, insônia, colesterol e incidência de acidentes vasculares cerebrais. A vida e a saúde ficam comprometidas quando submetidas a um estado de instabilidade.
Estresse provoca a diminuição da resistência à doença, pois quando se está sujeito ao estresse contínuo o sistema imunológico fica temporariamente inativo, em decorrência da demanda constante e do seu desgaste, aumentando a suscetibilidade a infecções do trato respiratório. A função primeira do sistema imunológico é a preparação para lidar com ferimentos, porém vai se desgastando quando solicitado continuamente.  Em alguns indivíduos com incapacidade de adaptação, a reação inadequada ao estresse pode se manter ativa, mesmo quando uma situação deixa de ser desconhecida ou desafiadora, ou seja, mesmo em uma situação trivial, o esquema orgânico natural de luta ou fuga continua em ação. Esses indivíduos, podem permanecer expondo os efeitos do estresse diário diante de eventos que outras pessoas não considerariam estressantes. Existem casos em que mesmo após fim do evento estressante, o organismo continua a recriar uma reação alostática. Logo, mesmo com o termino do estresse o sistema não consegue recobrar-se e voltar a linha de base. É como se sistema não ouvisse o sinal de fim de alarme. Todas essas condições estão relacionadas à exposição excessiva dos hormônios do estresse ( por exemplo adrenalina e hidrocortisona), seja pela duração prolongada ao tempo do estresse, seja pela incapacidade de acomodação do sistema a algo que não é mais estressante ou mesmo pela impossibilidade da suspensão de tal funcionamento.
O excesso desses hormônios pode comprometer estruturas cerebrais como hipocampo e amígdala cerebelar, enfraquecendo a capacidade de distinguir aquilo que é de fato estressante, além de impedir a suspensão da reação a ele. Contudo, quando essa reação é insuficiente, em decorrência da subprodução de hormônios do estresse, especificamente da hidrocortisona que estabiliza o sistema imunológico, o corpo passa a reagir a coisas que não seriam ameaçadoras ao corpo como por exemplo, poeira e pelos de gato, resultando em alergias, como também outros tipos de doenças inflamatórias as autoimunes (por exemplo erupções cutâneas, artrite reumatoide e esclerose múltipla).
Doenças associadas à superprodução de hidrocortisona: Síndrome de Cushing; Depressão melancólica; Diabetes; Privação de sono; Anorexia nervosa; Exercício excessivo; Transtorno obsessivo-compulsivo; Síndrome do pânico; Alcoolismo ativo crônico; Abuso físico e sexual na infância; Doença gastrintestinal funcional, Hipertireoidismo. Doenças associadas a subprodução de hidrocortisona: Depressão atípica sazonal; Síndrome de fadiga crônica; Fibromialgia; Hipotireoidismo; Abstinência de nicotina; Artrite reumatoide; alergias e asma.
A carga alostática não está ligada apenas a experiência do estresse, ela também reflete nosso estilo de vida e o modo como enfrentamos o dia-a-dia, uma vez que escolhas ruins podem contribuir para o surgimento de doenças relacionadas com o estresse. Já atividades que ajudem a contrabalancear o estresse ao nosso favor, por exemplo, atividades físicas. Há também a contribuição das conexões sociais e do isolamento que segundo pesquisas podem motivar ou reduzir os efeitos negativos do estresse.
            Leitura recomendada aos profissionais na área da saúde, estudantes e demais interessados no tema, uma vez que o texto trata dos fatores biológicos e sociais geradores e mantenedores do estresse, como também doenças associadas a ele. Alguns textos sobre o estresse que podem ajudar no aprofundamento: STRESS – temas de psiconeuroendocrinologia (Gonzalez, M.A.A); Estresse: Revisão narrativa da evolução conceitual, perspetivas teóricas e metodológicas (Faro, A; Pereira, M. E);






terça-feira, 8 de abril de 2014

Parar de fumar faz bem para saúde mental

Postado por Geovanna Souza

Fumar é um vicio presente na vida de milhares de seres humanos, e a sua dependência pode trazer diversos prejuízos à saúde física e mental da população. Com o intuito de investigar os 'benefícios' que o abandono ao hábito de fumar poderia trazer a saúde mental das pessoas, um estudo realizado por especialistas das universidades de Birmingham e de Nottingham, na Grã-Bretanha, concluiu que abandonar o cigarro pode ter os mesmos efeitos de antidepressivos na redução de estresse e ansiedade. A pesquisa foi realizada com indivíduos fumantes, que foram entrevistados antes de se comprometerem a tentar abandonar o cigarro e, entre seis semanas e seis meses depois, informavam aos pesquisadores se haviam conseguido. O que foi encontrado pelos pesquisadores é que aquelas pessoas que deixaram de fumar passaram a apresentar menos sentimentos relacionados à depressão e ansiedade, quando comparadas a quem não abandonou o cigarro. Espera-se que com esses dados se desconstrua a ideia de que o cigarro possui funções relaxantes e antiestressantes, diminuindo assim, o alto índice de fumantes no mundo.

Fonte:
 http://veja.abril.com.br/noticia/saude/parar-de-fumar-faz-bem-para-a-saude-mental

Deixar de fumar é benéfico à saúde por uma série de motivos – entre eles, a redução do risco de doenças como o câncer e a melhora das funções cardíaca e respiratória. Agora, um novo estudo mostra que abandonar o cigarro também contribui para o bem-estar mental e têm um efeito semelhante ao dos antidepressivos utilizados para tratar ansiedade ou transtornos de humor.
A pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista British Medical Journal (BMJ), é uma revisão de outros 26 estudos sobre o tema. O trabalho foi feito por especialistas das universidades de Birmingham e de Nottingham, na Grã-Bretanha.
Os fumantes que participaram dos estudos revisados tinham, em média, 44 anos e fumavam de dez a quarenta cigarros por dia. Eles foram entrevistados antes de se comprometerem a tentar abandonar o cigarro e, entre seis semanas e seis meses depois, informavam se haviam conseguido.
Os pesquisadores observaram que aqueles que deixaram de fumar passaram a apresentar menos sentimentos relacionados à depressão e ansiedade, além de ter uma visão mais positiva da vida em comparação com quem não abandonou o cigarro. Segundo os pesquisadores, esse benefício ocorreu tanto em pessoas mentalmente saudáveis como entre participantes que tinham algum de transtorno psiquiátrico.
Gemma Taylor, pesquisadora da Universidade de Birmingham que coordenou o estudo, espera que esses resultados mostrem que são falsas ideias como as de que o cigarro tem qualidades antiestressantes ou relaxantes.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Modelos de Comportamento: A Teoria da Ação Racional

Resenhado por Laís Santos

Stroebe, W. &Stroebe, M.S. (1995). Psicologia Social e Saúde. Instituto Piaget. 50-70.

            A Teoria da Ação Racional (TAR) foi desenvolvida,em 1975, por Fishbein e Ajzen. Ela propõe que o comportamento é função da intenção comportamental. De acordo com esse modelo, a intenção é permeada pelas atitudes relativas à ação específica e pelas normas subjetivas.
            As atitudes relativas à ação específica são formadas pelas crenças e avaliações acerca do resultado do comportamento. Deixar de beber, por exemplo, está associado à percepção da probabilidade de suas consequências. Essa percepção só afetará o comportamento se o sujeito chegar à conclusão de que os efeitos negativos podem recair sobre ele. Quanto às normas subjetivas, entende-se que são o modo como as pessoas importantes para nós, esperam que nos comportemos. Assim como nas atitudes relativas ao comportamento, as normas só influenciam àqueles que estiverem dispostos a cumpri-las.
            As atitudes podem ser modificadas através de interferências ambientais, aumento do custo do comportamento negativo, ou até mesmo através da persuasão – convencer o sujeito das consequências negativas às quais ele está exposto. Com relação ao aumento do custo, há certa relatividade: o que pode ser muito caro para um, pode não ser para o outro. Por exemplo, nem sempre aumentar o custo de cigarros ou mesmo de bebidas alcoólicas será suficiente para erradicar os comportamentos de fumar e beber. Portanto, entende-se que a pessoa precisa estar consciente das mudanças e o custo financeiro tem de ultrapassar os benefícios, caso contrário, este ajuste de custo não surtirá efeito.
            Dar maior ênfase as atitudes ou as normas subjetivas dependerá do peso que estes dois fatores exercem sobre o comportamento. Por exemplo, a prática de aborto, furto e assassinatos são comportamentos que parecem ser mais afetados pelas normas subjetivas do que o uso de métodos contraceptivos e a amamentação. Nos primeiros exemplos, é evidente que a pressão social é muito maior, e, portanto, tem maior influência na previsão destes comportamentos do que no exemplo posterior.
            Empiricamente, há uma correlação média relativa à previsão das intenções com as atitudes e normas de 0,68 e uma correlação média das intenções e a previsão do comportamento de 0,62. Entretanto, este modelo acaba restringindo os fatores que influenciam as intenções comportamentais, sendo que há muitos outros. O comportamento passado é um destes fatores não citados por Fishbein e Ajzen.  Ele interfere na previsão de comportamentos futuros, mesmo quando as intenções são controladas estaticamente.
            É importante entender que a TAR propõe uma descrição teórica dos fatores que determinam as intenções comportamentais. Entretanto, a execução da ação não depende apenas disso, mas também, do controle volitivo. A outra limitação deste modelo está em utilizar os comportamentos que estão sobre o total controle do sujeito. Sabemos que são raros os comportamentos que se enquadram nesta descrição. Portanto, esta restrição acaba excluindo os comportamentos que demandam aptidões, capacidades, oportunidades e a cooperação dos outros.
           



domingo, 6 de abril de 2014

Obesidade no Brasil


Postado por Ariane de Brito


O índice de obesidade no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, esse índice aumentou 54% entre 2006 e 2012. Atualmente a obesidade atinge 17,1% da população brasileira. Além disso, 51% da população geral acima de 18 anos estão acima do peso. Hábitos alimentares e o sedentarismo ajudam a explicar avanço da doença.


sábado, 5 de abril de 2014

Estudo traça efeitos do estímulo cerebral contra depressão

Postado por Alexsandra Macedo

Esta notícia desperta a atenção para o funcionamento cerebral e de como a estimulação do córtex pré-frontal pode ajudar quem sofre desse transtorno, bem como na redução dos sintomas depressivos, o que levaria a uma melhor qualidade de vida para o indivíduo e familiares.


Toronto - Qual seria a resposta à estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) em regiões específicas do cérebro de pacientes com sintomas de depressão? Essa estimulação modificaria a resposta em animais experimentais induzidos a estresse? Quais seriam as alterações relacionadas aos hormônios produzidos na região do hipotálamo e na hipófise?
Essas são perguntas que os pesquisadores Luciene Covolan, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em São Paulo, e Clement Hamani, professor de neurocirurgia da Universidade de Toronto, no Canadá, pretendem responder durante um projeto de pesquisa desenvolvido em cooperação por meio do acordo firmado em 2011 entre a FAPESP e a universidade canadense.
O projeto foi apresentado durante o primeiro simpósio da Fapesp Week 2012, realizado em Toronto, Canadá, em 17 de outubro. Há cerca de um ano, Covolan e Hamani adotaram um modelo para estudo da depressão que envolve a aplicação da DBS em região denominada córtex pré-frontal de ratos submetidos a estresse crônico contínuo, com sintomas de depressão.
A conclusão dos primeiros experimentos, publicada em 2012 na revista Biological Psychiatry, mostrou resultados significativos na redução da anedonia (perda da sensação de prazer) – indicadora do estado de depressão – e apresentou um novo desafio: estabelecer o mecanismo envolvido na redução dos sintomas da depressão pela aplicação da DBS.
Estimulados pelos revisores do artigo e pelo editor do periódico, os pesquisadores decidiram realizar novos testes, que levaram à identificação do cortisol como a principal substância envolvida no mecanismo celular pelo qual a corrente elétrica aplicada em determinadas regiões do cérebro dos animais experimentais tem o efeito de reduzir os sintomas da depressão. A ideia é estabelecer o funcionamento desse mecanismo.






sexta-feira, 4 de abril de 2014

Depressão: Conceito e Diagnóstico


 Resenhado por Mariana Menezes

Del Porto, José Alberto. (1999). Depressão: Conceito e diagnóstico. Revista Brasileira de Psiquiatria, 21(Suppl. 1), 06-11.

De acordo com Del Porto a depressão designa um estado afetivo normal (tristeza); um sintoma; uma síndrome ou uma doença. A depressão enquanto tristeza é uma resposta às situações de perda, derrota, decepções, e também uma resposta adaptativa, pois através do retraimento a pessoa poupa energia e recursos para o futuro e também por ser um sinal de alerta para os outros de que a pessoa precisa de ajuda e companhia. Enquanto sintoma, a depressão pode surgir em vários quadros clínicos como no transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, etc. Pode ocorrer também como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas. Enquanto síndrome, a depressão inclui alterações do humor como tristeza, irritabilidade, falta de capacidade de sentir prazer e apatia, e também vários outros aspectos como alterações do sono, do apetite, cognitivas, psicomotoras e vegetativas. Por fim, enquanto doença a depressão se classifica de várias formas a depender do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista; pode ser classificada como transtorno depressivo maior, melancolia, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotomia, etc. 
No diagnóstico da depressão são considerados os sintomas psíquicos, os fisiológicos e as evidências comportamentais.
Os sintomas psíquicos da depressão são:
Humor depressivo – que se caracteriza por uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa que os pacientes depressivos apresentam. Eles dizem que as coisas perderam a importância para eles e que não sentem mais alegria e prazer na vida, tudo é vazio e sem graça. Muitos se mostram insensíveis ao invés de tristes, já não se emocionam com coisas que antes os emocionavam. Acham que são um peso para os outros, e muitos até pensam em suicídio, algumas explicações para isso é que eles percebem as dificuldades e perdas de maneira intensa, e porque sentem um grande desejo de acabar com o estado emocional que estão vivendo, ou até mesmo para pagar sua “culpa”.
Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades antes consideradas como agradáveis – os depressivos já não se sentem bem fazendo o que antes eles gostavam de fazer, ao contrário vêm tudo como obrigação.
Fadiga ou sensação de perda de energia – a pessoa relata que sempre se sente fadigado, mesmo sem ter feito esforço físico, e as tarefas leves parecem exigir muito esforço, além da pessoa apresentar maior lentidão ao executá-las.
Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões – tomar decisões passa a exigir um grande esforço; e o paciente pode demorar muito para realizar atividades simples. O pensamento fica mais lento.
Os sintomas fisiológicos da depressão são:
Alterações do sono – a alteração do sono mais típica entre os depressivos é a insônia, que pode ser intermediaria, ou seja, a pessoa acorda no meio da noite e tem dificuldade para voltar a dormir; ou terminal em que o sujeito acorda muito cedo pela manhã. Também pode ocorrer sonolência excessiva mesmo durante o dia.
Alterações do apetite – pode ocorrer perda do apetite que é mais comum ou aumento do apetite. Maior consumo de açúcar e carboidrato.
Redução do interesse sexual
As evidências comportamentais da depressão são: retraimento social, crises de choro, comportamentos suicidas, retardo psicomotor, lentificação generalizada ou agitação psicomotora (os pacientes dizem sentir um peso no corpo).
 Em seu artigo Conceito e Diagnostico Del Porto também nos apresenta os tipos de depressão:
Melancolia - a principal característica da melancolia são as alterações psicomotoras. Os tratamentos biológicos são mais positivos nos quadros melancólicos do que em outros tipos de depressão.
Depressão psicótica – é caracterizada por quadros psiquiátricos nos quais ocorrem alucinações e delírios. Envolvem delírios depressivos congruentes com o humor, e neste tipo de delírio a pessoa se culpa de forma indevida e inapropriada. Ela também se acusa a por delitos e atos culposos do passado e fica se remoendo. Os temas de ruínas delirantes apresentam-se como ruína do corpo (a pessoa acredita estar com algum órgão apodrecido ou tomado pelo câncer), espiritual (a pessoa se culpa por pecados e faltas cometidos) e financeira (delírios que envolvem pobreza e miséria). Os delírios incongruentes com o humor incluem temas de perseguição e delírios de estar sendo controlado. As alucinações que acompanham a depressão são transitórias e não elaboradas. O paciente ouve vozes que o condenam, imprecações do demônio, choro de defuntos e etc. As formas mais severas da depressão psicótica é a “melancolia fantástica”, nesta forma aparecem intensos delírios e alucinações, alterando-se estados de violenta excitação e leve alteração da consciência.
Depressões Catatônicas – é caracterizada por intensas alterações da psicomotricidade, como imobilidade quase completa, atividade motora excessiva, negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia ou ecopraxia, obediência ou imitação automática. A imobilidade motora pode se apresentar como estupor ou catalepsia.
Depressões Crônicas (distimias) – os pacientes com este tipo de depressão sofrem por não sentir prazer em atividades habituais, e pela presença de uma morosidade irritável em suas vidas.
Depressões atípicas – é uma forma de depressão caracterizada por reatividade do humor, sensação de fadiga acentuada e peso nos membros, e sintomas vegetativos reversos, como aumento de peso e do apetite. As pessoas com este tipo de depressão apresentam extrema sensibilidade ao que consideram como rejeição por parte de outras pessoas.
Sazonalidade – algumas formas de depressão acentuam-se de acordo com o padrão sazonal, geralmente as depressões deste tipo ocorrem no outono e inverno. Alguns pacientes com depressão do tipo bipolar II têm fases hipomaníacas na primavera.

                O trabalho de Del Porto é uma leitura rápida e muito rica para quem deseja saber mais sobre a depressão. É feita uma revisão conceitual da depressão, dos estados depressivos e seus subtipos. O artigo “Conceito e Diagnóstico” é o tipo de literatura que deve fazer parte do acervo de quem estuda o tema, pois é a base que permitirá entender os processos da depressão.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Anabolizantes: a busca pelo corpo perfeito



Postado por Monique Carregosa

O crescente uso para fins estéticos dos esteroides anabólico-androgênicos (EAA), os popularmente chamados de anabolizantes, tem crescido significativamente, inclusive no Brasil. Os anabolizantes são substâncias sintéticas à base de testosterona e devem ser prescritos e acompanhados por endocrinologista, uma vez que são utilizados no tratamento de diversas doenças. Destarte, a realização de campanhas preventivas e o combate à máfia de medicamentos com uma fiscalização severa, são vistas como possíveis intervenções para o combate ao uso de anabolizantes.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Má noticia em saúde: Um olhar sobre as representações dos profissionais de saúde e cidadãos



Resenhado por Lucila Moraes

Gonçalves Pereira, Maria Aurora. Má noticia em saúde: um olhar sobre as representações dos profissionais de saúde e cidadãosTexto & Contexto Enfermagem [On-line] 2005, 14 (janeiro-março) : [Datadeconsulta:15/marzo/2014]Disponível em:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71414104> ISSN 0104-0707.

O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados obtidos através de um estudo, que teve como finalidade conhecer as representações de má noticia para profissionais de saúde e outros cidadãos, e proporcionar com isso, algumas reflexões sobre a temática, tendo vista a importância de uma comunicação clara e eficaz entre o profissional da saúde e seu paciente.
A comunicação de “más notícias” está relacionada com situações que modificam de forma grave e negativa o pensamento futuro do doente, e geralmente está associada à perda de objetos ou sujeitos importantes na vida de um indivíduo. Os prestadores de cuidado são os principais transmissores da ‘má notícia’, e muitas vezes ficam tão perturbados quanto quem a recebe. Os medos enfrentados por esses profissionais estão relacionados, em sua maior parte, ao medo de serem culpados pelo o que aconteceu, ou ainda em demonstrar alguma reação emocional diante do paciente, e não raras vezes, acreditam que fracassaram em sua dever de preservar a vida ou a saúde do sujeito em questão. Em virtude desses medos, muitas vezes esses profissionais comunicam a ‘má notícia’ de forma menos cuidadosa e clara, o que pode prejudicar também a reação e o enfrentamento do paciente ou familiar que recebe a noticia.
Nota-se que o maior problema enfrentado por esses profissionais da saúde não está na informação que está sendo passada, mesmo sendo ela uma ‘ má notícia’, e sim, em como e quando ela será revelada. Com isso, o ato de informar deve estar envolto de quatro princípios básicos da bioética: princípio da beneficência, princípio da autonomia, princípio da justiça e o princípio da não maleficência, todos sendo aplicados de acordo com cada situação específica e levando em consideração os valores e sentimentos dos envolvidos.
Para avaliar a representação de “má noticia”, quer para os profissionais de saúde quer para outros cidadãos, foi realizado um estudo, com entrevistas semiestruturadas feitas com médicos, enfermeiros e cidadãos, para compreender tal fenômeno. Os informantes (12 enfermeiros, 3 médicos e 8 cidadãos) foram selecionados de forma aleatória, tendo como objetivo coletar a opinião pessoal dos entrevistados sobre o significado de má noticia. Os resultados mostraram que a “má notícia” é quase sempre associada à morte ou a uma doença que pode preceder a morte, principalmente doença grave sem cura e doença oncológica. A doença grave, em sua maioria, é vista como uma ameaça à vida e à integridade pessoal, causando medo e ansiedade, e podendo afetar negativamente a vida futura e as relações pessoais do sujeito que a possui. Já a doença oncológica é, muitas vezes, envolta de mitos e crenças, que se não forem desfeitas, causam medo, insegurança e desesperança que afeta o paciente e seus entes mais próximos.
Hoje em dia as pessoas ainda evitam falar da morte e encará-la como a última fase da vida e, muitas vezes, por tentar sempre evitar falar nela de forma natural e presente, criam-se ainda mais mitos e medos que obscurecem seu verdadeiro sentido, valor e, por que não, importância.  Isso dificulta ainda mais a tarefa para os profissionais de saúde em comunicar uma notícia ruim, já que eles próprios encaram a morte do paciente como um fracasso ou com vergonha, pois foram formados e educados na expectativa de vencer a doença e, portanto a morte.
A reflexão que se faz com a comunicação de uma ‘má notícia’ é que, ela está muito associada não só a própria temática que será comunicada (seja uma doença como o câncer, um acidente grave ou até a morte iminente), mas a forma como ela é comunicada e o apoio social que se oferece ao indivíduo que recebe a informação. Aliado a isso, a percepção de morte como sendo algo negativo e muitas vezes tratada como tabu em nossa sociedade, não ajuda na comunicação da notícia, muito menos na repercussão que trás para o sujeito que a recebe e as pessoas mais próximas, afetando o processo de luto para a família ou o enfrentamento da doença pelo paciente.

 A leitura é indicada para não só para profissionais de saúde, mas para qualquer cidadão que deseja refletir mais sobre o processo e os desafios presentes na comunicação de uma notícia ruim, além de incentivar a reflexão sobre a importância e impacto que a transmissão de uma ‘ má notícia’ pode causar na vida de um indivíduo ou de uma família. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Entenda a Síndrome de Burnout, um dos mais Altos Níveis de Estresse

Postado por Grasielle Rocha

A Síndrome de Burnout como foi definida no noticiário, surge do desgaste físico e mental do trabalhador em consequência dos problemas de trabalho. Isso mostra a realidade da vida cotidiana das pessoas. É normal o indivíduo absorver os problemas de trabalho e levar para sua vida pessoal, surgindo desgaste físico e mental que o leva a ter mais problemas com as pessoas ao seu redor e principalmente com sua saúde. Não basta ser o esgotamento físico e mental, mas também o surgimento de estresse, ansiedade e que pode levar a um estado depressivo. Hoje em dia, as pessoas que sofrem de transtornos mentais comuns procuram ajuda de psicólogo e psiquiatra, e grande parte delas usam medicamentos como: ansiolíticos e antidepressivos. Porém, a realidade nos mostra o quanto está crescendo o número de pessoas que sofrem desses distúrbios e estão dependentes de remédios.




Em poucas palavras, a Síndrome de Burnout pode ser definida como um estado de esgotamento físico e mental em consequência de fatores ligados ao trabalho. A expressão inglesa “to burn out” significa “queimar-se, consumir-se por completo” e foi muito empregada em décadas passadas no esporte para referir-se a atletas que já tinham dado tudo o que podiam e não conseguiam mais manter o desempenho. Os primeiros estudos sobre esse problema foram feitos pelo psicólogo alemão radicado nos Estados Unidos Herbert J. Freudenberg, ainda nos anos 70. De lá para cá, não só o número de trabalhos científicos sobre o assunto se multiplicou, como também os casos identificados: segundo uma pesquisa publicada pela International Stress Management Association do Brasil (ISMa-BR), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são vítimas da síndrome, considerada por muitos especialistas como o nível mais alto do estresse.
Prejuízo duplo
Evidentemente, a primeira e maior vítima do burnout é o profissional. Os sintomas podem ser físicos, que vão desde um “simples” cansaço até infarto do miocárdio; comportamentais, como impaciência e agressividade; e psíquicos, como falta de memória, fadiga crônica e estado depressivo. Por outro lado, também as empresas perdem, uma vez que terão funcionários pouco produtivos, além da possibilidade de licenças médicas. Estima-se que o Brasil tenha um prejuízo de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB, ou a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) anualmente devido à improdutividade relacionada ao burnout.
Vítimas Preferenciais
Teoricamente, profissionais de todas as áreas estão sujeitos ao burnout. No entanto, estudos indicam que os mais afetados pelo problema são médicos e enfermeiros, seguidos de professores, psicólogos, assistentes sociais, policiais e bombeiros. Em comum, à exceção dos professores, são profissões que colocam o indivíduo em contato com outros, em geral, em situações desconfortáveis, de sofrimento e até morte. O fato de se sentir impotente diante de situações desesperadoras acaba gerando um estresse difícil de ser controlado, uma vez que a cada dia tudo pode se repetir.
Sintomas mais comuns
- Fadiga, apatia e desânimo constantes, mesmo quando se está de folga ou em férias;
- Irritabilidade, falta de concentração e baixo rendimento no trabalho;
- Baixa autoestima, insônia, palpitações, dores de cabeça e desordens gastrointestinais;
- Comportamento agressivo com os colegas de trabalho;
- Relacionamento cada vez mais distante com amigos e familiares;
- Uso de medicamentos ou bebidas alcoólicas para relaxar;
- Sensação de estar sobrecarregado(a) de trabalho o tempo todo;
- Vida sexual insatisfatória;
- Falta de perspectivas em relação ao futuro e sensação de que o trabalho não é recompensado como deveria;
Prevenção
O primeiro passo para se curar do burnout é reconhecer que sofre com o problema e buscar tratamento com um psicólogo, psiquiatra ou assistente social. Mas, tal como acontece com outras modalidades de estresse, o ideal é prevenir-se e evitar que o problema atinja o nível que exija tratamento.
Veja algumas atitudes que ajudam a evitá-lo:
- procure estreitar os laços familiares e de amizades fora do trabalho;
- pratique atividades físicas ou um esporte que lhe dê prazer;
- se possível, faça algum trabalho voluntário;
- se possui crença religiosa, dedique um pouco mais de tempo à sua religião;
- faça alguma terapia que proporcione relaxamento, como yoga ou tai chichuan, por exemplo;
- se a insatisfação com a profissão é muito grande, atualize o currículo e, se possível, arrisque uma mudança para alguma área que realmente goste;
- busque o autoconhecimento e respeite seus limites físicos e mentais;
- evite ao máximo levar trabalho para casa, especialmente nos finais de semana, que devem ser dias de descanso total;
- cuide da alimentação, evitando alimentos gordurosos e industrializados, bem como excessos, principalmente de bebidas alcoólicas;
- sempre que possível, dê uma pausa no trabalho, nem que seja para tomar um copo de água apenas e aproveite para fazer alongamentos, respirar fundo e dar uma relaxada de leve.
Workaholism
Nem sempre a causa da Síndrome de Burnout está na profissão em si, mas no indivíduo. Mais especificamente, no comportamento diante do trabalho. A situação tem até um termo específico: workaholism, um trocadilho em língua inglesa com as palavras work (trabalho) e alcoholism (alcoolismo). Assim, pode ser traduzida por vício em trabalho e descreve um dos comportamentos que mais geram o burnout. Em geral, o workaholic é perfeccionista, tem uma grande paixão por sua profissão e cobra muito de si mesmo (e dos colegas de trabalho). A princípio, parece ser algo positivo, pois é um indivíduo altamente produtivo. No entanto, devido a esse envolvimento intenso, quando há risco de perda do emprego ou os resultados esperados não são alcançados, o trabalhador se torna uma vítima potencial de burnout. O impacto de uma notícia negativa será sempre maior para esse tipo de pessoa, por isso, é preciso estar atento aos sintomas, que são bem subjetivos e silenciosos. Em geral, quando o workaholic chega ao extremo, já é tarde demais.