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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Maus tratos na infância ampliam chances de depressão

Postado por Mariana Menezes

Os maus-tratos na infância são mais comuns do que se pensa, além de se tratar de um grave problema social. Suas consequências psicológicas podem afetar de maneira negativa a saúde mental, além de desencadear problemas comportamentais. Os tipos mais comuns de violência cometida contra crianças são negligência, abandono, tortura psicológica, abuso físico e abuso sexual. A seguinte reportagem aponta para o fato de que pessoas que sofreram maus tratos na infância são mais propensas a desenvolver depressão, além de apresentarem maior dificuldade de resposta ao tratamento da doença.

Fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/materias/13695-maus-tratos-na-infancia-ampliam-chances-de-depressao
Pessoas que passaram por maus tratos quando crianças são duas vezes mais propensas a desenvolver episódios longos e múltiplos de depressão do que aquelas sem esse histórico, de acordo com estudo publicado no American Journal of Psychiatry. Os pesquisadores da King's College London Institute of Psychiatry, na Inglaterra, também perceberam que indivíduos maltratados são mais propensos a responder mal ao tratamento farmacológico e psicológico para a doença.
Para chegar às conclusões, foram analisados 16 estudos epidemiológicos envolvendo mais de 20.000 participantes e 10 ensaios clínicos envolvendo mais de 3.000 participantes.  A análise das pesquisas mostrou que indivíduos que sofreram maus tratos estão mais propensos a mostrarem anormalidades nos sistemas biológicos sensíveis ao estresse psicológico - como cérebro, sistema endócrino e imunológico -, tanto na infância quanto na vida adulta, o que pode trazer implicações clínicas importantes.
Outra descoberta foi de que os tratamentos tipicamente utilizados para o tratamento da doença - medicamentos antidepressivos, tratamento psicológico ou uma combinação dos dois - são menos efetivos em pessoas com esse histórico.
Outra descoberta foi de que os tratamentos tipicamente utilizados para o tratamento da doença - medicamentos antidepressivos, tratamento psicológico ou uma combinação dos dois - são menos efetivos em pessoas com esse histórico.Os estudiosos acreditam que identificar os riscos desse tipo de depressão é crucial, de uma perspectiva de saúde pública. Portanto, prevenção e intervenções terapêuticas precoces, visando cuidar dos maus tratos na infância, podem ser vitais para ajudar a evitar a maior carga nos sistemas de saúde devido à depressão.Saber que os indivíduos com histórico de maus tratos não respondem tão bem ao tratamento também pode ser uma informação valiosa para os médicos na determinação do prognóstico dos pacientes.Apesar de já terem sido identificados quais são os fatores biológicos influenciados pelos maus tratos na infância, estudos futuros pretendem decifrar exatamente quais são as mudanças associadas aos múltiplos episódios de depressão.A depressão está entre os transtornos psiquiátricos mais comuns em todo o mundo, com uma em cada 10 crianças expostas a maus tratos, incluindo o abuso psicológico, físico ou sexual ou negligência.

domingo, 28 de setembro de 2014

Uma em cada três mulheres sofre de ansiedade após nascimento do primeiro filho

Postado por Laís Santos

Estudo australiano constatou que cerca de um terço das mães de primeira viagem apresentam ansiedade após o nascimento de seus filhos. Tal achado revela a incidência de ansiedade como sendo um transtorno mais comum que a depressão pós-parto. Além disso, esse mesmo estudo indicou que 17 % dos pais de primeira viagem também apresentam sintomas de ansiedade durante os primeiros seis meses pós-nascimento da criança. Acreditamos que estudos como este, realizado na Austrália, são muito importantes, à medida que trazem à tona dados jamais vistos, e consequentemente, geram novos olhares, novas formas de propiciar saúde, reduzindo sintomas e até mesmo prevenindo a existência dos mesmos.


Um novo estudo mostrou que aproximadamente um terço das mães de primeira viagem sofre de ansiedade após o nascimento de seu bebê, mostrando que esse problema é mais comum do que depressão pós-parto, que atinge 15% das mulheres. Ainda segundo a pesquisa, os sintomas da ansiedade também acometem 17% dos homens no período de seis meses após o nascimento do primeiro filho. O trabalho, feito na Universidade Monash, na Austrália, será publicado na edição de dezembro do periódico Journal of Affective Disorders. Participaram do estudo 172 casais que se tornaram pais pela primeira vez. Eles foram avaliados um mês e seis meses após o nascimento de seus filhos. Ao final do estudo, 33% das mães e 17% dos pais apresentaram sintomas de distúrbios mentais, sendo que os mais prevalentes foram os relacionados à ansiedade.“A maioria das pessoas pensa que a depressão pós-parto é o problema psicológico mais comum entre os novos pais, mas nós descobrimos que não é tão prevalente quanto à ansiedade”, diz Karen Wynter, coordenadora do estudo. “Eu acredito que essa pesquisa mostra que nós também devemos prestar mais atenção no pai, pois ele pode apresentar problemas em se adaptar a ter um bebê em casa. Um bebê não vem com um manual para ajudar mães e pais a lidarem com a situação, e os pais podem se sentir menos confiantes ao cuidar de uma criança.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Esteróides Anabolizantes e Opções naturais

Postado por Monique Carregosa


O uso de anabolizantes de forma irregular tem acarretado riscos para homens, mulheres e adolescentes, visto que podem ocasionar tanto problemas orgânicos quanto psicológicos. Por esta razão, profissionais tem procurado orientar que estratégias naturais, como uma boa alimentação associada a exercícios físicos, bem como a utilização de suplementos ou também chamados de anabolizantes naturais, são suficientes para o alcance do objetivo corporal desejado.

domingo, 21 de setembro de 2014

Conceito de Saúde

Postado por Marcelle Leite

O conceito de saúde e doença ainda é motivo de muitas divergências, pois todas as definições apresentam certa limitação. O atual conceito de saúde de acordo com a Organização Mundial de Saúde é a visão de saúde como “situação de perfeito bem estar físico, mental e social”, vista por muitos como ultrapassada e utópica. 



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Transtorno/Síndrome do Pânico


Postado por Rafael Matos


O Transtorno do Pânico, ou Síndrome do Pânico como também é chamado, é caracterizado pela presença de crises intensas e recorrentes de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo, gerando mal-estar físico e mental, bem como, o desenvolvimento de medo de ter novas crises e as implicações que as mesmas poderiam ocasionar. Medos e preocupações tais como: perder o controle, ter um ataque cardíaco, ou até mesmo de enlouquecer são comuns nos indivíduos que possuem este quadro clínico, o que lhes causa sofrimento significativo.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Adolescência, uso de drogas e comportamento de risco.

Postado por Monique Carregosa


Apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar a adolescência propriamente dita dos 15 aos 19 anos de idade, legalmente, o Brasil segue o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990), o qual define que esta fase compreende dos 12 aos 18 anos incompletos. Desse modo, a presente notícia, que é um texto resumido pelo Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID), informa sobre os comportamentos de risco na adolescência, fase em que este grupo costuma ultrapassar os limites e colocar sua vida e integridade em risco. Como exemplo tem-se a elevada incidência de abuso de álcool e de outras drogas e violência.

“No estudo constatou-se que há prevalência do uso de drogas entre os adolescentes infratores, sendo que 61% dos jovens já fez uso de algum tipo de droga. Desses, 57% relataram ter usado drogas ilícitas. A maconha foi a mais mencionada. Em 30% dos casos, os adolescentes referiram usar mais de um tipo de droga, sendo que 17% desses disseram ter utilizado também álcool e tabaco”.

Contudo, também há um alerta de que medidas punitivas não resolverão o problema, mas faz-se necessário uma rede integrada e formada principalmente pela família, escola e comunidade que o adolescente faz parte.




A adolescência é um processo de transição que inclui conflitos que freqüentemente deixam o jovem confuso, com sentimentos opostos, que acabam influenciando seu comportamento. Assim, alguns comportamentos de risco, como a violência, a formação de grupos e gangues e o uso de drogas estão relacionados a esses sentimentos.Vários fatores estão associados ao uso, abuso ou dependência de drogas, alguns deles parecem exercer uma influência mais importante, dentre os quais a influência do grupo social (amigos e família), aprovação social, ansiedade, depressão, conflitos e problemas familiares e a atração por correr riscos. O presente artigo publicado pela revista Interação em Psicologia relatou alguns achados de um levantamento sobre o uso de drogas feito com 196 adolescentes que cometeram atos infracionais e registraram ingresso no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator, Projeto Justiça Instantânea. No estudo constatou-se que há prevalência do uso de drogas entre os adolescentes infratores, sendo que 61% dos jovens já fez uso de algum tipo de droga. Desses, 57% relataram ter usado drogas ilícitas. A maconha foi a mais mencionada. Em 30% dos casos, os adolescentes referiram usar mais de um tipo de droga, sendo que 17% desses disseram ter utilizado também álcool e tabaco. Os dados mostram que o uso de drogas, sobretudo as ilícitas, estava associado a atos infracionais. É importante ressaltar que a maioria dos adolescentes infratores usuários de drogas que foram pesquisados não freqüentava a escola, 42%. Este é um fator de risco e contribui no processo de exclusão social dos adolescentes, levando-os a situações de indigência e a outras estratégias próprias de sobrevivência. As ocorrências infracionais mais praticadas foram o porte e tráfico de drogas, seguidas dos delitos contra o patrimônio, geralmente praticados com maior freqüência no turno da tarde e na companhia de outros adolescentes. O estudo também revelou que entre os 120 adolescentes usuários de drogas apenas 22% havia freqüentado algum programa de tratamento relativo ao consumo de drogas; outros 22% nunca haviam se submetido e para 56% não constava qualquer informação registrada. Ainda, 52% deles já contavam com registro de outras práticas infracionais. É importante que os profissionais de saúde e justiça lembrem que o uso de drogas é associado a situações prazerosas e, portanto, uma abordagem moralista ou somente repressiva não resolverá a questão. É necessário programas de tratamento e orientação para o adolescente com a participação da família, da escola e da comunidade. Texto resumido pelo OBID a partir do original publicado pela Revista Interação em Psicologia, 2004, vol.8 (2): pág. 191-198. Editado pela Universidade Federal do Paraná Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação. ISSN: 1516-1854. Autor: ROCHA, S. M. Fonte: OBID

domingo, 14 de setembro de 2014

Imagem corporal! Qual é a sua relação com a depressão?

Postado por Mariana Menezes


Podemos dizer que a imagem corporal é um conjunto de percepções, pensamentos e sentimentos que uma pessoa tem do seu próprio corpo. Assim, a percepção que temos do nosso corpo pode influenciar o modo como vemos o mundo e modificar nossa vida em vários aspectos, tais como relacionamentos, o grau em que gostamos de nós mesmos, etc. A cada dia a busca pelo corpo ideal aumenta e o principal responsável por esse comportamento é a mídia que impõe um padrão de beleza a ser seguido, na maioria das vezes um corpo magro e esbelto. O não alcance desse padrão produz uma imagem corporal negativa predispondo a pessoa ao desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, tais como a depressão e os mais afetados são mulheres e pessoas com um alto IMC. 


sábado, 13 de setembro de 2014

Mudança climática resultará em mais estresse, ansiedade e Transtornos de estresse pós-traumáticos

Postado por Lucila Moraes

Um dos grandes impactos do aquecimento global ocorre não só no meio ambiente, como também em nós como seres humanos, como no sentimento de trauma ou perda após uma tragédia, em que os sobreviventes precisam lidar com a perda de familiares, amigos, suas casas, e enfim, sua comunidade como um todo.
A maneira como lidamos com tais experiências em um mundo que enfrenta o aquecimento global é o tema do novo relatório ‘Além de tempestades e secas: Os impactos psicológicos da mudança climática’, realizado pela APA (Associação Americana de Psicologia) e Ecoamerica. Ambas as organizações emitiram o relatório como forma de alertar os impactos das mudanças climáticas no psicológico dos americanos. Isso significa maiores níveis de estresse, ansiedade e transtornos pós-traumáticos no futuro.
 ‘Os efeitos que são mais prováveis de ocorrer não são apenas traumas por presenciar desastres naturais. Nós devemos também esperar aumentos a longo prazo dos níveis de estresse e ansiedade como resultados dos desastres, bem como o aumento das taxas de violência e crime em consequência do aumento das temperaturas e competição por escassez de fontes. ’ Afirmou o Dr. Norman B. Anderson, o CEO da APA em um comunicado à imprensa anunciando o relatório.
O relatório ainda presume um futuro com maiores abusos de substâncias, emergências de saúde mental, pessoas sofrendo ‘ solastalgia’ (que é o que as pessoas sentem após serem deslocadas de suas casas depois que ocorre um desastre natural como um furacão, por exemplo), e por fim, perda de autonomia e identidade pessoal.
Porém o relatório não pretende mostrar apenas um futuro obscuro e fadado à melancolia, ele serve como forma de alerta para como a comunidade pode se preparar para evitar tais consequências e mudanças climáticas e prevenir tais acontecimentos, como aumentar a coesão da comunidade, aumentar a saúde e o bem-estar da população e reduzir os riscos.



The impacts of climate change on the world are often obvious, like the sight of or the slow creep of rising seas that are out into the Gulf of Mexico.But look at it from a different perspective, and it's clear that some of the biggest impacts from Earth's rapidly warming climate occur within us as human beings, like the sense of loss and trauma felt by hurricane survivors after everything they know – their homes, workplaces, churches, really their entire community – is swept out to sea.How we'll handle experiences like these in a world changed by global warming is the subject of a by the American Psychological Association and ecoAmerica, an environmental advocacy group devoted to climate change and sustainability issues.Both organizations issued the report as a wake-up call to all Americans, whom they say can expect "broad psychological impacts" on their well-being and health from climate change.That means a future with heightened levels of stress, anxiety, post-traumatic stress disorder and depression, as well as a loss of community identity – if nothing is done to stop or slow emissions of industrial-produced greenhouse gases into the atmosphere."The striking thing is how these effects will permeate so many aspects of our daily lives," said Dr. Norman B. Anderson, CEO of the American Psychological Association, in a press release announcing the report."The effects we are likely to see aren't just trauma from experiencing natural disasters," he added. "We can also expect increases in long-term stress and anxiety from the aftermath of disasters, as well as increases in violence and crime rates as a result of higher temperatures or competition for scarce resources."The report () paints a picture of a future with more:
  • Substance abuse: A 2012 study found a spike in cases of substance abuse among Canada's Inuit community, which is gradually losing its hunting and fishing-based livelihood to shorter, milder winters and longer, hotter summers.
  • Mental health emergencies: Rises in temperature are associated with a rise in the use of mental health services, not only in traditionally warm-weather regions but also in cooler countries like France and Canada. "Higher temperatures seem to provide an additional source of stress that can overwhelm coping ability for people who are already psychologically fragile," the report notes.
  • People experiencing "solastalgia": It's what people feel when they're suddenly dislocated from their home after a storm or a wildfire, for example. "However, solastalgia has a less sudden or acute beginning due to the slow onset of changes in one’s local environment," the report adds.
  • Loss of autonomy and personal identity: Climate change will have an impact on many of the daily details about our lives that we take for granted, like seasonal changes and the stability of our roads, bridges and sidewalks, the authors write. "The desire to be able to accomplish basic tasks independently is a core psychological need, central to human well-being ... and may be threatened for people who have difficulty leaving home due to dangerous conditions."
But the report isn't all doom and gloom. As the authors note, they've issued the report as a wake-up call because they believe it isn't too late to prevent the worst from happening. And they even write about what they call "post-traumatic growth," noting that long-term psychological trauma isn't inevitable simply because individuals or communities experience climate-related hardships."There are a number of things communities can do to prepare for acute impacts of climate change -- such as hurricanes and wildfires -- as well as the slowly evolving changes like droughts that permanently and profoundly affect communities," ecoAmerica President Bob Perkowitz said in a press release."Virtually everything a community does to prepare for or help prevent climate change has co-benefits, like increased community cohesion, increased health and well-being, and risk reduction," he added.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Postado por Rafael Matos
Estudos epidemiológicos têm demostrado que o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um transtorno comum em quais todas as culturas, atingindo cerca de 2% da população mundial. Com mostrado pelo presente vídeo, trata-se de um transtorno instigante e com alto potencial para gerar sofrimento, agravando-se em parte pela ocultação de sintomas e vergonha em procurar tratamento, bem como na tentativa resolvê-los por conta própria.


Epidemiología del Trastorno de Ansiedade Generalizada

Resenhado por Laís Santos

Bascarán, M.T., Portilha-Gárcia, M.P., & Jiménez, L. (2005). Epidemiología del Transtorno de Ansiedad Generalizada. Recuperado de http://www.unioviedo.es/psiquiatria/publicaciones/documentos/2005/2005_Bascaran_Epidemiologia.pdf.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) vem ganhando a cada ano mais espaço no campo científico, no que se refere a pesquisas e estudos sobre o mesmo. Atualmente tem aumentado o número de estudos epidemiológicos na tentativa de descrever a dimensão e as características do impacto do TAG. Os dados apontam que a prevalência do TAG na comunidade gira em torno de 5%. Esses números oscilam em torno de 4 a 8%, quando estão relacionados à ocorrência no decorrer da vida. Analisando alguns países em especifico, como Estados Unidos e Islândia, por exemplo, os dados oscilam um pouco, mas as diferenças encontradas não são tão altas. Estima-se que essa variância se deva, dentre outros fatores, aos instrumentos utilizados, a população estudada, aos critérios diagnósticos utilizados, etc. Um estudo realizado em 2004, com amostra de 21.245 pessoas de seis países diferentes (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda e Itália) utilizando a modificação da Composite International Diagnostic Interview (WMH- CIDI), levando em conta os critérios do DSM-IV, constatou a prevalência anual de 2,8% da TAG.
O presente artigo apresenta dados a respeito do TAG em alguns países como Islândia, Estados Unidos e Alemanha. Especialmente na Islândia, indicando uma taxa elevada de 21,7%. Os autores não consideram que o elevado índice se deva a idade da população estudada (55 aos 57 anos). Eles defendem a ideia de que o TAG é um transtorno de longa duração que se inicia muito cedo. Desse modo, os índices de prevalência sofrem poucas variações durante a fase adulta. Entre os adolescentes, a taxa de incidência do TAG é de 1%. Uma possível explicação para isso está relacionada à faixa etária de início desse transtorno, por volta dos 20 a 30 anos de idade. Essas taxas variam um pouco a depender dos critérios diagnósticos utilizados (DSM-IIIR, DSM-IV ou outros). O artigo também aponta dados de outros estudos referentes à incidência da TAG na população idosa, nesse caso, os índices variam de 0,7 a 7,1%.
O crescente número de estudos epidemiológicos sobre o TAG tem possibilitado traçar as características epidemiológicas deste transtorno. Como já foi mencionado anteriormente, estima-se que a idade de início seja por volta dos 20 a 30 anos de idade. No que se refere ao sexo, em geral, há a predominância de mulheres. Um estudo africano de Bhagwanjee realizado em 1998 aponta que o TAG está presente em 21% dos homens e em 5,82% das mulheres. Essa divergência talvez esteja relacionada às diferenças culturais do mundo ocidental, onde são realizados a maioria dos estudos sobre essa temática; além disso, essa divergência pode estar relacionada as diferenças de desenvolvimento econômico de cada país. Com relação à atividade laboral e estado civil, estima-se que a perda de emprego e de relacionamentos, está associada à existência do TAG. Os estudos convergem para a ideia de que esse transtorno é crônico, com duração média de 10 anos, e sintomas presentes de forma continua com tendência a sofrer variações em sua intensidade. Geralmente o TAG apresenta grande comorbidade com outros transtornos.
Em suma, a partir desse artigo, entende-se que o Transtorno de Ansiedade é bastante comum em diversos países, principalmente nos países europeus. É importante que cresçam os estudos macro sobre essa temática, a fim de ofertar dados sempre atuais, possibilitando uma melhor análise acerca desse transtorno e assim permitir a criação de estratégias eficazes para a prevenção de possíveis complicações decorrentes do TAG; conscientização e esclarecimento para a população, dentre outras medidas, que se somariam a fim de otimizar o cuidado prestado e promover avanços.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Fotos inéditas mostram que bebês sofrem com o estresse da mãe dentro do útero

Postado por Marcele Leite

Na contemporaneidade, o termo estresse está muito presente no quotidiano das pessoas. A influência do estresse de gestantes sobre os seus bebês não é uma novidade, mas o que a notícia mostra são fotos de bebês ainda dentro do útero da mãe, quando estas estão sob uma situação de estresse. O gesto do bebê, de passar a mão no rosto, coincide com o gesto de pessoa em fase adulta quando se encontram em estado de estresse.




As mãozinhas sobre a boca, como se estivesse “roendo unhas”, revela que o bebê está sob estresse.A imagem notável foi tomada como parte de um estudo que mostra que as crianças que ainda não nasceram tocam seus rostos com muito mais frequência quando suas mães estão ansiosas, desamparadas ou com depressão.Os cientistas acreditam que o bebê se comporta assim por estar ‘absorvendo’ a ansiedade da mãe e, em seguida, passa a mão no rosto para tentar acalmar a si mesmo, assim como os adultos fazem, geralmente segurando a cabeça ou o rosto quando está sob situação conflitante.Quando estamos extremamente preocupados, geralmente seguramos a cabeça com as duas mãos. Os bebês, seguram com apenas uma, segundo a pesquisa.
A pesquisa foi realizada por Nadja Reissland, da Universidade de Durham, com 15 mulheres grávidas que passaram por ecografias em 4D que consegue não só formular fotos, mas também fazer pequenos vídeos.Embora outros estudos já tenham mostrado que bebês absorvem o estresse ainda dentro do útero, é creditado que esta seja a primeira evidência fotográfica do ato.As mães foram questionadas sobre o nível de estresse no mês que antecedeu cada varredura de fotos e vídeos. Quanto mais ansiosa estava a mãe, mais vezes o bebê passava a mão no rosto.Os pesquisadores acreditam que isso se dá pelo aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, produzido pela mãe.Também ficou evidenciado que bebês de mães com altos níveis de pressão, tinham maior tendência de tocar o rosto com a mão esquerda. Isso é importante porque problemas como esquizofrenia, déficit de atenção, hiperatividade, depressão e autismo é mais comum em pessoas que usam mais a mão esquerda.A Dra. Reissland dá um conselho para as mamães: "A maioria das mães vão muito bem e não precisam se preocupar, mas algumas devem reduzir o nível de estresse durante a gestação”. 


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ansiedade

Postado por Lucila Santos

O vídeo explica de forma simples e bem ilustrativa, o que é a ansiedade, suas características principais e quais mecanismos biológicos são ativados quando nos sentimos ansioso. Ao contrário do que se pensa, a ansiedade, quando não afeta seu cotidiano ou estado mental, é uma resposta adaptativa normal frente a uma situação de perigo eminente (real ou imaginário) e tem um papel importante para nossa sobrevivência. No entanto, quando o estado de ansiedade começa a atrapalhar atividades do seu dia-a-dia e bem estar, deve-se procurar uma ajuda especializada, pois pode se tratar de uma patologia como, por exemplo, o transtorno de ansiedade generalizada.



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A Compreensão da Depressão na População Pobre, uma ocorrência mais (fortemente) social, do que uma doença (fracamente clínica).

Resenhado por Mariana Menezes

Santos, J. F. Q., Nakamura, E., Martin, D. (2007). A compreensão da depressão na população pobre, uma ocorrência mais (fortemente) social, do que uma doença (fracamente clínica). Mediações, Londrina 12(1), 313-322.

A depressão sofreu um aumento considerável em todo o mundo a partir dos anos 90, aumento esse que contribuiu para que a depressão deixasse de estar restrita apenas ao âmbito médico e se tornasse mais popular. Assim, a depressão passou a ser vista mais como uma condição social com componentes clínicos. Para compreender a depressão não se deve considerar apenas os sintomas relatados pelo paciente, mas também é importante levar em conta os contextos sociais e culturais que dão significado as suas experiências. É necessário compreender a depressão não somente do ponto de vista clínico patologizante, mas também explorar aspectos socioculturais que ainda são pouco conhecidos e cada vez mais banalizados. Ou seja, para entender de maneira adequada a depressão é necessário conhecer a sociedade, pois o contexto social é de extrema importância para esse entendimento, além de que não é viável estudar a depressão como algo puramente interno.
A compreensão do corpo e das doenças não é exclusividade da medicina científica, pois isto pode ser feito pela população que se preocupa com o bem estar. Assim, mesmo que a medicina científica produza saúde, cure e diagnostique, não é tão universal e exclusiva. Os pacientes também possuem um discurso próprio que necessita ser considerado e não deve ser subestimado pelo discurso médico. Apesar de a população fazer uso dos termos técnicos, a medicina não se apropria dos termos utilizados pelo senso comum para definir os sintomas de alguma doença. Porém, isso ocorre com a depressão.
Conotações técnicas para o termo depressão foram incorporadas ao vocabulário médico há algumas poucas décadas. A conotação médica do termo depressão é eminentemente biológica, classifica-a como doença a partir de manuais e seu tratamento é medicamentoso. De acordo com essa concepção a depressão é um desvio da normalidade característica de grande parte da população. Num processo de banalização, no qual uma nova conotação se formou fora da ciência, os aspectos sociais da depressão mudaram de contexto, e deixaram de ser outro componente do termo para ser uma acepção própria e autônoma. Assim, o termo pode ser usado exclusivamente em um sentido social, a pessoa não precisa conhecer as outras conotações para emprega-lo ou para que os outros o entenda.
O referente estudo buscou fazer uma análise sócio cultural da depressão com base em dois estudos empíricos: O de Martin sobre depressão em mulheres e o outro de Nakamura e Santos sobre depressão em crianças. Estudos que ajudaram na compreensão dos diferentes significados atribuídos à depressão por moradores da periferia de São Paulo (região metropolitana).
No trabalho de Nakamura e Santos que estudou crianças com diagnóstico confirmado de depressão, as entrevistas foram realizadas com os pais dessas crianças, e com vários profissionais da saúde do mesmo serviço, principalmente psiquiatras que conheciam as crianças e seus pais. Nos depoimentos dos psiquiatras e familiares foi possível observar a existência de uma conotação de depressão como doença, revelando uma noção única de depressão infantil um tanto inapropriada. No depoimento dos psiquiatras pode-se perceber uma noção de depressão infantil que remete à ideia de adaptação e de ajuste.  Seguindo a lógica médico-cientifica, eles defendem que a depressão necessita de intervenção por se tratar de um mau funcionamento das crianças. Nos depoimentos das famílias das crianças pode-se perceber que a noção que elas têm de depressão não tem relação com os critérios médicos de classificação da doença, mas diz respeito a uma insatisfação e desconforto relacionados ao sentimento de dúvida no que diz respeito ao como lidar com determinadas incertezas da vida, inclusive determinados comportamentos infantis considerados diferentes e estranhos. Ambas as conotações mostram que a depressão pode ser ampla e vaga ao ponto de permitir a vulgarização do termo, ao mesmo tempo, que é importante para a comunicação entre médicos e familiares de pacientes.
No estudo de Martin sobre mulheres com depressão foram realizadas entrevistas com psiquiatras e pacientes. O principal resultado evidencia a generalização do termo que é usado coloquialmente e com grande familiaridade pelas entrevistadas. O segundo resultado importante diz respeito a nova conotação que o termo assumiu, conotação que se distancia da noção de doença e se aproxima de um estado de alma e de uma baixa autoestima persistente.  As entrevistadas se queixam da sua situação familiar como algo bastante negativo. O estudo revelou um padrão de autoestima ferida e que a nova conotação do termo é uma verdadeira condição político-social, que engloba novas pessoas com muita rapidez e as acostuma a pensarem em si como pacientes de uma nova classe de doença rebaixadora. Nessa conotação há um componente masculino de irresponsabilidade e omissão ao passo que as mulheres entrevistadas fazem menção ao companheiro e às condições pobres e violentas em que vivem.
Portanto, o presente estudo buscou abordar os mecanismos sociais e políticos envolvidos na formação de uma nova conotação mais difundida e menos precisa da depressão. Identificou-se que a depressão é uma maneira de se encaminhar uma consciência doente, pois é reconhecida pelo médico que a trata com remédios e é uma saída médica eficaz para questões de exclusão socioeconômica, auxiliando na manutenção da estabilidade social e política, reconduzindo a insatisfação dos excluídos para dentro da sociedade através da sua classificação como doentes.

Enfim, o tema é relevante para os profissionais da saúde que lidam com pacientes portadores de doenças mentais, mais especificamente, com pacientes deprimidos, pois a atenção direcionada a tais conotações permite uma melhor compreensão do estado de saúde do paciente, da extensão do problema e do seu envolvimento no aspecto social.

Ansiedade

Postado por Laís Santos

A ilustração abaixo mostra-nos de forma bem descontraída uma patologia cada vez mais presente na vida não só dos brasileiros, mas da população mundial.  Ansiedade, de modo sucinto, equivale a um estado emocional composto de componentes psicológicos e fisiológicos, inerente a condição humana. Este estado passa a ser patológico no momento em que se torna desproporcional ao estímulo a que se refere, ou nos casos em que não há um desencadeador específico. Estudos apontam o crescente número de pessoas acometidas por este transtorno. Dentre esta parcela da população, as mulheres são as mais afetadas. Assim, se faz necessário um olhar atento para esse transtorno, e principalmente um olhar voltado para suas causas e seu tratamento, a fim de propiciar uma melhor oferta de cuidado para a população.