Postado por Mariana Menezes
O otimismo é um construto
psicológico que envolve expectativas positivas a cerca de acontecimentos do
presente ou do futuro. Pessoas otimistas esperam e acreditam que coisas boas aconteçam
com elas e com outras pessoas. Quanto mais experimentamos afetos, emoções e
pensamentos positivos melhor será a nossa saúde. Nessa perspectiva, o otimismo,
enquanto experiência subjetiva positiva, melhora a saúde frente a situações
difíceis diminuindo o risco de problemas de saúde e fortalecendo o sistema imunológico.
Além disso, ele também está relacionado a uma recuperação mais rápida após a
ocorrência de eventos potencialmente estressores como o término de um relacionamento
amoroso, problemas financeiros graves, doenças ou mortes na família. A notícia
abaixo, baseada em diferentes estudos, reuniu evidências dos efeitos benéficos
do otimismo para a saúde.
Fonte:
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=otimismo-melhora-saude-faz-viver-mais&id=6247
Uma revisão de mais de
160 estudos encontrou "provas claras e convincentes" que - tudo o
mais constante - as pessoas de bem com a vida tendem a viver mais e ter melhor saúde do que as pessoas infelizes.
Esta é a análise mais
abrangente já feita das ligações entre a forma de encarar a vida e seus efeitos
sobre a saúde.
Ed Diener, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos,
analisou estudos de longo prazo, testes experimentais feitos em seres humanos,
experimentos com animais e estudos que avaliam o estado de saúde das pessoas
estressadas por eventos naturais.
"Nós revisamos
oito tipos diferentes de estudos", disse Diener. "E a conclusão geral
de cada tipo de estudo é que o seu bem-estar subjetivo - ou seja, ter uma
postura positiva sobre sua vida, não se estressar e não ficar deprimido -
contribui para a longevidade e para uma melhor saúde entre indivíduos que não
estão acometidos por outras doenças."
Valor do
otimismo
Um estudo que
acompanhou cerca de 5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos, por
exemplo, descobriu que aqueles que eram mais pessimistas quando estudantes
tenderam a morrer mais jovens do que seus colegas mais otimistas.
Um estudo ainda mais
longo prazo, que monitorou 180 freiras católicas do início da idade adulta até
a velhice, descobriu que aquelas que escreveram autobiografias positivas aos 20
anos de idade tenderam a viver mais do que aquelas que escreveram relatos mais
negativos de suas vidas na juventude.
Houve algumas exceções,
mas a maioria dos estudos de longo prazo concluíram que ansiedade, depressão,
falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo, todos são associados com
taxas mais elevadas de doença e uma vida mais curta.
Mesmo entre os animais
há uma forte ligação entre estresse e saúde frágil.
Experimentos em animais
que receberam os mesmos cuidados,
mas diferiam em seus níveis de estresse (como resultado de haver muitos machos
em suas gaiolas, por exemplo) revelaram que animais estressados são mais
suscetíveis a doenças cardíacas, têm sistemas imunológicos mais fracos e tendem
a morrer mais jovens do que aqueles que viviam em condições menos estressantes.
Experimentos de
laboratório em humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios
relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida
recuperação do coração após um esforço físico.
Em outros estudos,
conflitos conjugais e hostilidade entre casais foram associados com
cicatrização lenta de ferimentos e pior resposta imunológica.
Recomendações
para uma boa saúde
"Eu fiquei quase chocado
e certamente surpreso ao ver a consistência dos dados," afirmou Diener.
"Todos esses diferentes tipos de estudos apontam para a mesma conclusão:
que a saúde e a longevidade são influenciadas por nossos humores."
"A felicidade não
é nenhuma bala mágica," disse ele. "Mas a evidência é clara e
convincente que ela muda suas chances de contrair doenças ou morrer
jovem."
As atuais recomendações
para uma boa saúde estão focadas em quatro itens: evitar a obesidade, comer
direito, não fumar e fazer exercícios físicos.
Talvez seja hora de
"acrescentar à lista seja feliz e evite a raiva crônica e a
depressão," defende o pesquisador.