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sábado, 28 de outubro de 2017

Psoríase: Campanha de conscientização nacional, mitos e aspectos psicológicos associados

Postado por Brenda Fernanda

Outubro é o mês da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) programou uma série de ações para informar sobre a doença. O foco especial da campanha é ressaltar as perspectivas de tratamento da psoríase para uma melhor qualidade de vida dos pacientes. Apesar de ser uma doença crônica, sem cura, existe tratamento para a psoríase, sendo possível mantê-la sob controle.
A SBD reforça que, com tratamento adequado e realizado por médicos dermatologistas, é possível que o paciente consiga mudar a forma de encarar a sua doença, vivenciando melhor as situações do dia-a-dia.
Em decorrência dos aspectos emocionais relacionados com o aparecimento e o exacerbação das lesões da psoríase, em alguns casos é indicado o acompanhamento também por psicólogos e/ou psiquiatras.
O diagnóstico correto e o acesso à informação são fundamentais para combater o preconceito e o estigma associados à psoríase. Além disso, o apoio de familiares e de pessoas próximas também são peças-chave para que o paciente aprenda a se cuidar e a manejar sua doença de forma adequada.

Fonte: http://www.sbd.org.br/psoriasetemtratamento/campanha/




sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Precisamos falar sobre Psoríase!

Postado por Gabriela Queiroz

No dia 29 de Outubro é celebrado internacionalmente o Dia Mundial da Psoríase. Com a aproximação desta data, torna-se ainda mais importante falar um pouco sobre esta dermatose e seu impacto na vida das pessoas que precisam lidar com a doença.
A psoríase é uma doença inflamatória de pele, sistêmica de base genética, não contagiosa e de caráter crônico, que em geral acomete as extremidades do corpo, como mãos, pés, joelhos, cotovelos e couro cabeludo, mas que pode atingir outras regiões. Trata-se de uma enfermidade incurável, que atinge cerca de cinco milhões de brasileiros e seus principais sintomas são extensas lesões vermelhas e descamativas pelo corpo que causam coceira constante. Infelizmente, devido à falta de conhecimento da população às pessoas que tem a doença sofrem com olhares estranhos nas ruas e sentem vergonha da aparência de suas peles, sentimentos estes que geram sérios impactos em seus ambientes de trabalho, lazer e principalmente em suas relações pessoais.
Um fator de relevância para o surgimento ou agravamento da doença é o estresse. A doença considerada multifatorial, de causa que não é completamente conhecida, sofre com interações de componentes genéticos, autoimunes e emocionais. De acordo com a dermatologista Tathya Taranto, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) o estresse é um gatilho e pode tanto começar quanto perpetuar uma psoríase sendo um dos fatores principais de desenvolvimento da doença. Por isso, além do dermatologista é importante o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo no processo de tratamento.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa em Felicidade da Dinamarca 54% das mulheres com psoríase sofrem com os impactos da doença em seu cotidiano, ao passo que 28% dos homens tem essa percepção. Esta pesquisa também revela o impacto negativo da doença na felicidade das pessoas com psoríase a partir de um relatório global produzido em 184 países e com mais de 120 mil entrevistados. No índice mundial, o Brasil classifica-se como o quarto país mais feliz do mundo, no entanto cerca de 69% acreditam que não há conscientização pública suficiente sobre a doença. 



Instituto de Pesquisa em Felicidade da Dinamarca e Dermatologistas entrevistados.

Fonte: http://hojeemdia.com.br/horizontes/psor%C3%ADase-atinge-2-da-popula%C3%A7%C3%A3o-brasileira-e-afeta-a-felicidade-de-quem-tem-a-doen%C3%A7a-1.568265

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Psicodermatologia: como pele e emoções se relacionam?

Postado: Gabriela de Queiroz Cerqueira Leite


A psicodermatologia é um campo de estudo que reúne todos os aspectos de como a mente e o corpo se relacionam quanto ao início e ao progresso de doenças da pele. Os fatores psicológicos têm sido associados à doenças dermatológicas de diversas maneiras, desta forma, há uma subdivisão de grupos de doenças psicodermatológicas através da qual, torna-se evidente o tipo de relação existente entre as doenças de pele e as condições psicológicas, a tabela abaixo apresenta de forma resumida a definição de cada grupo e exemplos de doenças que neles se enquadram:


Grupos
Definição
Doenças
Transtornos Psiquiátricos Secundários
Doenças de pele que podem levar a problemas emocionais, como quadros de isolamento social e depressão.
Albinismo
Alopecia areata
Vitiligo

Dermatoses influenciadas pelo estado emocional
A condição de pele desenvolve-se e é exacerbada por condições emocionais como estresse.
Acne
Dermatite atópica
       Psoríase
Transtornos Psiquiátricos Primários
Não há doença primária de pele e todas as manifestações cutâneas são auto induzidas.
Transtorno Obsessivo-compulsivo
        Transtorno Somatoformes
Lesões dermatológicas por uso de psicotrópicos
As condições dermatológicas são consequências do uso de drogas psicotrópicas
Antipsicóticos
Antidepressivos
Ansiolíticos

          
Há uma estimativa de que 40% a 80% dos pacientes em tratamento num ambulatório dermatológico experimentam problemas psicológicos ou psiquiátricos significativos, com isto foi possível constatar alguns fatores que podem estar relacionados à este índice. 
Em primeiro lugar a visibilidade da doença pode chamar a atenção das pessoas de maneira negativa, e isto gera sofrimento, uma vez que não há como o paciente controlar quem sabe sobre sua condição, nem quando saberão. Em segundo lugar, há um sofrimento associado a mitos que relacionam a doença de pele à falta de higiene e contágio, o que gera estigmas e dificulta a interação social. Um último e terceiro ponto, diz respeito ao caráter episódico e progressivo de muitas destas doenças, o que requer constante adaptação do paciente às mudanças em sua aparência e faz com que apresentem autoestima mais baixa do que a população em geral, além de outros problemas emocionais e psicossociais.
Com base no apresentado é possível perceber o quanto a pele pode expressar emoções e sentimentos, bem como a necessidade de se estudar tais doenças sob diferentes pontos de vistas, como propõe a psicodermatologia: unir conhecimentos de dermatologistas, psiquiatras e psicólogos a fim de oferecer tratamentos mais completos à pessoas que sofrem com tais distúrbios.

Taborda, M. V. V., Weber, M. B., & Freitas, E. S. (2005). Avaliação da prevalência de sofrimento psíquico em pacientes com dermatoses do espectro dos transtornos psicocutâneos. Anais Brasileiros de Dermatologia80(4), 351-354. doi.org/10.1590/S0365-05962005000400004
Walker C, Papadopoulos L. (2005). Psychodermatology: The psychological impact of skin disorders. Cambridge: Cambridge University Press.
            

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Lúpus na Infância

Postado por Danielle Alves Menezes

Fonte: https://br.guiainfantil.com/materias/saude/doencas-da-infancialupus-em-criancas-e-adolescentes/

“O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica, um tipo de patologia que se produz por um transtorno no nosso sistema de defesa, de tal forma que os anticorpos atacam os tecidos e os órgãos.  Afeta em maior número as mulheres, africanos e asiáticos, e possui uma prevalência entre 4 e 250 casos em cada 100.000 habitantes. Além disso, os filhos de pais que sofrem de lúpus têm 10% mais possibilidades de sofrer também da doença.  O lúpus não pode ser considerado uma doença própria da infância, sobretudo em menores de cinco anos, mas na realidade mais crianças e adolescentes sofrem da doença do que se acredita. A Lupus Foundation of America estima que até 10.000 crianças sofram dessa doença nos Estados Unidos, cerca de 3.000 na Argentina, e em cifras do Instituto Ferran de Reumatologia de Barcelona (IFR), 1.000 casos são diagnosticados na Espanha.  No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Pacientes com Lúpus (ABRALES), existe uma média de duas mil pessoas com lúpus a cada dez mil habitantes, e segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 20% dos doentes são da faixa etária até 16 anos. A doença costuma se manifestar após os 17 anos. Atualmente se desconhece a origem dessa doença, inclusive em muitas ocasiões se confunde com outras doenças como esclerose múltipla ou artrite reumatoide”.

Crianças que sofrem de lúpus apresentam sintomas muito diversos. Dentre eles, os mais frequentes são dores musculares e nas articulações e um cansaço enorme. Outros sinais são problemas nos rins, dores de estômago, chagas na boca, eritemas (rubor)  no rosto e perda de peso e de cabelo.
Ainda que essa doença seja crônica, existem períodos de inatividade nos quais as crianças não apresentarão nenhum sintoma. Em momentos de crises ou recaídas, que é quando há reativação da doença, deve-se ter muito cuidado, já que pode afetar diversos órgãos.
O tratamento voltado para crianças e adolescentes é muito parecido com o dos adultos. Os especialistas do IFR (Instituto Ferran de Reumatologia de Barcelona) aconselham em primeiro lugar evitar os fatores que favoreçam o aparecimento da crise, como as dietas ricas em sal ou a exposição ao sol. Corticoides são os medicamentos utilizados para combater as crises do lúpus, mesmo produzindo danos aos rins, sendo ministrados imunossupressores. 
As doenças crônicas e irregulares como o lúpus são difíceis de acompanhamento pelos pais de crianças doentes e requer acompanhamento contínuo de um especialista. Por esse motivo, é importante tentar explicar às crianças a importância de manter a medicação e a orientação médica, sempre com muita paciência, carinho e compreensão. E de que forma poderíamos realizar essa abordagem com a criança?
Para responder a essa pergunta, a postagem de hoje indica a utilização de uma cartilha explicativa que pode ser utilizada com estratégia de psicoeducação. Ela foi desenvolvida pela psicóloga Maria de Lourdes Leite Guimarães, em 2014. Em dezoito páginas coloridas e em linguagem acessível, a cartilha conta a história de Mila, uma criança com Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ). São explicados de maneira lúdica o surgimento e quais os sintomas, a importância de tomar os medicamentos, dieta, o que ela pode ou não fazer e, sobretudo, conscientiza de que ela pode ter uma vida tranquila. Ao final, a cartilha traz ainda duas sessões em que a própria criança pode anotar a rotina de medicamentos e suas dúvidas, o que só estimula a sua participação ativa no tratamento.

Baixe a cartilha em:
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CartilhaLupos_EMCURVAS_FINAL_WEB.pdf

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

“Beyond the Skin”: Genodermatoses na infância, preconceito e aspectos psicológicos.

Postado por Danielle Alves Menezes

Fonte:http://saude.abril.com.br/medicina/video-alem-da-pele-o-preconceito-e-contagioso-a-doenca-nao/

Nada melhor que entender os aspectos psicológicos que estão envolvidos no adoecimento de pessoas que possuem doenças de pele, sobretudo crianças, a partir de experiências reais e concretas.
O vídeo "Beyound the Skin"(link do vimeo, logo abaixo), belíssimo, lançado em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Apoio aos Portadores de Genodermatoses (IBAGEN), inspirado em histórias reais, em poucos minutos convida o expectador à reflexão dos limites, preconceitos e dificuldades que crianças com esse tipo de doença sofrem todos os dias. O filme também é uma importante ferramenta para a conscientização sobre essas doenças genéticas que possuem manifestações cutâneas.

Esclarecendo, genodermatoses são distúrbios que ocorrem por mutações genéticas (podendo ser transmitidas para os filhos dos portadores) e não têm cura. No entanto, nenhuma delas é contagiosa.
As enfermidades que compõem esse grupo são:

  • Epidermolise bolhosa: conjunto de doenças bolhosas potencialmente graves, causadas por alterações genética que interferem na pele, nas mucosas e, eventualmente, em outros órgãos.
  • Ictiose: nessa condição, a pele fica seca e descamativa. As características dessa descamação variam — podem ser finas ou espessas e se espalhar de forma generalizada ou restrita.
  • Xeroderma pigmentoso: caracterizado por defeitos no reparo do DNA, produz sensibilidade anormal à luz solar, além de aumentar o risco de diversos tipos de câncer de pele.
  • Displasia ectodérmica: outro grupo de doenças que acomete: cabelos, pelos, dentes, unhas e/ou glândulas sudoríparas.  Às vezes, relaciona-se com anomalias em outros órgãos. A displasia ectodérmica também é marcada pela intolerância ao calor, o que pode levar à febre elevada e, consequentemente, convulsões.
Confira o vídeo em:  https://player.vimeo.com/video/155434587