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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sexualidade: A importância da autoestima

Postado por: Iracema R. O. Freitas


De acordo com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) desenvolvida por Aaron Beck, os pensamentos e as crenças da pessoa, influenciam suas emoções e suas ações. O conceito de autoestima, nesse contexto, refere-se a confiança ou crença que temos em nós mesmos para pensar e enfrentar os desafios da vida, ou seja, a visão que a pessoa constrói de si mesmo a partir das relações que estabelece com o ambiente que o cerca, podendo levar a comportamentos saudáveis ou patológicos. Quando saudável, geralmente, percebe-se que há congruência entre o que é percebido pelo indivíduo e pelo mundo que o cerca, no entanto, pode torna-se patológico, quando a autoconfiança na capacidade resolutiva fica comprometida, por exemplo. Essas crenças a cerca de si, são construídas através das redes de relacionamentos que podem reforçar negativa ou positivamente determinados comportamentos e pensamentos.
Desse modo a sexualidade abrange afetos, emoções e sensações que podem influenciar na adequação do adolescente frente aos outros e na aceitação de si. Sendo comum casos de relatos de problemas de ordem sexual, que tem sua origem na baixa auto estima.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Filme “Transamérica”

Resenhado por Laís Almeida

Filme “Transamérica”

Transamérica é um filme independente, norte americano, lançado em 2005 e dirigido por Duncan Tucker. Nele é mostrada a trajetória da transexual Bree (Felicity Huffman), que prestes a fazer sua cirurgia de regenitalização, descobre que tem um filho de dezessete anos preso num reformatório. Ela, obrigada por sua terapeuta, a qual segura a autorização da cirurgia, vai em busca de seu filho, retira-o do reformatório e segue pelas estradas do país descobrindo mais sobre a origem e história dos dois.
As primeiras cenas do filme mostram o processo de Bree para conseguir realizar a cirurgia, que envolvem terapia e autorização de um médico. Com base no diagnóstico de disforia de gênero, que mais tarde foi renomeado para transtorno de identidade de gênero (DSM-IV-TR, 2002), o médico autoriza a cirurgia, após longas entrevistas e acompanhamentos. Essa patologização da transexualidade ao mesmo tempo que intensifica o estigma sobre esse grupo, permite que ele usufrua de serviços de saúde para a realização das cirurgias de readequação. A rotina de uma pessoa transexual também é abordada no filme, desde a montagem do vestuário à ingestão dos hormônios. A cirurgia não é prioridade nem desejo de todas as pessoas trans e e outros processos, como a troca de nome e sexo no registro civil tem uma importância crucial sobre a vida cotidiana dos transexuais (Aran, Murta e Lionço, 2009).
Ao longo do filme, é nítido como a personagem sente repulsa pelo seu órgão genital e por formas de tratamento masculinas. Numa sociedade pautada por uma perspectiva binária de gênero, por premissas religiosas e patologizantes, as pessoas transexuais, por não se encaixarem nesses padrões, são marginalizadas e vítimas de discriminação, humilhação, falta de oportunidades e violência (Cruz, 2011).
Bree se encaixa no estereótipo feminino exigido pela sociedade: vaidosa, recatada, discreta, moralmente correta. Apesar dessas características e das cirurgias de readequação, ela não é vista como “mulher de verdade” pela sua família. O que, então, é necessário para ser uma mulher de verdade? Dessa forma, o filme expressa como as noções de gênero são impostas cultural e forçosamente (Aran, Murta e Lionço, 2009) e a importância da inserção das pessoas trans na sociedade, com todo o apoio e acessibilidades médicas e judiciais necessárias para a garantia de sua qualidade de vida.

Referências

Aran, M., Murta, D. & Lionço, T. (2009). Transexualidade e saúde pública no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 14(4):1141-1149.

Cruz, Elizabete Franco. (2011). Banheiros, travestis, relações de gênero e diferenças no cotidiano da escola. Revista Psicologia Política, 11(21), 73-90. Recuperado em 19 de feveiro de 2015, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2011000100007&lng=pt&tlng=pt.

Dornelles, C. (2002). DSM-IV-TR - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (4ª ed. revisada). Porto Alegre: Artmed.

Tucker, D. Transamérica. Filme americano. Duração: 103m. 2005.

domingo, 26 de abril de 2015

Tecnoestresse pode causar ansiedade e depressão em jovens


Postado por Luana Santos

Na psicologia do senso comum há sempre um foco de atenções, uma “doença da moda”, já foram o estresse, a depressão, o bullying e vem ganhando espaço o tecnoestresse. Diz respeito ao estresse causado pelo uso excessivo de instrumentos tecnológicos, seja por não se conseguir usá-los de forma equilibrada ou por não saber lidar com eles e as eventuais falhas que podem ter. A evolução crescente do meio digital facilita as atividades tornando-os mais práticas e rápidas, o que gera nas pessoas a sensação de não conseguirem acompanhar esse ritmo cada vez mais frenético das coisas. Nos jovens principalmente, o estresse gerado pela dependência tem sido associado à níveis de ansiedade e depressão.


sábado, 25 de abril de 2015

Divorciados têm mais risco de sofrer um ataque cardíaco



Posrado por Iracema R. O. Freitas


Pesquisa que acompanhou 15.000 pessoas durante 18 anos, constatou que entre os que se divorciaram o risco de um infarto é 77% maior do que as que nunca se divorciaram. Para mulheres que se divorciaram ao menos duas vezes, a chance de ser acometido por um ataque cardíaco é semelhante à de pessoas com diabetes e pressão alta. O estudo americano foi desenvolvido pela Universidade Duke, que apesar dos resultados, ainda desconhece os motivos da relação entre divórcio e ataque cardíacos. Contudo, reconhece que estressores sociais e ambientais podem afetar a saúde.



Pessoas que se divorciaram têm mais risco de sofrer um ataque cardíaco do que aquelas que permaneceram casadas, revelou um estudo americano. As mais afetadas são as mulheres. Entre as que se divorciaram mais de uma vez, a probabilidade de um ataque cardíaco é 77% maior do que as que nunca se divorciaram, um índice que não se reduz quando elas se casam novamente.Pesquisadores da Universidade Duke acompanharam mais de 15 000 pessoas durante 18 anos. No início do estudo, 14% dos homens e 19% das mulheres tinham se divorciado. No fim, mais de 1/3 das pessoas tinham se divorciado pelo menos uma vez. Mulheres que se divorciaram uma vez tiveram 24% mais probabilidade de sofrer um ataque cardíaco do que as que continuaram casadas. O índice subiu para 77% nas que se divorciaram em mais de uma ocasião. Esse risco é comparável ao de hipertensos e diabéticos, que são, respectivamente, 73% e 81% mais propensos a ter problemas cardíacos. A pesquisa foi publicada na terça-feira no periódico Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes.Possíveis causas - Matthew Dupre, líder do estudo, diz que os motivos pelos quais o divórcio aumenta o risco de um ataque cardíaco não foram investigados. No entanto, outros estudos podem dar pistas. Mudanças dramáticas na vida podem impactar a estabilidade financeira e social, causando picos de cortisol (hormônio do stress) e, consequentemente, elevando a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue. Estes fatores são prejudiciais à saúde, principalmente do coração."Reconhecer fatores sociais que desencadeiam stress vai ajudar os médicos a identificarem e tratarem adultos com alto risco de ter um ataque cardíaco, assim como dar aos pacientes uma melhor orientação de como o ambiente social pode afetar sua saúde e até danificar seu coração", afirma Dupre. 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Postado por Ariane de Brito


O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um dos transtornos psiquiátricos que mais acomete a população, com uma ocorrência de 2,0% a 3,0%. Os sintomas apresentam-se em forma de comportamentos alterados por causa de obsessões e/ou compulsões. As obsessões são pensamentos, imagens, palavras, músicas, que “invadem” a mente do indivíduo repetitiva e persistentemente, podendo causar medo, angústia, culpa e desconforto. Já as compulsões, também chamadas de rituais, são comportamentos ou atos mentais conscientes e repetitivos, tais como lavar as mãos seguidamente, marcar datas, fazer listas, repetir palavras especiais ou frases etc. O vídeo demonstra alguns desses sintomas, através de um poema feito por um paciente com TOC, bem como a influência que tais sintomas exercem em suas relações interpessoais. Indivíduos que apresentam tal transtorno geralmente reprimem seus comportamentos perante seu convívio social, muitas vezes por vergonha e/ou por terem consciência do absurdo das exigências auto-impostas.



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Disfunção sexual, depressão, e ansiedade em jovens mulheres de acordo com seu status de relacionamento: uma pesquisa online.

Resenhado por Lucila Moraes

Pereira, Valeska Martinho, Nardi, Antonio Egidio, & Silva, Adriana Cardoso. (2013). Sexual dysfunction, depression, and anxiety in young women according to relationship status: an online survey. Trends in Psychiatry and Psychotherapy, 35, 55-61.

A disfunção sexual pode se tratar tanto de uma lesão do ciclo de resposta sexual ou da presença de dor associada às relações sexuais. Essa disfunção sexual em mulheres (DSM) pode causar diversas doenças e problemas associados ao ato sexual e seus fatores de risco achados na literatura se relacionam com a idade, nível de educação, problemas emocionais, estresse e história prévia de abuso sexual.
A literatura sugere que a depressão possui uma relação bem próxima com a DSM, e que seu aparecimento pode aumentar a chances de desenvolver distúrbios sexuais no futuro. A disfunção sexual mais comum relacionada à depressão nas mulheres parece ser a do distúrbio do desejo sexual hipoativo (há uma diminuição ou ausência da vontade de ter relações sexuais). Em dois estudos conduzidos no Brasil, há uma prevalência de 28 a 49% de mulheres que possuem algum tipo de disfunção sexual, e somente 18% delas procuram algum tipo de tratamento profissional.
A ansiedade parece ser um fator importante para a DSM, mas a relação entre ambas ainda é pouco conhecida e estudada. Acredita-se que preocupações sexuais parecem prejudicar a excitação sexual, enquanto a ausência de tais preocupações sexuais afeta a resposta sexual.
O artigo propõe avaliar a presença de disfunção sexual, depressão e ansiedade em jovens mulheres de 20 a 29 anos e correlacionar os achados da pesquisa com o status de relacionamento das participantes (solteiras, em relacionamentos sérios ou casadas). Foi feito o uso de um questionário online para coletar os dados, e o critério de análise era ser uma mulher entre 20 a 29 anos e ter preenchido todas as informações do questionário. Foi usado um questionário padronizado para coletar dados sociodemográficos e a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar foi usada para avaliar a presença ou não de depressão e ansiedade.
Das 155 mulheres que participaram do questionário online (depois de eliminar mulheres que não atendiam o critério de idade ou não haviam preenchido todos os dados) 64 delas eram solteiras, 64 estavam em um relacionamento sérios e 27 eram casadas. A maioria das mulheres era heterossexual (cerca de 80%), não tinha religião (38%), não possuía filhos (90%) e tinha completado o ensino superior (80%). A maioria das mulheres também não tinha histórico de tratamento psiquiátrico (74%), raramente usava álcool (50%), não usava tabaco (90%) e não praticava atividades físicas (58%).
O estudo mostrou um número relativamente alto de mulheres que sofrem de depressão e ansiedade, 22% (34 mulheres) e 36% (56 mulheres), respectivamente. Cera de 30% das mulheres estavam ou já tiveram algum tipo de tratamento psiquiátrico, sugerindo um maior risco de possuir um transtorno psiquiátrico no grupo avaliado. Um achado inesperado no estudo foi a prevalência de mulheres ansiosas no grupo das casadas (44%) se comparadas com aquelas que não são casadas (36% das solteiras e 33% em um relacionamento sério), contrariando os achados da literatura que afirmam uma prevalência maior de tais problemas mentais em mulheres não casadas. Já a depressão era maior nas mulheres solteiras (32%).
No que diz respeito ao domínio de problemas sexuais, as mulheres solteiras obtiveram maior prevalência do que as outras participantes no domínio relacionado a problemas de orgasmos 53, e no domínio do distúrbio de lubrificação, tal grupo chegou a somar 45%. Além disso, 50% das mulheres solteiras revelaram sentir dor na relação sexual, e que mostrou também ser uma diferença estaticamente significante em comparação com os dois outros grupos - 23%
das mulheres em um relacionamento sério e 14% casadas sofrem tal distúrbio. No escore total de disfunção sexual em mulheres, as solteiras tiverem um resultado superior que os outros dois grupos.
De maneira geral, as mulheres solteiras relataram funcionamento sexual pior do que as outras participantes da mesma idade que estavam em um relacionamento ou casadas. Além disso, é relevante ressaltar a importância de entender e estudar prováveis fatores de risco associados não somente à idade, como também relacionados a marcadores sociais, biológicos e culturais. Isso se defende na busca por ajudar a prevenir e identificar mais corretamente o desenvolvimento de problemas mentais (como depressão e ansiedade) e problemas sexuais em tal grupo de risco.

domingo, 19 de abril de 2015

Juventude, beleza e produtividade...

Postado por Laís Almeida

Nossa cultura valoriza a juventude, a beleza e a produtividade. Essa visão influencia nossas relações interpessoais, a prestação de serviços e os cuidados com pessoas mais velhas. Os idosos costumam ser alvos de inúmeros estereótipos, dentre eles os de pessoas cansadas, quietas e desanimadas. Apesar da idade favorecer o aparecimento de doenças, isso não significa que atividades, gostos e comportamentos necessariamente vão mudar por causa disso.


sábado, 18 de abril de 2015

Ansiedade, ciúme e mau humor são fatores de risco para Alzheimer em mulheres


Postado por Laís Santos

Um estudo realizado com 800 mulheres, com idade entre 38 e 54 anos, nos anos de 1968, 1974, 1980, 1992, 2000, e 2005, revelou que as mulheres que se caracterizavam como ciumentas, ansiosas e mal-humoradas podem ter até duas vezes mais chances de desenvolver o mal de Alzheimer. De acordo com estudos mais recentes, estima-se que, de modo geral, as mulheres tem maior predisposição ao desenvolvimento de patologias específicas, como por exemplo, a ansiedade. No entanto, há a necessidade de estudos mais aprofundados que analisem as diferenças existentes dentro de um mesmo grupo. Assim, entende-se que estudos mais específicos poderão contribuir para o conhecimento científico, e a consequente proposição de medidas eficientes que ajudem na produção de bem estar para a polução.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/ansiedade-ciume-e-mau-humor-sao-fatores-de-risco-para-alzheimer-em-mulheres

“A maioria das pesquisas de Alzheimer analisa fatores como escolaridade, risco cardíaco, trauma na cabeça, genética e histórico familiar", disse a líder da pesquisa, Lena Johannsson, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. "A personalidade também pode influenciar o risco de demência, porque afeta o comportamento, o estilo de vida e a reação ao stress."Por 38 anos, os cientistas acompanharam 800 mulheres de, em média, 46 anos. Eles analisaram a personalidade das voluntárias por meio de testes de neuroticismo, introversão, extroversão e memória. Ao longo do estudo, dezenove participantes desenvolveram demência. O neuroticismo se refere à facilidade com uma pessoa se desestabiliza emocionalmente e a traços de personalidade como ansiedade, ciúme e mau humor. Pessoas que sofrem de neuroticismo são mais propensas a expressar raiva, culpa, inveja e depressão.Questionário - Os pesquisadores também perguntaram às voluntárias se elas haviam tido períodos de stress com mais de mês de duração. Stress refere-se a sentimentos de irritabilidade, tensão, nervosismo, medo, ansiedade e distúrbios de sono. As respostas foram avaliadas de zero a cinco, sendo zero nenhum episódio e cinco stress constante nos últimos cinco anos. Mulheres que se enquadraram nas categorias três a cinco foram consideradas estressadas.De acordo com os cientistas, não foi encontrada nenhuma relação entre o risco de demência e a personalidade introvertida ou extrovertida. No entanto, mulheres que eram ao mesmo tempo introvertidas e estressadas eram aquelas com maior probabilidade de desenvolver Alzheimer. Das 63 participantes com essas características, dezesseis (25%), tiveram Alzheimer, ante oito das 64 (13%) que eram extrovertidas e calmas.

domingo, 12 de abril de 2015

Depressão pode confundir-se com preguiça

Postado por Mariana Menezes

A pessoa deprimida experimenta sofrimento significativo que a impede de viver com qualidade, porém, o desânimo, a falta de energia e o desinteresse vividos pelo deprimido podem fazer com que as pessoas ao seu redor confundam a doença com preguiça. Desse modo, a depressão muitas vezes não é levada a sério. O depressivo sente-se na maior parte do tempo irritado, cansado, sem energia e desinteressado por tudo e por todos de modo que dificilmente se sente atraído por algo. Experimenta sensação de tristeza profunda, vontade de chorar, culpa e solidão. Tem suas capacidades de concentração e memorização prejudicadas, além de sofrer com distúrbios do sono e do apetite. A vida do deprimido é marcada por um vazio existencial que o impede de significar a vida com maestria, um vazio que lhe tira o sono, a paz, a capacidade de amar e ser amado, o interesse sexual, a autoconfiança e até mesmo, em casos mais graves, a vontade de viver. Confundir o transtorno com preguiça além de não contribuir para a melhora do indivíduo acaba agravando seu estado, pois, uma vez que a doença não é diagnosticada, a pessoa pode não receber os cuidados e tratamentos adequados.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Os erros de diagnóstico do TDAH ou TDA


Postado por Marcelle Mota

O vídeo aborda os erros de diagnóstico do TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) ou TDA (transtorno de déficit de atenção) e a utilização desenfreada de medicamentos em crianças. A exemplo do remédio “concerta” também conhecido como a “droga da obediência”. É válido ressaltar que o ramo farmacêutico é o segundo ramo mais lucrativo do mundo. Há uma patologização dos comportamentos que destoam ao esperado pela sociedade, por exemplo de crianças que questionam e ou se dispersam com facilidade. O diagnóstico acaba por estigmatizar, além de confortar tirando o foco da causa e desresponsabilizando o sujeito, a família e a escola, mas não resolve o problema é apenas um disciplinamento mascarado. Este transtorno como consequência do que a sociedade demanda, sendo assim patológico ou não.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Avaliação da presença da síndrome de burnout em cuidadores de idosos

Resenhado por Iracema R. O. Freitas


Silva, M. J., Marques, M. B., & Bruno, C. T. S. (2009). Avaliação da presença da síndrome de burnout em cuidadores de idosos. Enfermaria Global, 16.


A Síndrome de Burnout refere-se ao estresse ocupacional crônico e se caracteriza pela perda do interesse em relação ao trabalho. Apresenta como sintomas iniciais a exaustão emocional, seguida de sentimentos e atitudes negativas e insensibilidade afetiva, com predominância em mulheres, possivelmente pela dupla carga de trabalho. O termo trabalho vai além do contexto organizacional e envolve qualquer atividade que exija energia física, inteligência, algum auxílio instrumental que produza efeito sobre o agente e que se proponha a uma finalidade. O cuidador de idosos também atende as atribuições comuns aos demais profissionais que lidam com pessoas em relação de ajuda e proximidade.
O estudo teve o objetivo de verificar a ocorrência do estresse crônico em cuidadores de idosos dependentes, bem como identificar características sócio-culturais do cuidador familiar de idosos e a sua percepção do cuidado como trabalho. A amostra foi composta por 31 cuidadores, sendo 5 (16,1%) homens e 26 (83,9%) mulheres. Os participantes responderam a uma entrevista estruturada e o MBI(Maslach Burnout Inventory) que avalia cansaço emocional, despersonalização e realização pessoal.
Os resultados indicaram que a faixa etária dos cuidadores se encontravam entre 20 e 80 anos, com maior percentual (48,4%) entre 41 e 59 anos, o vinculo com idoso (64,5%) eram filhos sendo que 15 (75%) eram mulheres e 5 (25%) eram homens. Outras características da maioria dos cuidadores são a de residirem com o idoso, serem casados, ter o ensino fundamental e não possuir renda pessoal. Tais dados se repetem em outros países.
Quanto ao estresse crônico, foi avaliado cansaço emocional, realização no trabalho de cuidador e a despersonalização. O cansaço emocional teve pontuação média de 22,90, superior aos resultados encontrados em profissionais como médicos e equipes de enfermagem cuja a média foi de 19,43. Na despersonalização, a média do estudo foi de 6,64, também superior ao estudo referido sobre os médicos 6,03, e sobre a equipe de enfermagem 5,62. Sobre a realização no trabalho foi o de maior escore médio 40,80, superior ao do pessoal de enfermagem, em que a média de satisfação foi 38,25, mas inferior aos médicos do estudo, que têm média de 41,38.
Os cuidadores avaliados apresentaram indicativos da Síndrome de Burnout, decorrente das responsabilidades assumidas e das exigências excessivas. Contudo, em virtude do afeto presente na relação entre o idoso e o cuidador torna-se possível um ambiente mais humanizado. Desse modo são elucidados aspectos positivos e negativos do papel do cuidador, que se vê sozinho e desamparado, por isso é importante conhecer suas necessidades a fim de desenvolver políticas que privilegiem o cuidado ao cuidador.

Síndrome da fadiga crônica é uma doença biológica e não psicológica, diz estudo


Postado por Luana Santos

A síndrome da Fadiga Crônica, cujos sintomas incluem fadiga extrema, dificuldade de concentração e dores de cabeça e musculares, foi por muito tempo tratada como uma doença causada por um distúrbio no sistema nervoso. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) identificaram alterações imunológicas em pacientes com a doença. Comparando 298 pessoas doentes com 348 pessoas saudáveis, foi descoberto que nos pacientes diagnosticados a três anos ou menos havia altas quantidades de citocinas, evidenciando-se assim uma possível causa biológica para a SFC.


Pesquisadores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, identificaram alterações imunológicas em pacientes com síndrome da fadiga crônica ou encefalomielite miálgica (EM) que evidenciam a origem biológica desta doença. O estudo foi publicado nesta sexta-feira, na versão online do periódicoScience Advances."Agora temos provas que confirmam o que milhões de pessoas com este problema já sabiam: a EM não é psicológica", afirma Mady Hornig, principal autora do estudo e professora de epidemiologia.Utilizando uma técnica conhecida como imunoensaio (utilizada para a detecção e/ou quantificação de antígenos e anticorpos), os pesquisadores buscaram determinar os níveis de 51 biomarcadores imunológicos em amostras sanguíneas de 298 pacientes com a síndrome. Os resultados foram comparados com os do grupo de controle, formado por 348 pessoas saudáveis.Foi descoberto que, nos pacientes diagnosticados há três anos ou menos, havia altas quantidades de diferentes moléculas conhecidas como citocinas. Essa alteração não foi encontrada nas amostras do grupo de controle nem dos pacientes que já haviam sido diagnosticados há mais tempo. De acordo com os pesquisadores, esses resultados evidenciam, pela primeira vez, que a EM possui diferentes estágios.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

The diabetes online community: The importance of forum use in parents of children with type 1 diabetes



Postado por Ariane de Brito

Balkhi, A. M., Reid, A. M., McNamara, J. P. H., & Geffken, G. R. (2014). The diabetes online community: The importance of forum use in parents of children with type 1 diabetes. Pediatric Diabetes, 15, 408–415. doi: 10.1111/pedi.12110

O objetivo do estudo foi analisar um grupo de pais de crianças com diabetes tipo 1 (DM1) que participam de fóruns on-line sobre a doença. Inicialmente o objetivo foi avaliar os dados demográficos e hábitos de uso dos pais que utilizam os fóruns de diabetes (FD), em seguida testar a visão dos médicos que afirmam que os fóruns on-line são problemáticos, relacionando os FD ao baixo controle glicêmico da criança (maior hemoglobina glicada A1c – HbA1c), pobre bem-estar psicossocial, estresse parental, e, especificadamente, medo hipoglicêmico.
Para muitos médicos e profissionais de saúde, os fóruns on-line são uma fonte potencialmente problemática de desinformação para os pacientes. No caso de fóruns direcionados para populações específicas, como de doenças crônicas, ainda nota-se muita desinformação. No entanto, poucos são os estudos que procuram examinar o impacto desses fóruns nos participantes. Tendo em vista os estressores psicossociais vividos por pais de crianças com DM1, tais como ansiedade, depressão e estresse parental, esta população ainda encontra-se potencialmente vulnerável ao impacto hipotético de uso dos FD. Por outro lado, observa-se que o uso dos FD contribui para o aumento da percepção de apoio social e do conhecimento acerca da doença, diminuindo a ansiedade após o diagnóstico do filho, por exemplo.
Participaram 102 pais/cuidadores, sendo a maioria do sexo feminino (92,2%), média de idade de 40 anos e 10 meses (variação = 28-54; DP = 6,07) e com média de dois filhos (variação = 1-5; DP = 0,91). Apenas cinco famílias relataram ter mais de um filho com DM1. A idade média do primeiro filho com DM1 foi de 9 anos e 8 meses (DP = 4,27) e a média da HbA1c, escolhido a partir de uma lista de intervalos, era entre 7,5 e 7,9%. A média de anos desde o diagnóstico para a primeira criança com DM1 foi de 3,79 (DP = 2,72). Dos cinco filhos segundo com DM1, a idade média foi de 8 anos (DP = 4,36), com HbA1c média entre 7,0 e 7,4% e número médio de anos desde o diagnóstico, de 3 anos (DP = 1,87).
Os instrumentos de coleta de dados foram: o Inventário de Pediatria para os pais (PIP) para mensurar o estresse parental, a Escala de Medo Hipoglicêmico, versão para pais (HFS-P), Teste de conhecimentos breve sobre diabetes (DKT), duas questões abertas sobre a confiabilidade nas pessoas da internet em geral e nas pessoas nos fóruns DMI, e sobre a quantidade de fóruns exclusivos dos participantes em que foi membro no momento da pesquisa (MF).
Após a aprovação do Comitê de Ética, os proprietários e representantes dos FD nos EUA foram contatados; após autorização foi realizado o recrutamento, através de uma mensagem, dos pais de crianças com DM1 interessados em participar da pesquisa. Os critérios de inclusão foram que: os pais fossem membro de pelo menos um fórum DM1 por 1 mês ou mais e ter  e conviver com uma criança com DM1, sendo  o principal responsável pelos cuidados com DM1. Após a concordância eletronicamente, os pais responderam a um breve questionário on-line, seguido por uma avaliação qualitativa do FD. A análise dos dados quantitativos foi realizada com o auxílio do programa SPSS e os dados qualitativos foram categorizados em quatro categorias distintas: Apoio Social, Conhecimento, Apoio Social e Conhecimento e Nenhuma das outras opções. Tal categorização foi realizada por dois avaliadores, tendo sido a confiabilidade entre avaliadores considerada boa para as duas questões abertas utilizadas.
Dentre alguns resultados significativos encontrados pode-se citar: entre as variáveis, medo hipoglicêmico e sexo do filho DM1 (t (100) = - 2,18, p = 0,05). O teste revelou que os pais que possuem filhos DM1 do sexo feminino (M = 45,5; DP = 10,85) são mais preocupados e têm mais medo de hipoglicemia do que os pais que os filhos DM1 são do sexo masculino (M = 40,91, DP = 10,27), resultado que os autores pontuaram como sendo algo que se encontra em aberto, sendo necessários maiores investigações. Já sobre o perfil demográfico dos membros do FD, constatou-se que o número médio foi de 2,01 (DP = 1,52; intervalo = 1-10). Além disso, os participantes relataram o número de pessoas que eles conheceram pessoalmente através dos FD; 51,0% encontraram pelo menos uma pessoa do FD pessoalmente. Os pais também foram convidados a avaliar as amizades que começaram em nos FD em comparação com as amizades que tinha começado em pessoalmente; 84,3% relataram que suas amizades dos FD foram tão boas ou melhores quanto os relacionamentos pessoalmente. Quanto ao conhecimento sobre diabetes, a pontuação média da amostra foi de 20,6 (N = 100; DP = 1,58; intervalo = 16-23).
Quanto às razões para visitar os FD, os participantes indicaram apoio social isoladamente (18,6%), o conhecimento sozinho (35,3%), apoio social e conhecimento juntos (39,2%), e nenhuma das opções acima (6,9%). Para o maior benefício do DF, os participantes relataram apoio social sozinho (38,25%), o conhecimento sozinho (31,4%), apoio social e conhecimento juntos (21,6%), e nenhuma das opções acima (8,8%). Além disso, 84,3% dos pais participantes indicaram que os cuidados com seus filhos DM1 foram influenciados por suas experiências nestes fóruns. Sobre a confiabilidade nas pessoas na Internet, os resultados indicaram que houve diferença significativa na confiabilidade percebida na Internet em geral (M = 2,97; DP = 0,94) e em fóruns FD (M = 2,49; DP = 0,72), de modo que as pessoas da Internet em geral foram classificadas como menos confiáveis do que aquelas nos fóruns FD (t (100) = - 5,621, p <0,001).
Além disso, através de regressão, notou-se que os números de fóruns que indivíduo é membro (MF) predisseram significativamente comportamentos de medo de hipoglicemia (β = 0,23; p <0,05). Sobre o estresse parental, houve uma mudança significativa quando MF foi preditor; os MF predisseram significativamente a freqüência de estresse parental (β = 0,28; p <0,01).
Este estudo foi o primeiro, de conhecimento dos autores, que procurou examinar diretamente os pais de crianças com DM1 que usam on-line FD. Como conclusão, este estudo sugeriu que os pais que utilizam esses fóruns colocam uma quantidade significativa de confiança nas informações e os relacionamentos criados on-line. Tal resultado sugere que para esses pais de crianças DM1 que utilizam os FD, as relações formadas on-line possuem valor significativo para os mesmos.
Além disso, não houve associação significativa entre a HbA1c da criança e a participação dos pais nos fóruns. Isto pode sugerir que os FD não estão impactando na HbA1c ou que os pais que estão envolvidos nestes fóruns não estão buscando exclusivamente estratégias de curto prazo para melhorar o controle glicêmico do filho, e em vez disso, estão estabelecendo relacionamentos. Os participantes indicaram receber apoio, conhecimento e ganhos sociais através da participação fórum, apesar de apresentarem estresse parental e medo hipoglicêmico.

Como conclusão, nota-se a importância que os clínicos devem ser conscientes disso e falar abertamente com os pais de seus pacientes para explicar os potenciais riscos e benefícios da participação em fóruns online. Educar os pais sobre a relação entre o uso do fórum e variáveis tais como, o medo hipoglicêmico e o estresse parental, devem ser fornecidos e os pais devem ser encorajados a verificar as informações obtidas a partir de fóruns on-line com a sua equipe de saúde. 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sleep patterns and symptoms of anxiety and depression in patients with chronic pain


Resenhado por Laís Santos

Castro, M. M. C., & Daltro, C. (2009). Sleep patterns and symptoms of anxiety and depression in patients with chronic pain. Arquivos de Neuropsiquiatria, 67, 25-28.

De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor crônica está relacionada às experiências sensíveis e emocionais atreladas a lesões reais, potenciais ou descritas com base nos danos em questão. Em outras palavras, não há uma única definição para a dor crônica já que ela está relacionada ao sensível, ao cognitivo, ao emocional, assim como também aos elementos culturais do indivíduo. Desse modo, é como se cada indivíduo elaborasse um significado de dor crônica, embasado em sua leitura emocional, cognitiva, bem como em sua bagagem cultural.
A dor crônica, como o próprio nome já nos diz, ocorre de modo contínuo e recorrente, mesmo nos casos em que houve a cura do fator eliciador. De modo geral, a dor crônica pode ser intensificada mediante a influência de estressores ambientais ou psicopatológicos, podendo desencadear prejuízos na vida dos indivíduos. De acordo com a literatura, além dos fatores orgânicos, o aspecto psicológico exerce significativa influência sobre as queixas de dor.
Pesquisas revelam que há uma associação significativa entre dor crônica e ansiedade, depressão e alterações na qualidade do sono. Acredita-se que esses elementos podem influenciar o desenvolvimento de queixas de dor crônica, assim como, há a relação inversa – as doenças crônicas podem agir como eliciadores desses sintomas. Assim, o estudo em questão objetivou avaliar o sono e a freqüência de sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com dor crônica atendidos em uma clínica de dor no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador, Bahia, Brasil.

O estudo contou com a participação de 400 pacientes (331 mulheres e 69 homens). Os dados foram coletados entre março de 2003 e julho de 2006, utilizando os seguintes instrumentos: um questionário contendo perguntas sociodemográficas e sobre a dor (diagnóstico médico, duração, frequência, tempo de tratamento na clínica e resposta ao tratamento implementado); Visual Analogue Scale (VAS) para a avaliação da dor, o Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e o Questionário Mini-Sleep (MSQ).

Os resultados deste estudo mostraram uma alta prevalência de sintomas de ansiedade e depressão e os padrões de sono alterados nos pacientes avaliados. As mulheres foram as que mais apresentaram dor crônica, que de acordo com a literatura isso pode ser explicado por conta da presença de aspectos constitucionais, endócrinas, comportamentais e culturais em mulheres.
Com relação à média de idade dos pacientes foi de 45,6 anos, sendo semelhante à literatura. Estima-se que a maioria desses sujeitos acaba interrompendo suas atividades laborais, por conta do impacto limitador que a dor crônica exerce. Os danos sociais decorrentes da dor crônica são apenas um dos indicadores do impacto que ela causa na vida dos sujeitos.
No que se refere à prevalência de ansiedade, depressão e o padrão de sono dos entrevistados, 72,8% dos sujeitos apresentam ansiedade, 61,5% depressão e 93,0% assinalaram alterações no padrão do sono. Com relação às altas porcentagens referentes à ansiedade e a depressão, estima-se que elas foram possíveis por conta da concomitância entre estes sintomas e a dor crônica. Os dados referentes à alteração no padrão de sono se assemelham à literatura ratificando assim, a relação entre dor crônica e os padrões de sono.

Por fim, a partir dos dados apresentados, entende-se que a ansiedade, a depressão e o padrão de sono, são elementos que estão interrelacionados à dor crônica. Assim, destaca-se a necessidade de mais estudos como este, que fundamentem a elaboração de estratégias que proporcionem uma melhor qualidade de vida para os sujeitos acometidos pela dor crônica. 

As fases da doença de Alzheimer

Postado por Lucila Santos


É apresentado no vídeo, de forma simples e didática, o que ocorre com o cérebro de uma pessoa que possui a doença de Alzheimer, identificando qual área é afetada por cada fase da doença e que consequências isso traz para a pessoa em questão. Compreendendo melhor como ocorre o curso dessa doença neurodegenerativa e as diferentes funções cerebrais que por ela são afetadas, ajuda a diminuir o estigma de tal condição, além de melhorar os cuidados e a atenção voltada ao indivíduo com Alzheimer.