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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Efeitos da percepção de suporte social e otimismo na depressão de pacientes com queimaduras

Resenhado por Laís Santos

He, F., Zhou, Q., Zhao, Z., Zhang, Y., & Guan, H. (2014). Effect of perceived social support and dispositional optimism on the depression of burn patients. Journal of Health Psychology, 1–7. doi:10.1177/1359105314546776

De acordo com a literatura, queimaduras são traumas que podem causar prejuízos à saúde mental. Dados mostram que 10% a 44% dos pacientes com queimaduras apresentam algum sintoma ou desordem psicológica, e, além disso, estima-se que 30% a 40% destes continuam a apresentar desordens psicológicas.
A depressão é um dos problemas mais comuns entre os pacientes acometidos por queimaduras. Acredita-se que a percepção de suporte social não apenas atua como fator protetor contra o estresse, mas também proporciona melhores experiências emocionais. Ademais, assim como a percepção de suporte social, o otimismo disposicional, conceituado como expectativas positivas quanto ao futuro, também está associado a fatores psicológicos, como a depressão.
O estudo em questão teve como hipótese a influência do suporte social na depressão, atuando como um fator protetivo à depressão e ao estresse. Para os autores, o otimismo exerceria um papel intermediário na relação entre percepção de suporte social e depressão. A amostra foi de 246 pacientes com queimaduras, destes 62,2% (n = 153) eram homens, com idades entre os 20 a 30 anos e escolaridade igual ou superior ao ensino médio, todos pacientes de dois hospitais da China. Foram excluídos pacientes com queimaduras na cabeça e no rosto. Os instrumentos foram: Multidimensional Scale of Perceived Social Support (MSPSS), o Revised Life Orientation Test (LOT-R), Self-rating Depression Scale (SDS).

Os resultados apontaram que a percepção de suporte social estava positivamente correlacionada ao otimismo e negativamente relacionada à depressão. Ademais, o otimismo e a percepção de suporte social tem importante impacto na depressão em pacientes com queimaduras. Em outras palavras, sujeitos com menor percepção de suporte social são menos otimistas e tem maiores níveis de depressão quando comparados aos que apresentam níveis altos de suporte social (família, amigos e outros) e de otimismo. Acredita-se, também, que os pacientes com alto suporte lidam melhor com eventos negativos e adversidades, isso pelo fato de terem apoio e ajuda suficiente para superar as dificuldades.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O otimismo como uma solução!

Postado por Beatriz Reis

Hoje, a nossa dose de otimismo com uma pitada de humor do GEPPS traz a Dory que é campeã nessa receita. Ela enfrenta todos os momentos de adversidade com uma frase que vira chiclete. Desse jeito a perda de memória recente vira um detalhe em vista a tudo que ela consegue conquistar, mesmo com sua adversidade. A Dory é especialista em otimismo e persistência, e o vídeo abaixo indica o passo a passo da sua receita.


sábado, 27 de agosto de 2016

Feliz Dia do...

Postado por Beatriz Reis, Ariane de Brito e Laís Santos 

Hoje é o Dia do Psicólogo e o GEPPS parabeniza todos os colegas de profissão, principalmente os que lutam pela transformação do modelo de assistência em saúde, tradicionalmente pautada nos fatores biológicos, para uma visão mais integrada que valoriza os aspectos psicológicos e sociais do ser humano. Aos Psicólogos da Saúde que estão atuando e que sabem que essa luta é diária, desejamos força e persistência neste desafio.


Feliz Dia do Psicólogo! Mas o que faz um Psicólogo mesmo?

Postado por Beatriz Reis e Mariana Menezes 

O GEPPS, aproveitando a data em que se comemora o dia do profissional Psicólogo no Brasil, traz um vídeo super legal do CRP - SC que apresenta os múltiplos papeis desempenhados por nós nos diversos segmentos da sociedade. 
Não custa lembrar que, no geral, a função de um Psicólogo não é a mesma de um amigo, ideia comumente e equivocadamente repetida entre algumas pessoas. Essa é mais uma crença errônea a respeito da nossa profissão. Por esta razão, julgamos ser nosso papel também nos fazer conhecer melhor quanto a nossa prática e aos benefícios que oferecemos à população. 

Para quem ainda tem alguma dúvida, vale conferir!



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Otimismo vs Pessimismo

Postado por Edryenne Amaral
  
O estudo do otimismo é de grande importância para a Psicologia da Saúde, pois conhecer o seu funcionamento permite a construção de intervenções para auxiliar os indivíduos. Esse fenômeno não se resume aos pensamentos positivos, ele também está relacionado à forma como as pessoas explicam os eventos das suas vidas através de um processo denominado estilo explicativo que é constituído por três dimensões: Personalização – atribuição da causa do evento a fatores externos ou internos; Permanência – relaciona-se a duração dos efeitos do evento na vida do indivíduo; Difusão – refere-se à quantidade de efeitos do evento que se propaga para outras situações. No vídeo abaixo pode-se perceber como o estilo explicativo funciona.
Como o vídeo não tem legenda, segue, abaixo, a tradução das falas no vídeo:

Havia dois irmãos gêmeos: O otimista e o pessimista.
(Ao ver um copo com água)
Pessimista – Oh, olhe, este copo está meio vazio.
Otimista – Não, este copo está meio cheio.
(Ao ver uma lagarta)
Pessimista – Isto é um bicho feio.
Otimista – Mas isto irá se tornar uma linda borboleta!

Um dia o pai deles teve uma ideia. Como o aniversário deles estava chegando, ele decidiu comprar para eles presentes especiais.
Pai – Esses presentes irão mudá-los.
Ele primeiro foi à loja de brinquedos e comprou uma sacola de brinquedos. Em seguida, ele foi aos estábulos e adquiriu estrume fresco de cavalo. Ele deixou os brinquedos no quarto de um (pessimista) e o estrume de cavalo no do outro (otimista). Na manhã do aniversário:
Pai – Você tem tantos brinquedos novos, por que você está chorando?
Pessimista – Porque agora todos os meus amigos ficarão com ciúmes de mim e não vão querer falar comigo *funga*. E eu vou ter de aprender como usar todos estes brinquedos, e quando eu souber, suas baterias vão acabar *funga*. E então, eu não terei amigos e nem brinquedos! *funga*
Pai – Eu devo ver o que o outro está fazendo. (Ao chegar no quarto do outro filho). Por que você está tão feliz?
Otimista – Por causa disto. (Aponta para o estrume).
Pai – Mas isto é estrume de cavalo!
Otimista – Mas você não sabe o que isto significa?
Pai - ?
Otimista – Isto significa que tem um pônei aqui!!




Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lP057eHTlZE

A comunicação com pacientes em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo

Resenhado por Beatriz Reis

Araújo, M. M. T & Silva, M. J. P. (2006). A comunicação com pacientes em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Revista Escola de Enfermagem, 41(4), 668-674.

Trazendo uma nova perspectiva de estudo, com foco em aspectos saudáveis e não mais patológicos, a Psicologia Positiva acredita ser possível o desenvolvimento da assistência psicológica voltada para a prevenção de doenças mentais e promoção da qualidade de vida. Porém, a atuação desta abordagem pode ir além dos aspectos preventivos e promotores de saúde. O artigo em questão fala sobre a possibilidade da assistência em pacientes, com foco na abordagem otimista, mesmo quando o quadro clínico destes indica impossibilidade de cura.
Para as autoras, é errônea a concepção de que não existe nada a ser feito quando um paciente encontra-se em cuidados paliativos, acreditando ser possível proporcionar o conforto necessário para que o paciente vivencie seu processo de morrer com dignidade, utilizando da melhor forma possível o tempo que lhe resta. O que significa ajudar o ser humano a buscar qualidade de vida mesmo quando não é mais possível acrescer em quantidade.

Para a Organização Mundial de Saúde, o conceito de cuidados paliativos está relacionado aos cuidados ativos e totais do paciente cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. Trata-se de uma abordagem de cuidado diferenciada que visa melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares, por meio da adequada avaliação e tratamento para alívio da dor e sintomas, além de proporcionar suporte psicossocial e espiritual.

Porém, de acordo com o artigo, este tipo de cuidado integral e humanizado só é possível quando os profissionais fazem uso da diversidade no processo de comunicação para que perceba, compreenda e empregue a comunicação verbal e não-verbal do paciente. Com a finalidade de investigar de maneira mais aprofundada os efeitos desta comunicação entre profissionais de saúde e pacientes em cuidados paliativos, as autoras entrevistaram 39 pacientes oncológicos com prognóstico fechado, sem possibilidades de cura, submetidos a tratamento quimioterápico paliativo, maiores de 18 anos, com a consciência preservada e que não estavam impossibilitados de comunicar-se verbalmente.

Os resultados indicaram quatro fatores ligados à comunicação verbal e não-verbal entre os profissionais e pacientes paliativos e identificados como promotores de qualidade de vida nesta população. Seriam eles: 1- a criação do vínculo e do relacionamento interpessoal entre ambos; 2- a confiança nos profissionais de saúde em razão da atenção e codificação da linguagem não-verbal dos pacientes; 3- o diálogo sobre outras questões da vida que vão além do estado clínico em que se encontram e 4- a valorização do otimismo e do bom humor.
Porém, entre os quatro fatores, o que mais se destacou como novidade e relevante para a assistência aos pacientes que vivenciam a terminalidade foi a abordagem otimista na comunicação dos profissionais. De acordo com o artigo, o otimismo valoriza os aspectos positivos da condição do paciente, utiliza o bom humor e promove uma atmosfera mais leve, alegre e agradável. Assim, as autoras concluem considerando que esta abordagem pode se mostrar como uma alternativa para amenizar os problemas de comunicação entre os membros da equipe de saúde e pacientes em cuidados paliativos. Mesmo que não sendo a única alternativa apropriada, certamente pode tornar o trabalho da equipe mais feliz, prazeroso e fecundo.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Otimismo Explicativo ao Disposicional: a Perspectiva da Psicologia Positiva

Resenhado por Iracema Rocha de Oliveira Freitas

Bastianello, M.R., & Hutz, B.C.S. (2015). Otimismo Explicativo ao Disposicional: a Perspectiva da Psicologia Positiva. Psico-USF, 20(2), 237-247. doi./10.1590/1413-82712015200205.

  Otimismo é um conceito que tem sua origem no latim optimus (o melhor), e é popularmente visto como a maneira de “enxergar o lado bom das coisas”. Na Psicologia Positiva o construto otimismo fundamenta-se em duas teorias: teoria do otimismo aprendido, de Martin Seligman e a do otimismo disposicional, de Michael Scheier e Charles Carver.
  De acordo com a teoria do otimismo aprendido, o que define ser otimista é ter pensamentos positivos, ou seja, ter um modo diferente de pensar sobre os eventos ruins. Dessa maneira o que determina o pessimista ou otimista é o seu estilo explicativo para a origem dos eventos bons ou ruins. O termo estilo explicativo nasceu do modelo de desemparo aprendido que apresenta a teoria de que após experimentarmos eventos aversivos incontroláveis desistimos de evitar os estímulos ruins. O estilo explicativo possui três dimensões: Permanência (refere-se ao tempo de efeito do evento, seja estável ou temporário), Difusão (refere-se à propagação dos efeitos para outras situações) e Personalização (atribuição das causas a efeitos externos ou internos). A partir dessas três dimensões, o otimista é aquele que atribui explicações permanentes, inespecíficas e internas para os eventos bons, e explicações temporárias, específicas e externas para eventos ruins.
  No otimismo disposicional, ser otimista está relacionado a boas expectativas com relação aos eventos futuros. Assim, o indivíduo pode ser impulsionado a alcançar os seus objetivos e se afastar dos objetivos indesejáveis. Essa teoria está respaldada no expectancy-value model of motivation (modelo de expectativa-valor), em que o indivíduo age ou deseja, por acreditar que pode alcançar aquilo que aspira, o que significa dizer que o otimista presume que as adversidades poderão ser superadas com facilidade ou com o maior empenho.
   Acredita-se que o otimismo está relacionado a uma postura proativa que pode colaborar para a saúde física e mental contribuindo para uma melhora na autoestima, redução nos graus de ansiedade e depressão, além de diminuir ideação suicida entre adolescentes. Na Alemanha, por exemplo, um estudo realizado com pacientes com câncer urogenital, concluiu que os doentes com um baixo nível de otimismo e um alto nível de pessimismo apresentavam maior risco para elevados graus de ansiedade e depressão, além de apresentarem baixa qualidade de vida.
   Em suma, a literatura na área da Psicologia Positiva tem pesquisado sobre o otimismo e a sua correlação com indicadores positivos do desenvolvimento, com o objetivo de fornecer subsídios, para pesquisadores e profissionais, a fim de buscar evidências e poder intervir para uma melhoria na saúde física e mental dos indivíduos. Utilizando como recursos a influência das emoções e da interpretação pessoal dada aos eventos como possíveis promotores da saúde. À psicologia da saúde cabe aprofundar seus estudos sobre o otimismo com a finalidade de identificar as variáveis que podem ser utilizadas a favor de determinados recortes populacionais.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Otimismo e felicidade: dois fatores essenciais para a promoção de saúde

Postado por Laís Santos

A felicidade e o otimismo, dois construtos bastante difundidos pela Psicologia Positiva, tem grande influência na qualidade de vida e saúde dos sujeitos. De acordo vários estudos, pessoas otimistas quando comparadas às pessimistas, tem, por exemplo, menos problemas de coração e riscos de ter um AVC. Acredita-se que tais benefícios provem, em partes, do fato de que sujeitos mais otimistas e felizes tem hábitos e comportamentos mais saudáveis, do que os pessimistas, influenciando assim, na saúde e bem-estar subjetivo destes.

Fonte:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/10/cinco-fatos-sobre-como-o-otimismo-e-a-felicidade-podem-melhorar-a-saude-4623110.html



Desde efeitos positivos no sistema imunológico a benefícios para o coração, o otimismo pode melhorar a saúde. Veja cinco estudos que comprovam que pessoas otimistas têm mais chances de serem saudáveis:
1) Otimismo estimula o sistema imunológico: Estudo realizado pela University of Kentucky e pela University of Louisville com 124 estudantes mostrou que há uma relação entre o otimismo e a imunidade do organismo. Segundo a pesquisa, as pessoas mais otimistas têm maiores níveis de células que combatem vírus.
2) Otimistas têm menor risco de sofrer um AVC: Uma visão positiva sobre a vida pode diminuir o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo 
2) Otimistas têm menor risco de sofrer um AVC: Uma visão positiva sobre a vida pode diminuir o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association. No estudo, seis mil adultos com mais de 50 anos de idade avaliaram seus níveis de otimismo em uma escala de 16 pontos. Cada aumento de um ponto no otimismo correspondeu a uma redução de 9% na chance de ter um AVC.
3) Pessoas felizes têm mais sucesso no trabalho: Em um 
3) Pessoas felizes têm mais sucesso no trabalho: Em um estudo realizado pelo Journal of Career Assessment, as pessoas felizes ganham mais dinheiro, apresentam desempenho superior e realizam tarefas com mais eficiência em comparação com os indivíduos infelizes.
  4) Otimistas são mais saudáveis:  Quem se descreve como muito otimista tem 55% menos risco de morrer por qualquer causa, em comparação com pessoas de expectativas negativas. Além disso, os otimistas têm menores taxas de morte cardiovascular do que os pessimistas, de acordo com um 
  4) Otimistas são mais saudáveis:  Quem se descreve como muito otimista tem 55% menos risco de morrer por qualquer causa, em comparação com pessoas de expectativas negativas. Além disso, os otimistas têm menores taxas de morte cardiovascular do que os pessimistas, de acordo com um artigo publicado no The Archives of General Psychiatry.
5) Dar gargalhadas emagrece: Conforme levantamento divulgado pela Association for Psychological Science, rindo de 10 a 15 minutos por dia, queimamos de 10 a 40 calorias. A informação foi publicada em uma lista sobre 
5) Dar gargalhadas emagrece: Conforme levantamento divulgado pela Association for Psychological Science, rindo de 10 a 15 minutos por dia, queimamos de 10 a 40 calorias. A informação foi publicada em uma lista sobre 13 motivos para rir.

O otimismo no dia-a-dia

Postado por Brenda Fernanda


Comumente falando, otimistas são pessoas que esperam que coisas boas aconteçam com elas. O otimismo, um importante construto da Psicologia Positiva, pode nos ajudar a lidar de forma positiva com situações adversas. Pode-se dizer, nesse sentido, que as pessoas otimistas são aquelas que esperam resultados positivos mesmo diante de situações ruins. Por isso, quando nos depararmos com um problema, algo que pode ser feito é reavaliar a situação, de modo a perceber que aquele problema tem uma causa externa (isto é, não é nossa culpa), não durará para sempre (ou seja, é uma situação momentânea), bem como entender que trata-se de um caso específico, e não algo que se propagará para a nossa vida como um todo.
 

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas

Postado por Iracema R.O. Freitas
O senso de bem-estar subjetivo produz no indivíduo um nível de satisfação relacionado com experiências que mobilizam os seus afetos (positivos ou negativos). Uma pesquisa realizada na School of Public Health, em Harvard, analisou estudos médicos que apontaram uma correlação entre bem-estar psicológico e boa saúde cardiovascular. Foram analisadas variáveis como idade, peso, ser fumante e estado socioeconômico. Em suma, o construto otimismo teve relevância na pesquisa ainda que não haja comprovação do seu caráter preventivo.

A pesquisa foi produzida a partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada Psychological Bulletin. Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado. Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados a doenças cardíacas. Os pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde cardiovascular. O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio-econômico de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante. O risco de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Hábitos saudáveis


Não apenas é difícil medir de forma objetiva o bem estar, como outros fatores que ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de reduzir o risco de doenças. Os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.        A maior parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: "A associação entre doenças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda não totalmente compreendida''. "Embora este estudo não tenha olhado para os efeitos do estresse, ele confirma o que já sabíamos, que o bem-estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação saudável.'' 
"Ele também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde física da pessoa", acrescentou. ''Ainda que este estudo não tenha analisado os efeitos do estresse, ele confirma o que sabíamos, que o bem estar psicológico é uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como se manter ativo e comer de forma saudável. Ele também salienta a necessidade de que profissionais da área de saúde forneçam um tratamento holístico em relação à saúde de uma pessoa, levando em conta a saúde mental do paciente e monitorando os seus efeitos sobre sua saúde', afirmou Talbot.

Relación entre motivación y optimismo disposicional en aprendices de inglés como lengua extranjera en un contexto universitario

Resenhado por Catiele Reis
Guillén, F., Pérez-Luzardo, J., & Arnaiz, P. (2013). Relación entre motivación y optimismo disposicional en aprendices de inglés como lengua extranjera en un contexto universitário. Revista de Educacíon Extraordinario, 94, 104-128. doi:  10.4438/1988-592X-RE-2013-EXT-243
        
         A aprendizagem de uma segunda língua é um processo complexo que requer esforço, anos de prática e capacidade para superar cada uma das etapas pelas quais o aprendiz tem que passar. São diversos os fatores que podem determinar o processo de aprendizagem, causar obstáculos ou facilitar a produção da interação e a compreensão da língua estrangeira. A investigação centrada nesta área de estudo não tem deixado de dedicar esforços para encontrar a maneira de aumentar o êxito dos estudantes no processo de ensino/aprendizagem, dado que as variáveis afetivas são um componente essencial na mentalidade e a sociabilidade de um indivíduo.
O objetivo deste estudo foi investigar a relação da aprendizagem de língua Inglesa com a motivação e o otimismo no rendimento escolar em um contexto universitário. Participaram deste estudo 213 estudantes de Tradução e Interpretação, além de estudantes de Mestrado e Especialização em Língua Estrangeira (Inglês). Os instrumentos utilizados foram as Escalas de Motivação na Educação (EME) e o Teste de Orientação Vital Revisado (LOT-R). Além disso, foi incluído um questionário demográfico com a finalidade de recolher informações sobre sexo, idade, qualificação inicial e qualificação final alcançado no teste de Língua Estrangeira.
Os dados obtidos foram submetidos à análise descritiva e inferencial e os resultados não mostram nenhuma diferença significativa entre as médias em função do sexo em qualquer uma das subescalas de motivação e otimismo. No que se refere à relação entre motivação e otimismo entre os estudantes de inglês como língua estrangeira em um contexto acadêmico, pode-se notar que as experiências estimulantes são superiores no caso de futuros tradutores e interpretes e menores nos futuros professores. Os achados também indicaram que a desmotivação é significativamente menor em alunos com notas mais altas. O resultado mais importante diz respeito a relação intrínseca entre motivação e otimismo e, ao mesmo tempo, entre estes dois elementos e boas notas.
Portanto, o interesse desta pesquisa foi analisar o nível de motivação sentido pelos estudantes acerca de seus estudos universitários e qual a relação da motivação com o grau de otimismo acerca da vida. Percebeu-se então que há uma estreita relação entre motivação e otimismo, ou seja, pessoas mais motivadas são mais otimistas com relação ao curso superior.

Otimismo

Postado por Luana Santos

No campo da psicologia positiva, considera-se que há forças humanas que agem como amortecedores contra a doença mental, uma delas é o otimismo. Grande parte do foco dessa área consiste em criar uma ciência da força humana cuja missão será a de entender e aprender a promover essas virtudes nos jovens, tornando-os mais capazes de adaptar-se a situações negativas, por exemplo.


sábado, 20 de agosto de 2016

O otimismo melhora a visão

Postado por Juliane Ishimaru

Adam Anderson professor da University of Toronto, juntamente com Taylor Schmitz, graduando, realizaram uma pesquisa sobre a influência do otimismo na forma como as experiências visuais são percebidas. Segundo o professor: "Humores bons e maus literalmente mudam a maneira como nosso córtex visual opera e como vemos". Para corroborá essa afirmação, foi desenvolvido um experimento no qual indivíduos de ambos os sexos tinham que identificar em imagens compostas, com um rosto no centro e cercado por outras imagens, o sexo do rosto central. Constatou-se que aqueles que receberam estímulos positivos enxergaram mais informações devido a maior estimulação do hipocampo. Veja a reportagem:

Fonte: http://www.artsci.utoronto.ca/main/news-archives/people-who-wear-rose-coloured-glasses-see-more/

Um estudo da Universidade de Toronto fornece a primeira evidência direta de que o nosso humor, literalmente, muda a forma como o nosso sistema visual filtra nossa experiência perceptiva sugerindo que, vendo o mundo através de óculos cor de rosa é a realidade mais biológica do que metafórica."Humores bons e maus literalmente mudar a maneira como nosso córtex visual opera e como vemos", diz Adam Anderson, professor de psicologia da U of T. "Especificamente nosso estudo mostra que, quando se tem humores positivo, o nosso córtex visual passa a obter mais informações, enquanto os humores negativos resultam em visão de túnel (mais restrita). O estudo apareceu no Journal of Neuroscience.A equipe da U of T utilizaram a ressonância magnética funcional para examinar como o nosso córtex visual processa informações sensoriais em bom, mau, e neutros humores. Eles descobriram que usando os “óculos cor-de-rosa” de bom humor tem menos influência sobre a cor e mais sobre a expansividade da vista.
"Sob humores positivos, as pessoas podem processar um maior número de objetos em seu ambiente, que soa como uma coisa boa, mas também pode resultar em distração", diz Taylor Schmitz, um estudante de graduação de Anderson e principal autor do estudo. "Bom humor aumentar o tamanho da letra da janela através da qual vemos o mundo. A vantagem disso é que podemos ver as coisas de uma perspectiva mais global, ou integrativa. A desvantagem é que isso pode levar a distração em tarefas críticas que exigem foco estreito, tais como máquinas de perigo operacional ou a triagem aeroporto da bagagem dos passageiros. Mau humor, por outro lado, pode nos manter um foco mais estreito, o que nos impede de integrar as informações fora do nosso foco de atenção direta."

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ser otimista é uma boa saída para nossa saúde

Postado por Ariane de Brito

           

Que o otimismo traz benefícios para saúde isso todo mundo já deve ter ouvido falar, mas o que pesquisas tem buscado compreender é como o otimismo interage com outros fatores (biológicos ou psicológicos) para determinar o estado de saúde de alguém. Até então, sabe-se que o otimismo pode ter um efeito direto sobre o sistema neuroendócrino e sobre as respostas imunes do nosso corpo, por exemplo. Em situações e momentos difíceis, como a perda de emprego, o otimismo pode ainda ter efeito indireto sobre os resultados de saúde através de estratégias de enfrentamento adaptativas. Isto é, o otimismo, nesse caso, pode auxiliar, de forma adaptativa, o modo como lidamos com as adversidades. Por isso, ser otimista é uma boa saída para nossa saúde.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Optimism as a predictor of health-related quality of life in psoriatics

Resenhado por Brenda Fernanda

Miniszewska, J., Chodkiewicz, J., Ograczyk, A., Zalewska-Janowska, A. (2013). Optimism as a predictor of health-related quality of life in psoriatics. Postępy Dermatologii i Alergologii, XXX(2), 91-95. doi: 10.5114/pdia.2013.34157

A psoríase é uma doença crônica e repetitiva, que afeta de forma significativa a qualidade de vida e funcionamento social dos indivíduos acometidos. É uma das ditas doenças psicodermatológicas, o que significa dizer que existe um componente psicológico ligado à dermatose. A psoríase é mais frequentemente acompanhada por distúrbios do humor, tendo associações mais elevadas com doenças psiquiátricas do que outras condições dermatológicas.
A prevalência de depressão é estimada em aproximadamente 57,0%, sendo 5,0% a ocorrência de tentativa de suicídio em paciente psoriásicos. A qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) reflete a avaliação dos pacientes sobre o impacto da doença e do tratamento sobre a seu funcionamento físico, psicológico, social e bem-estar. Alguns estudos indicam que o impacto adverso da psoríase sobre a qualidade de vida pode resultar em estresse crônico, que pode, por sua vez, exacerbar alguns tipos de psoríase.
Na prática clínica, a QVRS é considerada uma ajuda para a tomada de decisão clínica, acompanhamento do processo terapêutico, comunicação com o paciente e para avaliação do resultado do tratamento. O objetivo do presente estudo foi o de analisar a relação entre qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) em psoriásicos e variáveis selecionadas demográfica, médica e psicologicamente ​​e determinar os preditores de QVRS no grupo examinado. Cento e trinta e oito pacientes com o diagnóstico de psoríase vulgar participaram do levantamento, sendo que 90,5% (n = 125) tinha a psoríase em partes expostas do corpo.
Os resultados indicaram que, no que diz respeito ao gênero, não houve diferenças entre os pacientes em termos de QVRS e otimismo. Outros dados apontaram que, quanto mais forte o otimismo, melhor a avaliação da QVRS (sintomas da doença, emoções e funcionamento social). A gravidade da psoríase correlacionou-se positivamente com sintomas relatados, funcionamento e a pontuação geral – quanto mais grave a condição da pele, pior a QVRS. A duração da doença correlacionou-se positivamente apenas com os sintomas – quanto mais longa a duração da doença, piores são os sintomas relatados pelos pacientes. No que diz respeito aos determinantes da QVRS, quase todas as variáveis ​​analisadas correlacionaram-se com a QVRS e todas as variáveis ​​analisadas explicaram a variabilidade de resultados para QV geral, mas apenas o otimismo explicou o maior percentual da variabilidade.

Por fim, o estudo demonstrou que o otimismo melhora a qualidade de vida em psoriásicos. Maior otimismo está relacionado com melhor avaliação subjetiva de qualidade de vida (melhor avaliação subjetiva da gravidade da lesão, menor intensidade de emoções negativas, menos dificuldades com o funcionamento diário e melhores relações com outras pessoas). O otimismo pode influenciar o humor, de modo que estar de bom humor favorece o desenvolvimento e manutenção de satisfação e influencia a qualidade de vida. Assim, uma expectativa generalizada de eventos de vida positivos está relacionada a uma melhor avaliação da QVRS. Ademais, os autores apontaram que os resultados do estudo podem formar a base para o emprego de intervenção psicológica em pacientes psoriásicos. Eles sugerem a utilidade das técnicas da terapia cognitivo-comportamental, a fim de alterar as crenças e expectativa dos pacientes, principalmente no que diz respeito ao otimismo.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Otimismo melhora desempenho físico de idosos

Postado por Luana Santos
A um nível subjetivo, o campo da psicologia positiva está relacionado a experiência subjetiva positiva: o bem-estar e a satisfação (passado); fluxo, alegria, os prazeres sensuais, e felicidade (presente); e cognições construtivas sobre o futuro relacionadas ao optimismo, a esperança e a fé. Todos os aspectos que a compõem vem sendo amplamente estudados, inclusive o otimismo. Tem sido mostrado que o otimismo está relacionado com um envelhecimento mais saudável, visto proporcionar melhor desempenho físico em atividades cotidianas, por exemplo. Esse tipo de resultado pode culmina no fortalecimento de abordagens utilizadas por profissionais para lidar com questões inerentes ao período idoso e embasar ações que otimizem sua qualidade de vida.
Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/otimismo-melhora-desempenho-fisico-de-idosos/
Cultivar sentimentos positivos é uma das formas de garantir boa saúde – e diversos estudos já provaram isso. Agora, uma pesquisa britânica mostra que o otimismo está ligado a um envelhecimento mais saudável: segundo o estudo, idosos que encaram a vida de forma positiva têm um desempenho físico em atividades diárias, como andar e se vestir, melhor do que aquelas que costumam ser mais pessimistas.Essas conclusões foram publicadas na edição desta semana do periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).Participaram do estudo 3.200 pessoas com mais de 60 anos. Elas foram orientadas a dizer o quão se identificavam com afirmações como “eu gosto das coisas que eu faço”, “eu gosto de estar na companhia de outras pessoas” e “eu me sinto cheio de energia durante o dia”. Os pesquisadores também avaliaram o desempenho físico dos voluntários em atividades do dia a dia, como caminhar, tomar banho e se vestir.Segundo as conclusões, os participantes que demonstraram estar menos satisfeitos com suas vidas foram até três vezes mais propensos a ter problemas em realizar essas atividades. “O nosso estudo fornece ainda mais evidências de que bons sentimentos são relevantes para o desempenho físico e a mobilidade na velhice”, diz Andrew Steptoe, pesquisador da Universidade College London, na Grã-Bretanha, e coordenador do estudo.



domingo, 14 de agosto de 2016

Medalha Olímpica para a Intervenção Psicológica no Esporte

Postado por Beatriz Reis

A dose de otimismo com pitada de humor do domingo do GEPPS traz o atleta olímpico da ginástica brasileira Diego Hipólito que acabou de ganhar medalha de prata nessa tarde. Toda graça desse poste vem também recheada de emoção, alegria e orgulho; e a escolha pelo tema foi em razão da história de vida do atleta. Como é de conhecimento de todos, o Diego nas duas últimas olimpíadas era um dos favoritos ao pódio, porém, duas quedas consecutivas nas apresentações em Pequim, 2008, e em Londres, 2012, retiraram as chances de medalha. Aos 30 anos, após enfrentar uma depressão com apoio psicoterápico, ele acreditou que seria possível enfrentar uma nova olimpíada e conseguir ao menos desenvolver sua performance sem queda, superando a si mesmo. Estipulou metas, deu o melhor de si nos treinos, foi otimista e, mais do que uma apresentação correta, conquistou a medalha de prata na competição em território nacional. “Na primeira eu caí de bunda, na segunda eu caí de cara e na terceira eu caí em pé”, desabafou o medalhista que reconheceu o bom trabalho que a sua psicóloga realizou com ele. Um exemplo bem sucedido de otimismo e de intervenção psicoterápica para comprovar a importância do acompanhamento psicológico na preparação de atletas de alta performance. Ao contrário do que foi declarado meses atrás pelo ex-técnico da seleção brasileira de futebol masculino, Dunga, que foi infeliz ao dizer que a Psicologia não traz benefícios na preparação dos jogadores. A medalha de prata é do Diego, mas nós também nos sentimos merecedores dessa conquista pelo bonito exemplo do trabalho desenvolvido pela nossa profissão.

sábado, 13 de agosto de 2016

Otimismo incentiva a resposta imunológica

Postado por Catiele Reis

Nas últimas décadas a psicologia tem se dedicado cada vez mais a um campo de estudo que foca a prevenção em saúde em detrimento das patologias. A Psicologia Positiva, como é denominada esta área, vem ganhando espaço e os construtos advindos dela sendo cada vez mais estudados. Um desses conceitos é o otimismo que pode ser conceituado como à expectativa positiva das pessoas acerca de resultados futuros. É possível notar um aumento de estudos atrelando o otimismo a aspectos fisiológicos, a exemplo desta pesquisa abaixo que conclui que uma pessoa otimista tem maior imunidade contra infecções que uma pessoa pessimista.  

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1542603-5603,00.html

Expectativas positivas em relação ao futuro podem fortalecer o sistema imunológico, segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos publicada na revista especializada "Psychological Science".O estudo, conduzido pelas especialistas em psicologia clínica Suzanne Segerstrom, da Universidade de Kentucky, e Sandra Sephton, da Universidade de Louisville, analisou como as expectativas de estudantes de direito em relação ao futuro afetaram sua resposta imunológica.Estudos anteriores já haviam concluído que as pessoas que são otimistas em relação à saúde em geral respondem melhor a tratamentos médicos. Foi constatado, por exemplo, que pacientes de transplante cardíaco com perspectivas positivas em relação ao resultado da operação normalmente se recuperam melhor da cirurgia. Mas não se sabia ao certo até que ponto uma postura otimista geral afeta a saúde, ou se o pessimismo torna alguém menos saudável.Nesse estudo, as pesquisadoras recrutaram 124 estudantes do primeiro ano do curso de direito, antes do início das aulas. Os alunos foram avaliados cinco vezes durante seis meses e, a cada vez, respondiam perguntas sobre o quão otimistas se sentiam em relação ao curso.Os alunos então recebiam uma injeção para provocar, no local da incisão, uma reação imunológica. Dois dias depois eles retornavam para que a reação fosse avaliada. Quanto maior o calombo provocado na pele, mais forte tinha sido a resposta imunológica. Na experiência foi medida apenas a resposta da parte do sistema imunológico que reage a infecções virais e a algumas infecções bacterianas.As cientistas constataram que a resposta variava em um mesmo aluno à medida que sua percepção sobre o sucesso do curso mudava. Nos momentos de mais otimismo, os estudantes apresentavam respostas mais fortes, em épocas mais pessimistas, a resposta imunológica era mais fraca.A conclusão das autoras do estudo é que o otimismo em relação a um objetivo específico importante na vida de uma pessoa pode ajudá-la a incrementar sua imunidade contra algumas infecções. Suzanne Segerstrom, no entanto, não aconselha as pessoas a adotarem expectativas irrealistas em relação ao futuro para melhorar sua imunidade. "Mas uma visão um pouco mais positiva do futuro ajuda", diz ela.

A relação entre estilo parental e o otimismo da criança

Resenhado por Edryenne Amaral

Weber, L.N.D., Brandenburg, O. J., & Viezzer, A. P. (2003) A relação ente o estilo parental e o otimismo da criança. Psico-USF, 8(1), 71-79.

As pesquisas direcionadas aos aspectos salutogênicos da vida começaram a surgir com o a proposição da Psicologia Positiva. A partir desta abordagem, Seligman (1995) cunhou o termo “imunologização” que é análogo à vacinação, ou seja, o ensino do otimismo é considerado uma “vacina” contra a depressão. A partir de evidencias sobre a relação entre estilo parental e o otimismo, objetivou-se neste artigo investigar se os distintos estilos parentais influenciam e/ou contribuem para o crescimento do otimismo em crianças.
A partir desse pressuposto, o referido autor concluiu que ser otimista não se resume a ter pensamentos positivos. Além disso, o otimismo se fundamenta na forma como as pessoas pensam sobre as causas que  explicam eventos bons e ruins. Assim, existem três dimensões que explicam a ocorrência de um evento bom ou ruim: 1) Permanência – relaciona-se a duração dos efeitos do evento; 2) Difusão – refere-se à quantidade de efeitos do evento que se propaga para outras situações; 3) Personalização – trata da atribuição da causalidade a fatores externos ou internos.
Verifica-se que o estilo explicativo dos eventos é aprendido durante a infância a partir da maneira como os pais explicam os acertos e erros dos seus filhos e também pela observação, ou seja, a criança observa e tende a imitar o modo como os pais explicam os eventos. Com isso, é interessante estudar o relacionamento de pais e filhos através do estilo parental. Este é um modelo de comportamento parental manifestado dentro de um clima emocional gerado pelo conjunto das atitudes dos pais que inclui as práticas parentais e demais aspectos da interação pais-filhos.
Inicialmente Baumrind (1966) propôs três estilos parentais, mas Maccoby e Martin (1983) dividiram um dos estilos em dois, resultando em quatro, são eles: Pais autoritativos – é um estilo parental que encontra o equilíbrio entre as orientações dos pais e os próprios interesses da criança, é denominado como democrático e recíproco por alguns teóricos; Pais negligentes – os pais não se envolvem com os seus papeis, cedem sempre aos interesses da criança; Pais permissivos (subdividiu-se em indulgentes e negligentes) – tentam se comportar de forma não punitiva e receptiva frente os desejos da criança; Pais autoritários – esse estilo tende a modelar, controlar e avaliar o comportamento da criança através de regras de conduta previamente estabelecidas. Após a modificação feita em 1983, os estilos passaram a ser definidos pelas dimensões de exigência (pais que controlam o comportamento dos filhos) e responsividade (pais  amorosos, capazes de responder aos pontos de vista e razoáveis exigências dos filhos).
A pesquisa foi conduzida em duas escolas da região de Curitiba com 240 alunos da quarta série (quinto ano), de nove a dez anos. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Estilo de Atribuição Comportamental de Crianças (Children’s Attributional Style Questionnaire – CASQ) que mede o otimismo da criança e as Escalas de Exigência e Responsividade para avaliar os estilos parentais. Os resultados da frequência (obtida através da soma dos escores obtidos do pai e da mãe) dos estilos parentais mostrou que 38,3% dos pais são autoritativos; 38,3% são negligentes; 11,4% indulgentes; 12,1% autoritários.
Com relação às médias e frequências do otimismo entre as crianças, os valores variaram entre -6 e +16, sendo a média das meninas maior 2,93 (DP = 4,5). Tais resultados foram muito baixos em comparação com os encontrados por Seligman, sendo consideradas crianças muito pessimistas e indicando um alto risco de depressão. Mas salienta-se que existe uma diferença cultural das amostras que pode explicar essa distinção. Em continuidade, os autores encontraram uma correlação significativa entre os estilos parentais e otimismo (F = 6,736; p = 0,000). Sobre as dimensões, exigência e responsividade, o escore de otimismo esteve positivamente relacionado a elas. Isto revela que crianças que percebem seus pais como mais responsivos e mais exigentes são mais otimistas.

Outro aspecto importante dos resultados é a correlação significativa negativa entre passividade e as dimensões do estilo parental, indicando que quanto mais exigentes e responsivos, menores índices de passividade e vice-versa, por sua vez, maiores índices de passividade estiveram associados aos pais negligentes e os menores aos pais autoritativos. Portanto, conclui-se que é importante continuar a estudar a relação entre estilos parentais e o otimismo a fim de entender como se pode auxiliar  sua promoção e seu desenvolvimento. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Aprendendo o otimismo

Postado por Maisa Silva
O otimismo é um dos principais construtos da Psicologia Positiva e também um dos mais abordados em notícias e estudos correlacionais. Neste vídeo, o autor traz um resumo do livro “Aprendendo o otimismo” de Martin Seligman, considerado criador deste segmento da psicologia e um dos que mais contribuíram significativamente para a mesma.
Em seu livro, o autor traz como exemplo um experimento que demonstra as diferenças entre pessoas otimistas e pessimistas com base na teoria do desamparo aprendido. Nele, dois cães são colocados em duas caixas cada, em que ambos recebem choques aleatoriamente. Todavia, um dos cães têm a possibilidade de pular para fora da caixa e o outro, não. Então, após terem  recebido os choques, o cão que possuía a oportunidade de pular para fora da caixa aprendeu que podia fazê-lo, já o outro, aprendeu que não importa o quanto tentasse, não poderia pular para fora da caixa. Sendo assim, o vídeo demonstra que o pessimismo pode afetar substancialmente as atitudes em relação às adversidades da vida.
Seligman relata que pessoas otimistas costumam alcançar mais seus objetivos, possuem uma melhor saúde, vivem mais e tem menor probabilidade de adquirir câncer. Já os pessimistas desistem, ficam deprimidos e doentes mais facilmente, e costumam lutar menos para alcançar os seus objetivos. Além disso, também pontua que a aptidão, o otimismo e a motivação podem ser determinantes para o sucesso.
PS.: Caso queira ver o vídeo com legenda em português, é só clicar no ícone “configurações”, selecionar a opção “legendas” e depois em “traduzir automaticamente”.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6tN9wMbdqZU

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Satisfação com a vida e satisfação diádica: correlações entre construtos do bem-estar


Comin, F. S. &  Santos, M. A. (2010). Satisfação com a vida e satisfação diádica: correlações entre construtos de bem-estar. Psico-USF, 15, 249-256.

Resenhado por Iracema R. O. Freitas

O bem-estar subjetivo (BES) é um construto do campo de estudo científico da Psicologia Positiva, ligado à felicidade, cuja peculiaridade reside em identificar como as experiências internas de cada indivíduo influenciam no seu grau de satisfação com a vida. Dentre essas experiências, o casamento representa um tipo de espaço de compartilhamento de emoções, expectativas e desejos que, como as variáveis já estudadas pela Psicologia Positiva, são relevantes para a análise do bem estar subjetivo. Estudos apontam que pessoas casadas de ambos os sexos relatam mais felicidade do que aquelas que nunca casaram ou são divorciadas, separadas ou viúvas. Além disso, tais estudos também indicam que pessoas que coabitam com um parceiro também são significativamente mais felizes em algumas culturas do que aquelas que vivem sozinhas. Assim, estes resultados enfatizam a conjugalidade como uma dimensão promotora de BES.

No estudo realizado com 106 voluntários de ambos os sexos, com idade média de 42±11 anos, casados e com tempo médio de união de 16,11±11,35 anos, foram avaliadas as correlações existentes entre os três fatores do BES – afetos positivos, afetos negativos e satisfação com a vida – e os três fatores da satisfação conjugal (SC) – interação conjugal, aspectos estruturais e aspectos emocionais. Os instrumentos utilizados foram: questionário Sociodemográfico (sobre renda, trabalho, idade, grau de instrução, número de filhos e tempo de relacionamento), a Escala Abipeme de Classificação Socioeconômica (a partir dos itens de conforto doméstico e da escolaridade do chefe de família), a Escala de Bem-Estar Subjetivo (que avalia afetos positivos, afetos negativos e satisfação-insatisfação com a vida) e a Escala de Satisfação Conjugal (que avalia a satisfação com interação, com aspectos emocionais estruturais relacionados ao cônjuge).
Os resultados apontam que as pessoas que estão satisfeitas em outras áreas da vida (desejos, expectativas de vida e outros), também sentem-se satisfeitas com a vida conjugal. Outro ponto verificado no estudo foi a respeito dos afetos positivos e negativos como determinantes na maneira de avaliar a própria vida. Vale ressaltar que também foi encontrado na amostra um alto nível de afeto positivo, bem como um baixo nível de afeto negativo.
Sabe-se que a satisfação com a vida tem ligação com os aspectos pessoais que o indivíduo possui e que refletem os seus critérios próprios de avaliação, referindo-se à saúde, trabalho, condições de moradia, relações sociais e pessoais. Deste modo, com base neste estudo, pode-se entender que a vida conjugal é afetada pelo modo como os parceiros vivenciam as experiências nos outros domínios da vida. Assim, a satisfação pode servir como um modulador das emoções que serão aumentadas ou diminuídas quer sejam positivas, quer sejam negativas, dependendo da maneira como o indivíduo pensa, e tal movimento também pode ser aplicado ao casamento. Concluindo, pode-se considerar que a avaliação da satisfação com a vida tem sua relevância tanto para o campo da Psicologia Positiva, quanto para a Psicologia da Saúde, por tornar possível avaliar variáveis que possam contribuir para o BES, além de favorecer a elaboração de estratégias que possibilitem a promoção deste bem-estar específico à população estudada.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pessoas otimistas são mais felizes, produtivas e resilientes do que pessoas pessimistas.


Postado por Juliane Ishimaru

O século XXI foi marcado por grandes mudanças, como o caso da Psicologia que ganhou um novo campo de estudo sobre promoção e prevenção na saúde, saindo do foco tradicional voltado às patologias e ao tratamento. Esse novo campo é denominado Psicologia Positiva e, dentro dele, aspectos como o otimismo, bem-estar e criatividade são pesquisados. Seus estudos revelam que o otimismo mostrou-se de grande importância para promoção de uma boa saúde física e psíquica, sendo as otimistas pessoas mais felizes, produtivas, resilientes e suas estratégias de enfrentamento mais bem sucedidas, como mostra a notícia abaixo:

Fonte:http://istoe.com.br/445938_OTIMISMO+PARA+PROTEGER+O+CEREBRO/?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

Manter o otimismo é um recurso útil para proteger o cérebro do desgaste sofrido ao longo da passagem dos anos. Ele beneficia o raciocínio, a atenção, a fluência verbal e a memória durante o envelhecimento, segundo pesquisa divulgada na última semana pelo Trinity College Institute of Neuroscience, da Irlanda. O trabalho integra uma linha recente de estudos que abordam o peso da resposta de cada um aos desafios impostos ao corpo e à mente com o correr do tempo. Os pesquisadores usaram como base a avaliação de 4,1 mil adultos com mais de cinquenta anos sob dois aspectos: a síndrome da fragilidade (investigados pontos como a velocidade da marcha e a força motora) e as habilidades mentais. Nesse quesito, os participantes tiveram analisados seu senso de orientação, a linguagem, a atenção, a capacidade de visão e a memória. Eles também tiveram aferido se apresentavam uma visão negativa ou otimista em relação ao envelhecimento.Os que apresentavam uma percepção positiva manifestaram o melhor desempenho. Por abordagem otimista, entende-se, entre outros fatores, ser capaz de selecionar objetivos e compensar eventuais perdas de habilidades usando meios alternativos para alcançá-los. A decoradora Regiane Ivanski, de São Paulo, usufrui dos benefícios de agir assertivamente. Aos 52 anos e cheia de planos, mantém o cérebro afiado. “Tenho uma lista de objetivos e procuro me afastar de pensamentos negativos.”Na prática médica, começa-se a dar mais importância ao tema. “Se for preciso, o paciente é encaminhado à terapia psicológica para ajudá-lo a enfrentar o envelhecimento”, explica o geriatra Leonardo Piovesan Mendonça, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo. No Rio de Janeiro, a psicóloga Mônica Portella aplica um treinamento para desenvolver o que chama de otimismo funcional. “É possível aprender a ser otimista”, diz. Deirdre Robertson, coordenadora da pesquisa irlandesa, compartilha da opinião. “A primeira coisa a fazer é reconhecer os pensamentos negativos e mudá-los”, disse à ISTOÉ.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

The relationship between parenting style, gender and academic achievement with optimism among Turkish adolescents.

Resenhado por Luana Santos

Cenk, D. S., Demir, A. (2015). The relationship between parenting style, gender and academic achievement with optimism among Turkish adolescents. Current Psychology, 1-9. doi: 10.1007/s12144-015-9375-1.

As pessoas desenvolvem estratégias para lidar com os problemas e desafios que surgem em suas vidas, seja esperando bons resultados e agindo de acordo com essas expectativas ou de forma desadaptativa. Pessoas que esperam bons resultados, tem senso de confiança e assumem que a adversidade pode ser enfrentada com sucesso são chamadas otimistas. Em 1985, Scheier e Carver introduziram o conceito de otimismo disposicional para denominar uma tendência ou crença de que coisas boas geralmente ocorrerão no curso de vida de uma variedade de formas. Outros pesquisadores passaram a estudar o construto posteriormente e passou-se a atribuir uma causa em parte ambiental para a origem e manutenção do otimismo. Dessa forma, fatores socioambientais devem afetar os níveis de otimismo individuais. Alguns exemplos são o estilo parental, que consiste em uma série de ações e interações dos pais para promoção do desenvolvimento dos filhos. O estilo parental parece estar associado ao nível de rendimento escolar, desenvolvimento de habilidades e níveis de autoestima e satisfação com a vida, tanto em crianças como em adolescentes.
Diante disso, o estudo objetivou investigar os níveis de otimismo em adolescentes e sua relação com o estilo parental, sexo e desempenho acadêmico. Participaram 1353 adolescentes com idades entre 14 e 18 anos, sendo 708 meninos e 645 meninas, de três escolas públicas de Ancara, na Turquia. Aplicou-se o Life Orientation Test para mensurar o otimismo disposicional e a Parental Attitude Scale para mensurar três padrões percebidos de atitude parental (aceitação/envolvimento, rigor/supervisão e autonomia psicológica). A análise de dados foi realizada por meio do teste ANOVA.
Os resultados indicaram que os adolescentes com maior desempenho acadêmico possuíam também mais elevados que os com menor desempenho acadêmico. Os níveis de otimismo também foram maiores para adolescentes que percebiam seus pais como autoridades do que para aqueles que os percebiam como autoritários e negligentes, que por sua vez também foram menores em relação aos adolescentes que caracterizaram os pais como permissivos. Entretanto, nenhuma relação significativa entre otimismo e os outros estilos parentais foi observada, em consonância com a literatura na temática.
Apesar das relações encontradas, a generalização deste estudo ainda não é possível visto ter sido coletado a partir do autorrelato dos adolescentes, baseando-se portanto numa percepção destes acerca dos seus pais e não no estilo parental propriamente dito. Estudos futuros podem acrescentar uma medida que seja coletada com pais possibilitando a comparação com o autorrelato do filho. O aprofundamento da investigação das relações encontradas pode frutificar em novas formas de intervenção em relação ao otimismo e aspectos a ele relacionados, além de fornecer informações úteis a professores e educadores em geral.