Páginas

terça-feira, 28 de julho de 2015

Saúde mental masculina é afetada pela violência


Postado por Luana Santos

Segundo o psicólogo Fernando Pessoa de Albuquerque, a saúde mental dos homens é agravada por casos de violência, seja física, psicológica ou sexual. Seu estudo permitiu a inferência que 30% dos casos de sofrimento mental têm relação com violência. Sentimentos ansiosos e angústia causados por situações de violência, mesmo que na infância, parecem dificultar na vida adulta uma saúde mental estável, refletindo em incômodos relacionados a questões psíquicas cujos efeitos impactam na qualidade de vida do indivíduo. Registros de entrevistas e prontuários de 477 homens, entre 18 e 60 anos, que frequentavam dois Centros de Saúde Escola das regiões Centro e Oeste de São Paulo, foram analisados. Seus achados subsidiaram a produção da dissertação “Agravos à saúde mental dos homens envolvidos em situações de violência”, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Estudos como esse são relevantes por proporcionar maior entendimento acerca da temática e suas relações com contextos aversivos como a violência, além de serem fontes importantes de subsídio para práticas interventivas e preventivas.






Homens com sofrimento mental sofrem mais violência psicológica, física e sexual. Essa constatação é um dos pontos levantados na dissertaçãoAgravos à saúde mental dos homens envolvidos em situações de violênciarealizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) feita pelo psicólogo Fernando Pessoa de Albuquerque, sob orientação da professora Lilia Blima Schraiber. Os formulários avaliados para o estudo permitiram ao psicólogo inferir que sofrer violência tem relação com 30% dos casos de sofrimento mental, o que contribui para prejudicar a saúde desses homens.Albuquerque constatou também que metade dos homens com sofrimento mental foram vítimas de violência na infância e/ou adolescência. Com esses dados, segundo ele, pode-se supor que situações de ansiedade e angústia, causadas por atos violentos sofridos durante a formação da identidade dificultam, na vida adulta, uma saúde mental mais constante e integrada. “‘Experimentar’ violência tem efeito cumulativo, e cria mais probabilidade da pessoa adquirir um transtorno mental comum”, diz o psicólogo.Os dados do estudo foram coletados a partir de registros de entrevistas e de prontuários médicos de 477 homens de 18 a 60 anos que frequentaram dois Centros de Saúde-Escola das regiões Central e Oeste da cidade de São Paulo, em busca de atendimentos diversos de saúde. Nestes formulários, registrou-se as queixas que os homens traziam ao serviço, assim como a frequência com que iam ao médico. Os dados foram levantados para uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) chamada “Homens, violência e saúde: uma contribuição para o campo de pesquisa e intervenção em violência doméstica e saúde” realizada em 2003.
Tipos
Sofrimento mental consiste em incômodos relacionados às questões psíquicas, sendo uma aproximação do diagnóstico de transtorno mental comum (TMC), ainda que não seja caracterizado como uma doença mental. Seus efeitos provocam queda na qualidade de vida, além de agravo à saúde mental. Um dos fatores associados a essa situação está a violência, em todas as suas formas: física, sexual e psicológica. Para o trabalho, Albuquerque considerou a violência que a pessoa sofre, ou seja, no qual ela é vítima e não autora da ação agressora. O psicólogo optou avaliar os números que representavam a violência sofrida por tipo, por idade e por sobreposição de homens que relataram tanto sofrer quanto praticar agressões.Segundo o autor, existem poucos estudos sobre saúde mental masculina. Os principais trabalhos envolvem somente eventos com desfechos fatais. “Pouco se sabe sobre os agravos menos imediatos” diz Albuquerque. Na sociedade, o ideal de masculinidade justifica, ou naturaliza, em algumas situações, a agressividade, o que leva a acreditar que a violência é bem vista entre os homens. No entanto, as condições de saúde pioram sob essa influência.A importância deste tipo de trabalho, concluiu o autor, é introduzir os cuidados psicológicos à saúde masculina na atenção primária das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Homens procuram menos ajuda psicológica, porque a imagem idealizada de homem é o indivíduo que não pode deprimir ou ficar ansioso” conta o psicólogo. Ainda, afirma que pesquisas deste tipo podem ajudar a desenvolver políticas públicas de saúde para homens.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate.


Resenhado por Brenda Fernanda
Alves, R. F., Silva, R. P., Ernesto, M. V., Lima, A. G. B., & Souza, F. M. (2011). Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Psicologia: Teoria e Prática, 13(3), 152-166. Recuperado em 04 de julho de 2015, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872011000300012&lng=pt&tlng=pt.

        A saúde do homem é um objeto que tem sido negligenciado ao longo de tempo. Isso ocorre principalmente em decorrência de processos culturalmente arraigados. A importância do presente estudo teve origem na necessidade de compreender os fatores que levam os homens a descuidarem-se com sua saúde e, consequentemente, procurarem menos que as mulheres os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS).
        Ao longo do texto, constata-se a grande relevância que a cultura tem para a significação dos papéis de gênero de cada um, principalmente no que diz respeito a sua saúde. Assim, foram encontrados dados que relatam estrita relação entre um modelo culturalmente construído de masculinidade e sua influência nos cuidados com a própria saúde (Gomes, Nascimento e Araújo, 2007; Villar, 2007; Korin, 2001). No entanto, algumas pesquisas apontam para a possível existência de outros fatores intrínsecos ao funcionamento dos serviços de saúde que podem ser um obstáculo para o acesso do público masculino a esses serviços.
O artigo em questão foca na política criada pelo Ministério da Saúde, após identificar essa problemática, em agosto de 2009: a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) (Brasil, 2008), para assistir os homens entre 25 e 59 anos, com a pretensão de identificar os elementos psicossociais que ocasionam a vulnerabilidade da população masculina à maior exposição de riscos em saúde. Esse Programa almeja mudar a cultura sobre a prevenção dando ênfase na mudança paradigmática da percepção masculina em relação a seus cuidados com a saúde, bem como a compreensão do universo masculino e suas motivações e empecilhos para fazer a prevenção de doenças.
A metodologia empregada no presente trabalho foi de caráter transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantiqualitativa (Minayo; Sanches, 1993). Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram: um questionário sociodemográfico (Rea; Parker, 2000), e uma entrevista por pautas (Gil, 1999). Foram analisadas duas amostras de homens entre 25 e 59 anos: a amostra número 1, composta por homens que costumam buscar auxílio nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF); e a amostra número 2, formada por homens que, ainda que cadastrados nos programas de Saúde da Família, não costumam procurar esses serviços. A delimitação das amostras seguiu uma estratégia acidental e os critérios de inclusão foram a acessibilidade aos sujeitos e a disponibilidade (Sarriá; Guardiã; Freixa, 1999).
Participaram do estudo 82 sujeitos. Observou-se que o estado civil dos participantes não possui correlação com a procura ou não pelos serviços de saúde. Assim, não confirmam os resultados de outras pesquisas, realizadas em outros contextos culturais. Outro dado relevante é o relato da ausência de doença entre os dois grupos. Na amostra 1, 57,89% (n = 22) afirmaram não possuir doença alguma. Desse modo, a procura pelo serviço de saúde pode ser entendida como preocupação e cuidado com a própria saúde, uma ação voltada à prevenção de doenças, sendo o traço de qualidade que diferencia uma amostra da outra. Na amostra 2, 77,27% (n = 34) dos sujeitos afirmaram não terem sido diagnosticados com alguma doença. Esse dado nos permite questionar a real ausência de doenças na medida em que não ir ao médico impossibilita a constatação de alguma doença, considerando que existem enfermidades que são assintomáticas.
Os dados obtidos da análise discursiva da categoria ‘O que você faz para cuidar da sua saúde?’ demonstrou que os resultados foram semelhantes para as duas amostras. No que diz respeito à amostra 1, as atitudes consideradas positivas nos cuidados com a saúde destacaramse ante as atitudes negativas, principalmente as posturas de procura pelo médico por prevenção; alimentação balanceada; realização de atividades físicas; mudança de hábitos de fumar e beber. Quanto às atitudes negativas, ressaltou-se a procura pelo médico apenas em caso de doença; falta de atividade física; hábitos de beber e fumar praticados durante uma vida inteira. Em relação à amostra 2, as atitudes positivas também se sobrepõem às negativas, conclusão esta que aproxima as duas amostras. Especificamente, destacase a ida ao médico pelo medo de adoecer, o que em geral esteve associado à realização do exame do toque retal para o diagnóstico do câncer de próstata. Dentre as atitudes que se distanciam das observadas na amostra 1, constatouse que os hábitos de fumar e beber e os maus hábitos alimentares acabaram por compor, junto com a ausência de atividades físicas e a falta da procura pelo médico, um quadro de negligência com a própria saúde. Essa situação foi justificada pela dedicação excessiva ao trabalho, restando pouco tempo para a prática de outras atividades.
Concluindo, o estudo analisou múltiplos aspectos que dizem respeito ao universo masculino e seus cuidados com a saúde, com a finalidade de explicar a baixa procura dos homens pelos serviços de saúde. Dessa forma, foi constatado que as práticas preventivas, por vários motivos, sejam elas de ordem estrutural e/ou cultural, não fazem parte do cotidiano dessa população. Além disso, não sendo o público masculino o foco de atuação das equipes de saúde, a mínima procura pode ter sido originada pelo fato de os homens serem “invisíveis”, no que se refere à assistência nos serviços de APS. Assim, identificar esses fatores psicossociais que contribuem para a maior vulnerabilidade dessa população pode ser relevante para a construção de uma cultura de prevenção.

sábado, 25 de julho de 2015

Maioria dos homens não cuida da prevenção do câncer de próstata.

Postado por Geovanna Souza


A magnitude do câncer de próstata é refletida pelas estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de próstata vem acometendo cada vez mais homens, aumentando o índice de mortalidade devido à falta de procura médica. O preconceito que cerca os exames preventivos, aliado à ideia de que o cuidado é característica principalmente feminina, contribui para o aumento de óbitos no mundo, uma vez que enquanto as mulheres buscam serviços de saúde para realização de exames de rotina e prevenção, os homens, em sua maioria, buscam mais esses serviços quando já estão doentes. Assim, é necessário elaborar estratégias mais eficazes que atraiam os homens aos serviços de saúde para exames preventivos.


Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/630509/cancer-de-prostata-e-o-segundo-mais-comum-no-pais/


Não existe uma idade certa para começar a se cuidar. Prezar pela saúde em qualquer fase da vida é a certeza de que é melhor prevenir do que remediar. Assim como sugere o ditado popular, apostar na precaução de doenças, em especial o câncer de próstata, é a melhor saída. Por isso, hoje, quando é comemorado o Dia do Homem, especialistas alertam para a importância de manter a saúde masculina em dia.
De acordo com o urologista Emílio Sebe Filho, diretor-médico da clínica Lifemen no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum no País, perdendo apenas para o de pele. Ele completa que, conforme as pesquisas, mais de 95% dos casos se encontram em fase avançada. "Os pacientes só procuram auxílio após o aparecimento dos sintomas, o que dificulta o tratamento. O ideal é que o exame preventivo seja feito regularmente", alerta.

Segundo o urologista, a cada seis homens, um tem a doença. A estimativa é de que, em 2014, quase 69 mil novos casos tenham sido diagnosticados, ou seja, um caso a cada 7,6 minutos. Ainda segundo ele, qualquer pessoa pode apresentar problemas de saúde. “Homens de 20, 30, 50 ou 80 anos. Não tem idade específica para ir ao médico. Todos estão sujeitos a apresentar alguma doença”, diz.
O ciclista Ivan Basso, por exemplo, acaba de descobrir um tumor no testículo. A doença que tirou o italiano do Tour de France 2015 atinge 5% da população masculina e costuma se concentrar na faixa etária dos 15 aos 35 anos.

Mesmo assim, o urologista explica que, diferente das mulheres, a maioria dos homens não procura o médico. "Esse quadro tem mudado, mas muitos homens ainda são machistas e ignoram os sintomas ou empurram a marcação de consultas", conclui.
Da redação do Jornal de Brasília

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Gênero e saúde: O cuidar do homem em debate.

Resenhado por Catiele Reis


Alves, R.F., Silva, R.P., Ernesto, M.V., Lima, A.G.B., & Souza, F.M. (2011). Gênero e saúde: o cuidar do homem em debate. Psicologia: teoria e prática, 13(3), 152-166.        

            A presente pesquisa teve como objetivo analisar o modo como os homens cuidam da própria saúde, além de compreender a percepção deles sobre o modo como ambos os sexos cuidam da própria saúde. Para isso, foram entrevistados 82 homens sub-dividos em dois grupos com características sociodemograficas similares: um dos grupos costuma frequentar as unidades Básicas de Saúde da Família de Campina Grande. Já o outro grupo, embora cadastrados, não frequentavam e foram contatados com a ajuda de agentes de saúde.
Assim, o estudo relatado aqui trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico que usou como instrumentos um questionário sociodemográfico e uma entrevista de pautas.
Foram analisados diversos aspectos relacionados ao universo masculino e os cuidados com saúde. Percebeu-se que as práticas preventivas não fazem parte do cotidiano masculino fazendo com que eles acabem procurando os serviços de saúde apenas quando a doença já está instalada. Um dos motivos para isso pode ser devido ao postos de saúde não priorizarem o atendimento masculino, mesmo sendo uma prerrogativa do Ministério da Saúde.
A identificação de elementos psicossociais que levam os homens a não procurarem a um primeiro momento o serviço de saúde pode ser a chave para a construção de uma cultura de prevenção, visto que a mudança no modo de tratar a própria saúde perpassa pelo conhecimento desses elementos.
Dessa forma, o artigo visto aqui narra alguns elementos psicossociais que levam o homem a não procurar os serviços de saúde. De modo geral os homens estão presos a concepções machistas de que é um grupo invulnerável e forte. Ambos os grupos acreditam que cuidar da saúde é um comportamento tipicamente feminino e mesmo o grupo que frequenta as unidades básicas o fazem devido a um problema já instalado, mantendo maus hábitos de saúde como fumar, maus hábitos alimentares e sedentarismo.
No grupo que não frequenta as unidades de saúde, as dificuldades ainda é maior, pois tem que transpor sentimentos como medo, timidez e vergonha para procurarem os serviços de saúde. Esse grupo acredita que o serviço de saúde não deve acolher os homens. De acordo com essa questão os autores salientam a necessidade dos postos de saúde propor formas de atrair um público diferente como os homens em idade ativa.
Portanto, pensa-se existir um caminho muito longo a ser percorrido para transpor as barreiras responsáveis pelos comportamentos e atitudes negativas dos homens em relação a sua própria saúde. O primeiro passo do caminho é conhecer os aspectos psicossociais que influenciam os homens na hora de decidir pela procura dos serviços de APS para depois procurar estratégias que atraiam esse público para os serviços de saúde.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Depressão Masculina

Postado por Ariane de Brito

A depressão masculina se diferencia em vários aspectos da depressão feminina, e além disso é um tema ainda pouco discutido. Estima-se que há quase 10 milhões de homens no Brasil que sofrem com o transtorno, além disso, acredita-se que para cada 2 mulheres, há 1 homem com depressão. Os sintomas da depressão masculina estão relacionados com agressividade, irritabilidade, isolamento social, e, por vezes, comportamentos compulsivos e de risco (álcool, fumo, drogas, sexo etc.) na tentativa de camuflar a tristeza, que, ao invés disso, podem atenuar os sintomas problemáticos. Vale destacar, que os sintomas clássicos presentes num quadro clínico de depressão também podem estar presentes, mas geralmente eles são manifestados de outro modo nos homens, devido a questões socioculturais. No mais, é preciso que homens fiquem atentos e reconheçam tais mudanças de comportamentos, para que possam buscar ajuda profissional especializada e tratar adequadamente a depressão.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A política nacional da saúde do homem: Necessidade ou ilusão?


Resenhado por Luana Santos

Mendonça, V. S. & Andrade, A. N. (2010). A política nacional da saúde do homem: Necessidade ou ilusão?. Psicologia Política, 10(20), 215-226.


      Em geral, os homens não têm o costume de procurar unidades básicas de saúde, porém, devido às elevadas taxas de mortalidade morbidade masculinas, têm-se dado maior atenção à saúde desse grupo. Os fatores responsáveis por aumentar a taxa de morbidade e mortalidade masculina podem ser minimizados por práticas cotidianas de promoção de saúde e prevenção de doenças. Daí, a importância de ter atenção especifica à população masculina, produzindo melhor conhecimento sobre suas práticas relacionadas à saúde, com vistas a aumentar a adesão às medidas de prevenção e promoção.
      Tem ganhado destaque a proposta de uma Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, cujas ações estariam centradas na faixa etária de 25 a 29 anos (41,3% da população masculina ou 20% da população total brasileira, segundo o IBGE, no ano de 2005) e formuladas com base em estudos que trazem informações fundamentadas de indicadores de enfermidade e mortalidade da população masculina. Tal política tem, ainda, o propósito de qualificar os profissionais de saúde para o correto atendimento à saúde do homem, implantar assistência em saúde sexual e reprodutiva, orientar os homens e familiares sobre promoção, prevenção e tratamento das enfermidades que atingem o homem, reconhecendo tais sujeitos como indivíduos que necessitam de cuidados, incentivando-os a busca-los.
      Assim, o presente estudo buscou conhecer o posicionamento dos homens a respeito dessa política, além de suas percepções e práticas de saúde. Foram entrevistados acerca da temática “homens e política de saúde” 35 usuários de uma UBS em Vitória/ES, do sexo masculino, entre janeiro e abril de 2009, a maioria casado e exercendo algum tipo de atividade remunerada, exceto 4 desempregados e 3 aposentados.
     Uma das primeiras ideias refletidas, Política de Saúde para o homem: por que para homens?, trouxe algumas ideias pautadas na oposição entre os serviços de saúde para o homem e para a mulher e se mostrou uma questão que eles não conseguiam visualizar na prática pois parecia uma separação entre os gêneros, sendo a maioria contra essa ideia e outros assumindo que nunca consideraram tal distinção. Todavia, em outro momento de suas falas, esses mesmos homens expressam que as mulheres têm maior necessidade de atenção à saúde, principalmente devido a sua “fragilidade”, já que necessitariam mais de cuidados se comparadas a eles, autoconcebidos como fortes ou “superiores” fisiologicamente.
     Em relação aos Obstáculos identificados pelos participantes, a maioria acredita que não haja a necessidade de uma distinção de política de saúde específica para o homem, já que segundo eles um serviço de saúde deve estar preparado para atender ‘qualquer clientela’ sem discriminação. Além disso, um participante relatou que a saúde dos idosos e das crianças é que deveria possuir mais cuidados e investimentos.
     Por outro lado, dezoito participantes, ao falar sobre Benefícios da Política de Saúde Masculina para os homens ressaltaram benefícios advindos dessa oportunidade, tal como ter atendimento focado em suas demandas na própria UBS sem que precisem ser encaminhados a outros serviços. Foi notória nas falas a vergonha em se sentir exposto, uma justificativa inclusive usada para explicar a não procura aos serviços básicos, que poderia ser minimizada com a segurança em saber que há um programa específico para atender as demandas próprias do gênero, como exames de próstata por exemplo.
     Diante do exposto, tais resultados podem auxiliar na discussão acerca dos obstáculos ao acesso dos homens aos serviços de saúde, bem como os fatores que, segundo os mesmos, poderiam facilitar essa procura. Além disso, ajudará gestores e profissionais no entendimento do escopo do problema da ausência de procura aos serviços pelos homens,promovendo implementação de medidas e ações eficazes, inclusive relacionadas à Política Nacional de Saúde do Homem.

domingo, 19 de julho de 2015

Saúde do homem

Postado por Laís Santos

A saúde do homem, apesar de ser uma temática importante, ainda é pouco difundida. A charge acima aponta um discurso propagado pela maioria dos homens que tratam a sua saúde como algo inabalável, como se nunca pudessem adoecer, chegando, na maioria dos casos, aos serviços de saúde quando as doenças já estão instaladas. Assim, é necessário que se haja maior esforço por parte dos órgãos de saúde a fim de investir maciçamente em campanhas e ações que conscientizem os homens da importância de cuidar de sua saúde, principalmente no sentido de prevenção, podendo evitar assim doenças futuras e, também, provocar mudanças na conduta dos mesmos, levando-os a trabalharem a favor da prevenção e manutenção de sua saúde.


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Ansiedade, Depressão e Característica de Personalidade em Homens com Disfunção Sexual.

Resenhado por Lucila Moraes

BRITTO, Rodrigo; BENETTI, Sílvia Pereira da Cruz. Ansiedade, depressão e característica de personalidade em homens com disfunção sexual. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 13, n. 2, dez. 2010 .

Segundo o DSM IV a disfunção sexual (ou Transtorno Sexual) é caracterizada ou por uma perturbação nos processos que formam o ciclo de resposta sexual ou ainda por dor associada à prática sexual. No Brasil, em uma pesquisa realizada com 7022 pessoas, sendo 3775 do sexo masculino, mostrou que aproximadamente 48% dos homens relataram ter algum tipo de disfunção sexual e, em muitos dos casos, o indivíduo não apresentava problemas orgânicos, sugerindo que a disfunção sexual tem origem psicológica ou emocional.
As disfunções sexuais estudadas na presente pesquisa são a Disfunção Erétil e a Ejaculação Precoce. A EP (Ejaculação Precoce) é entendida como uma ejaculação que ocorre sem que o paciente deseje, e esse problema consegue afetar entre 22% e 38% dos homens em alguma fase da vida. É relatado que os homens com EP possuem alto nível de ansiedade e podem desenvolver também a disfunção erétil.
A Disfunção Erétil (DE) ocorre quando há a incapacidade de se obter ou manter uma ereção que possibilite a prática sexual. Ela pode ser considerada um problema de saúde pública mundial por afetar quase que metade dos homens acima de 40 anos em todo mundo. Um estudo nacional de Oliveira (2003) mostrou que há uma associação significativa entre ansiedade e ejaculação precoce primária, bem como uma relação entre depressão e ejaculação precoce primária.
O presente estudo analisou a incidência de ansiedade e depressão, bem como traços de personalidade em pacientes do sexo masculino com disfunções sexuais do tipo erétil e ejaculação precoce, comparando os dois grupos. A amostra foi composta por 42 homens entre 18 e 45 anos, metade deles (21 homens) diagnosticados com Disfunção Sexual do tipo EP e a outra metade (21 homens) com disfunção erétil. Foram aplicados um questionário sócio-demográfico e dois instrumentos: O primeiro para medir o nível de depressão, o Inventário de Depressão de Beck (BDI); e o segundo para medir o nível de ansiedade, o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI).
A média de idade entre os dois grupos (homens com EP e homens com DE) foi muito próxima: com média de idade de 31 anos. Apesar de ser uma média de idade considerada jovem, pesquisas como a de Avatshi et al (1994) afirmavam que a Disfunção Erétil com causa psicológica é mais comum em homens jovens, explicando a idade precoce dos sujeitos da amostra.
Em relação ao nível de ansiedade, o BAI mostrou que cerca de 76% dos participantes da amostra total possuíam um ansiedade no nível ‘Mínimo e Leve’ e 24% obtiveram como resultado ‘Moderado ou Grave’. Os resultados dos sintomas depressivos obtidos através do BDI mostraram que 88% dos participantes da amostra ficaram com a classificação entre ‘Mínimo e Leve’ e apenas 12% entre ‘Moderado ou Grave’.
Fazendo um comparativo com ambos os grupos estudados na pesquisa, o grupo com Disfunção Erétil apresentou maiores níveis tanto no BDI quando no BAI, que estão de acordo com os resultados dos estudos realizados por Tondo et al (1991) e de Meyer (1997), em que os sujeitos com DE eram mais aptos a terem depressão e ansiedade que os sujeitos com EP .
Em relação à Bateria Fatorial de Personalidade, analisando a amostra geral, 50% dos sujeitos da amostra foram qualificados como tendo alto ou médio nível de neuroticismo, que é alto grau de sofrimento ou instabilidade emocional. Quanto à socialização cera de 43% apresentou resultados baixos, o que revela uma baixa qualidade de interação interpessoal. Mais
uma vez, 43% dos participantes apresentaram baixo nível no quesito realização, mostrando uma falta de perspectiva no futuro e pouco comprometimento e responsabilidade diante tarefas.
Por fim, a pesquisa teve o intuito de entender quais o traços de personalidade e características principais dos sujeitos que possuem tais Disfunções sexuais, para melhor prevenir e tratar seus portadores. Importante notar a alto indicie de depressão e ansiedade nos homens com Disfunção Sexual analisados, o que revela ser um problema também relacionado à fatores emocionais e psicológicos, sendo necessário não só acompanhamento médico, como também de um profissional de psicologia, para um melhor diagnóstico e tratamento do paciente.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sexualidade masculina e saúde do homem: Proposta para uma discussão

Resenhado por Geovanna Souza

Gomes, R. (2003). Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Ciência & Saúde Coletiva, 8, 825-829.


O objetivo do autor ao escrever esse texto foi de problematizar aspectos da sexualidade masculina que, se não devidamente abordados, poderão vir a comprometer a saúde do homem. Para isso, logo no inicio do texto ele traz uma problematização: “Por que discutir, especificamente, sexualidade masculina e saúde do homem?”. Ao buscar oferecer uma resposta objetiva para os leitores ele aborda a questão da singularidade e dos papéis sexuais.
O termo “saúde do homem” pode ilustrar o encontro de uma política que preconiza a superação do modelo que tem por foco a saúde da mulher, estabelecendo-se enquanto saúde, independente do gênero. Segundo o autor, “o termo gênero passou a ser utilizado pelas feministas para traduzir as diversas formas de interação humana, buscando conceituar o gênero como forma de legitimar e construir as relações sociais” (p. 826), e isso ajudou a compreender melhor a relação entre homens e mulheres. Com o intuito de atingir o objetivo da escrita desse trabalho o autor utilizou o desenho de ensaio, entendendo tal modalidade como um exercício crítico de procura, de caráter exploratório, acerca de um tema ou objeto de meditação, buscando uma nova forma de olhar o assunto (Tobar & Yalour, 2001).
O autor traz algumas narrativas acerca da masculinidade, da sexualidade e de suas crises. Pode-se dizer que desde sempre a sociedade dita as regras do que o menino pode ou não fazer, do que é ser homem ou mulher. A ideia de que homem de verdade tem que ser reservado e solitário aparece na maioria das falas masculinas quando o assunto é sua vida pessoal. No entanto, há também uma demanda que exige que o homem seja compreensivo quando os assuntos se referem a sua parceira. Estabelecer para a sociedade uma identidade masculina é fonte de inquietação para muitos homens, na qual eles devem expressar sua iniciação sexual e a negação de homossexualidade, por exemplo. Com isso, há homens que utilizam padrões tradicionais, como poder, agressividade, iniciativa e sexualidade incontrolada, para construir a sua identidade sexual.
No Brasil, na década de 90, começou a se falar numa possível “crise da masculinidade” na qual o gênero masculino não é exatamente o foco da crise, mas sim a procura constante pela masculinidade. Para alguns autores a crise pode estar associada a inúmeros fatores, que vão desde impotência à valores sociais. O autor cita que para Goldenberg (2000), “talvez o machão esteja realmente em crise, mas é possível que até ele consiga sobreviver, só que será obrigado a coexistir com outras formas de ser homem”. Dessa forma surgem novas possibilidades de construção da masculinidade a partir de outros referenciais.
Aspectos relacionados a crise da masculinidade estão refletidas na saúde do homem, principalmente no que se refere a prevenção de doenças, sendo a principal delas o câncer de próstata. No Brasil, o câncer de próstata tem se revelado como um problema de saúde pública devido às altas taxas de incidência e mortalidade. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a detecção precoce desse tipo de câncer é o que eleva as chances de sobreviver.
Um dos fatores que elevam a não procura pelo atendimento médico é o exame realizado para detecção do câncer de próstata, conhecido como toque retal. Esse exame é uma medida preventiva que mexe com a imaginação de muitos homens, levando-os a pensar que se realizar esse exame sua masculinidade poderá não ser a mesma. Para o autor, fazer esse exame pode suscitar no homem o medo de ser tocado na sua parte “inferior”, associando o exame à dor e ao desconforto físico e psicológico de estar sendo tocado. Outra coisa comum entre os homens é o medo de ter uma ereção enquanto realiza o exame, mesmo que essa ereção seja apenas uma reação fisiológica. Assim, não se pode deixar de pensar nos constrangimentos que muitos homens sentem ao realizar o exame, mesmo aqueles que procuram ser mais racionais frente à sua realização.

Por fim, o autor coloca que não há constrangimentos somente por parte do homem que realiza o exame, mas também de alguns profissionais. O profissional também pode sofrer influências de seu imaginário, prevendo a existência dos medos que podem surgir a partir de seu toque. Dessa forma, é imprescindível que ao pensar em políticas de saúde pública possam ser melhor discutidas questões que envolvam a sexualidade masculina, para que haja uma melhor preparação e aceitação diante de exames que mexem tanto com o imaginário das pessoas. Há uma forte necessidade de reflexão sobre a masculinidade para uma compreensão dos comprometimentos da saúde do homem.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Preconceito prejudica a saúde do homem


Postado por Brenda Fernanda 

A saúde do homem tem se destacado como tema a ser trabalhado, tendo em vista o comportamento de risco adotado pelos próprios sujeitos do sexo masculino. Isto ocorre, na maioria das vezes, devido à existência de um pensamento hegemônico acerca de uma masculinidade estereotipada, comumente disseminada pela sociedade. Isto é, o homem másculo e viril geralmente não cuida de sua saúdeÉ sabido que os homens geralmente não possuem hábitos de prevenção de saúde e, por conta disso, seus diagnósticos acabam sendo tardios, podendo gerar consequências ao bem-estar desses pacientes. 


Homens também sofrem com a crise dos 40: Reconheça os sinais



Postado por Ariane de Brito



Os homens assim como as mulheres vivenciam mudanças (tanto físicas quanto emocionais) durante seu desenvolvimento, que são inerentes a qualquer ser humano, uma delas é a chamada crise dos 40. Para muitos trata-se de uma fase que dá ensejo a uma avaliação da vida pessoal, que dentre outras coisas, pode levar a sentimentos negativos, tais como tristeza e mágoa em relação a trajetória de vida levada até então.

“Aceitar a aproximação da velhice, enxergar a finitude do ser ou simplesmente analisar a vida que se leva, comparando-a com a que se idealizava ter aos 20 anos, podem servir como um estopim para essa crise", afirma Marcelo Quirino, psicólogo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)”

Nesta fase não é difícil encontrar homens que acabam sofrendo com o preconceito social com a chegada da meia idade, uma vez que há na sociedade uma valorização da juventude entretimento do envelhecimento, principalmente no mercado de trabalho.

“Se o processo natural de envelhecimento nos tira algo, ele também nos traz novos recursos, elementos que nos ajudam a viver melhor com o que temos, e que só vêm com a experiência e a maturidade. O importante é saber reconhecer isso, mesmo vivendo em uma sociedade que supervaloriza a juventude"

Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/04/18/homens-tambem-sofrem-com-a-crise-dos-40-reconheca-os-sinais.htm

Longe de ser apenas mais um aniversário, a chegada dos 40 anos, para alguns homens, é considerada um marco. A fase normalmente dá ensejo a uma avaliação da vida pessoal. E, dependendo do resultado desse olhar sobre a trajetória feita até ali, desconfortos, mágoas e uma tristeza podem surgir. É a crise dos 40.
"Aceitar a aproximação da velhice, enxergar a finitude do ser ou simplesmente analisar a vida que se leva, comparando-a com a que se idealizava ter aos 20 anos, podem servir como um estopim para essa crise", afirma Marcelo Quirino, psicólogo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).  A percepção de que o corpo já não tem o mesmo vigor da juventude assusta. Nessa fase, é comum haver um discreto aumento nos problemas de saúde, bem como mudanças no que diz respeito ao desejo e ao desempenho sexual, aspectos que mexem diretamente com a autoestima masculina.  "É também nesse período que muitos homens observam o envelhecimento dos próprios pais, têm de lhes prestar cuidados e, assim, percebem, de forma crua, que o ser humano é finito. A crise da meia-idade é, sobretudo, existencial, porque o homem toma clara consciência de que tem menos tempo para viver", explica Reginaldo do Carmo Aguiar, psicólogo clínico comportamental pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais). Outro fator importante é a relativa distância que se toma dos filhos. É nessa fase que eles geralmente começam a deixar o lar, o que pode provocar uma sensação de vazio, conduzindo mesmo os casais que se dão bem a uma readequação da relação. Nos casais que já estão com problemas, então, a situação pode se tornar ainda mais incômoda, aumentando a insatisfação masculina. Por fim, pesa sobre os homens mais maduros o preconceito social, já que a nossa sociedade tende a valorizar a juventude em detrimento da experiência. Um exemplo clássico é a dificuldade que encontram nessa faixa etária para conseguir emprego, embora muitos tenham mais conhecimento do que a maioria dos jovens. Em boa parte dos casos, o preconceito parte, ainda, do próprio homem, que enxerga somente as características negativas da velhice, sem olhar para as conquistas que já fez graças à passagem do tempo.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Acidente Vascular Cerebral: O que fazer?


Postado por Catiele Reis


No mundo cerca de 5,5 milhões de pessoas morrem por AVC (Acidente Vascular Cerebral), deste total a maioria são homens, principalmente, em idade entre 15 e 59 anos). Isso ocorre porque os homens, na maioria das vezes, deixam para procurar os serviços de saúde quando a doença já está instalada, além do fato dos hormônios femininos funcionarem como uma espécie de proteção para as mulheres. O vídeo abaixo mostra de uma maneira didática os sinais e os sintomas do AVC e o que fazer quando você suspeitar que uma pessoa está tendo um, visto que a rapidez dos primeiros socorros é fundamental para a sobrevivência. Após o AVC instalado, 80% das pessoas ficam com algum tipo de sequelas, sejam físicas ou psicológicas. A depressão é o transtorno psicológico que tem maior prevalência nesses casos.

sábado, 4 de julho de 2015

Doenças raras atingem 8% da população mundial, segundo a OMS

Postado por Alexsandra Carvalho



Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8% da população mundial é atingida por doenças raras. Essas doenças são consideradas raras porque sua incidência é menor que 1 em cada 1.650 de nascimentos. São consideradas três causas: genéticas, ambientais e infecções. Essas doenças não têm cura nem prevenção, mas algumas possuem tratamento que ajudam bastante. É possível diagnostica-las precocemente, por isso a importância de se fazerem os testes de avaliação pediátrica, e ficar atento ao desenvolvimento da criança. Ressalta-se, nesse contexto, a importância do acompanhamento psicológico tanto a pacientes como aos familiares/cuidadores, no sentido de desenvolver as potencialidades individuais em relação ao enfrentamento da doença e as sequelas provocadas pela mesma.



Eles enfrentam preconceito, mas nem por isso deixam de viver a vida e lutar sempre. O Bem Estar desta quinta-feira (12) mostrou histórias de pessoas com doenças raras. Como é o dia a dia? E o tratamento? Conheça a história do Eduardo e da Natália. Participaram do programa a pediatra e consultora Ana Escobar, o neurologista David Schlesinger e a geneticista Lavinia Schüler Faccini. Pela Organização Mundial da Saúde (OMS) qualquer doença que tenha incidência menor que um em cada 1.650 nascimentos é considerada rara. Quando juntamos todas elas, vemos que são muitas: mais de oito mil doenças. Estima-se que de 6% a 8% da população mundial tenha uma doença rara. No geral, são três causas: genética (a grande maioria, cerca de 80%), ambientais (o uso de um medicamento) ou infecções. Às vezes, a cura não existe, mas algumas doenças possuem tratamentos que ajudam bastante. Essas doenças não têm prevenção, mas é possível diagnosticar precocemente. Algumas atitudes podem ajudar, como a avaliação pediátrica (teste do pezinho, orelhinha, olhinho, coração); ficar atento no desenvolvimento da criança (ponto de vista neurológico, intelectual e motor); se há presença de algum defeito físico interno (coração, por exemplo); acompanhar o crescimento. As doenças raras mais comuns são: erros inatos do metabolismo, síndromes de deficiência intelectual, síndrome de distrofia muscular e fibrose cística.