Páginas

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Estresse e suporte social em mães de crianças com necessidades especiais

Resenhado por Joelma Araújo

Matsukura, T. S., Marturano, E. M., Oishi, J., Borasche, G. (2007) Estresse e suporte social em mães de crianças com necessidades especiais. Revista Brasileira de Educação Especial, 13, 415-428.

A saúde dos cuidadores de crianças com necessidades especiais é algo que vem sendo investigado há poucas décadas, a partir da avaliação do papel de cuidadores, do impacto da doença, dos cuidados com a criança, e através da busca por compreender e identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por cuidadores e crianças. Segundo pesquisas, as famílias apresentam resultados diferentes em relação aos recursos utilizados para lidar com a situação de ter uma criança acometida por uma deficiência ou problemas crônicos de saúde, e também maneiras diversas de perceber os desafios decorrentes dessa situação.
A presença de uma condição ou situação onde existe uma acentuada diferença entre as demandas externas ao organismo e a avaliação do indivíduo sobre sua capacidade em responder a elas, caracteriza o estresse, processo pelo qual muitos cuidadores são acometidos. Segundo Medeiros, Ferraz e Quaresma (1998), não necessariamente o cuidador considerará a demanda como um estressor, pois as avaliações irão depender do contexto que envolve o cuidador, o doente e o ambiente familiar. Segundo Flynt, Wood e Scott (1992), dentre as variáveis que moderam a adaptação familiar ao estresse de ter uma criança com deficiências, status da família antes do nascimento da criança, disponibilidade de recursos financeiros e suporte social, é o suporte social que tem um maior impacto nesta adaptação.
Como a maioria dos estudos aponta, são as mães que ficam encarregadas de viabilizar os tratamentos e dedicar a maior parte do tempo aos cuidados com a criança, o que as deixa sobrecarregadas, pois, além de cuidar da criança, tem de exercer vários outros papéis dentro da sociedade. Quando a família é de baixa renda, a situação pode ser ainda mais agravante. Por isso, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre estresse e suporte social em mães de crianças com necessidades especiais e mães de crianças com desenvolvimento típico, em famílias de baixa renda.
O estudo foi quantitativo com amostra de 75 mães de crianças com idade entre quatro e oito anos, com renda familiar de até quatro salários mínimos, alocadas em dois grupos: mães de crianças com desenvolvimento típico e mães de crianças com necessidades especiais. As participantes responderam ao Inventário de Sintoma de Stress e ao Questionário de Suporte Social. Os dados mostraram que em ambos os grupos, houve uma elevada porcentagem de mães estressadas. Mães de crianças com necessidades especiais contam com menos suporte social. Observou-se também associação negativa entre estresse e satisfação com o suporte social.
Os autores discutiram que o presente estudo confirmou achados de pesquisas anteriores, identificando o papel do suporte social nos processos de adaptação familiar. A associação encontrada entre a satisfação com o suporte social e o estresse aponta para adequação da implantação de programas de intervenções em saúde para famílias de crianças com necessidades especiais. Dessa forma, considerando os efeitos protetores do suporte social contra o impacto das situações estressoras, o que o torna fundamental para a adaptação familiar, evidencia-se a importância da prática psicológica dos profissionais da área da Psicologia da Saúde, está voltada também para a promoção de intervenções voltadas para mostrar às famílias a importância do suporte social. 

sábado, 29 de outubro de 2016

Não ter amigos pode ser tão prejudicial quanto fumar

Postado por Sara Andrade
Relações de amizade se constituem como um dos recursos mais relevantes na vida cotidiana das pessoas. Elas fazem parte daquilo que a Psicologia da Saúde denomina de “suporte social”, que por diversas razões afeta a saúde física e mental, seja positiva ou negativamente. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard demonstrou que ter poucos ou nenhum amigo aumenta a produção da proteína coagulante, responsável por enfartes e derrames quando presente em níveis altos no corpo. Entender a importância das consequências do suporte social se torna crucial, pois conforme conclusão desses estudiosos “uma redução de dez a doze pessoas no círculo social de alguém tem um impacto nos níveis do coagulante semelhante ao provocado pelo tabagismo”. Dado o exposto, sinalizamos a necessidade de mais pesquisas e intervenções a esse respeito com medidas preventivas em saúde. Segue abaixo o link e a notícia completa:

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/271536/nao-ter-amigos-pode-ser-tao-prejudicial-quanto-fumar-diz-estudo


“Os amigos são um dos maiores prazeres da vida. Os momentos divididos com eles, quer sejam de alegria ou de tristeza, ficam marcados na memória, e ajudam a tornar a vida mais leve e feliz. Há quem diga que prefere perder um relacionamento a perder uma amizade verdadeira e a psicologia já estudou exaustivamente sua extrema importância para a vida humana. Ter amigos faz bem não só para a alma, mas para a saúde. Um estudo realizado por um grupo de investigadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que os vínculos sociais podem contribuir tanto para a longevidade como praticar exercício físico e manter uma alimentação saudável. Agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que não ter amigos pode ser tão prejudicial para a saúde quanto fumar. De acordo com a pesquisa, publicada recentemente na revista científica Proceedings of the Royal Society B, manter um círculo social pequeno está associado ao aumento da produção de uma proteína coagulante que pode provocar enfartes e derrames. Como reporta a revista Veja, em situações ‘normais’, o aumento da produção desta proteína é desencadeado em resposta a uma lesão ou perda de sangue. No entanto, em excesso, pode prejudicar a saúde ao aumentar a pressão sanguínea e provocar o depósito de gordura nas artérias. Acredita-se que a solidão também atue como um fator estressante e desencadeante de fibrinogênio no sangue. Neste estudo os cientistas compararam os níveis da proteína coagulante fibrinogênio com o número de amigos e familiares na vida dos indivíduos analisados. Os resultados mostraram que à medida que o número de pessoas no círculo social de alguém diminui, maior é o nível de fibrinogênio no sangue. Por exemplo, as pessoas com apenas cinco pessoas no seu círculo social tinham um nível da proteína 20% maior do que aquelas com 25 amigos e familiares. Os cientistas concluíram ainda que uma redução de dez a 12 pessoas no círculo social de alguém tem um impacto nos níveis do coagulante semelhante ao provocado pelo tabagismo. ”
 

O Apadrinhamento Afetivo é um meio eficaz de suprir as demandas afetivas de crianças e adolescentes.

  Notícia por Juliane Ishimaru


Sabe-se que os relacionamentos sociais são essenciais para o desenvolvimento psíquico e para a promoção do bem-estar subjetivo, pois, a partir deles, formam-se os as bases do apoio afetivo sentido pelo indivíduo. Por esta razão, e como forma de suprir as demandas emocionais e afetivas de crianças e adolescentes de instituições de apoio, tais como orfanatos e abrigos, o programa de Apadrinhamento Afetivo foi criado. Entenda a sua importância na matéria abaixo:


Fonte: http://hojecentrosul.com.br/?id=956

“O Apadrinhamento Afetivo busca inserir esporadicamente a criança e o adolescente, em acolhimento ou à espera de adoção, em um ambiente familiar para que ele vislumbre como é ser pertencente à uma família.No ano passado, um dos atendimentos em uma escola municipal iria mudar a experiência de vida da psicóloga Teresa Cristina Magnabosco de Oliveira nos próximos meses e traria para o convívio da sua família um adolescente que estava em acolhimento.“Eu o conheci na semana seguinte ao acolhimento. Ele foi para uma escola que eu sou a responsável (...) e ele estava lá. A coordenadora falou: ‘Tem um garoto muito tímido, está com muita dificuldade, ele foi acolhido há poucos dias, você não quer conversar? ’. E eu comecei a entrar em contato com ele”, conta.Tão logo soube da realização do projeto Apadrinhamento Afetivo, Teresa manifestou a sua vontade de participar e se tornar a madrinha-afetiva do adolescente que encontrou em uma das escolas.De acordo com a psicóloga do Serviço de Acolhimento Institucional, Janaina Del Cielo, o Apadrinhamento Afetivo tem a intenção de suprir a necessidade de afeto individual que as instituições por onde essas crianças e adolescentes passam não conseguem realizar. “O objetivo geral é proporcionar o direito à convivência familiar comunitária, laços afetivos, uma assistência educacional e até mesmo material, para crianças e adolescentes a partir de oito ou nove anos e adolescentes que têm difícil ou remota possibilidade de integração familiar no acolhimento ou de adoção”, explica.“Que ela [criança ou adolescente] saiba como é conviver numa família, que eventualmente ela possa estar lá, e receber principalmente afeto, atenção, um carinho. (...) Esse caráter de pertencimento de individualidade a gente só consegue através da convivência com a família”, explica Janaína.A aproximação de Teresa e o adolescente foi gradativa. Ela conta que os primeiro encontros entre ela, seu marido e o adolescente foram realizados ainda na sala de atendimento da Assistência Social. Foi a partir de novembro, com as atividades culturais e atividades extras que o adolescente e a família de Teresa começaram a realizar em conjunto que eles ficaram mais próximos. “Foram essas atividades que foram nos aproximando, e uma vez ou outra na minha casa, num sábado de tarde, então a gente fez uma aproximação bem gradativa para não assustá-lo e também pra gente”, conta.Em dezembro, Teresa, seu marido e seus quatro filhos já estavam totalmente integrados com o adolescente que participava das programações familiares de fim de ano, chegando a pernoitar na noite de ano novo. “Ele começou a fazer parte do dia a dia, não é todo dia, mas vai num almoço, numa janta, pernoita na casa”, conta. “É uma casa bastante animada, com bastante gente, sempre jogam bastante, brincam bastante, coisas com tabuleiro, essas coisas e ele sempre foi envolvido, então rapidinho foi feito o vínculo, tanto da parte dos meus quanto do dele [adolescente]”.No início deste ano, o adolescente saiu do acolhimento e foi morar com os tios no interior de Fernandes Pinheiro. Mesmo assim, Teresa conta que pretende continuar o contato com o adolescente e que estão em fase de adaptação por causa da distância e do clima, que tem atrapalhado as visitas. “Agora com o desacolhimento está sendo um pouco mais difícil, porque nas primeiras semanas que ele foi desacolhido choveu duas semanas em seguida, impossibilitando a gente de ir vê-lo no interior de Fernandes”, conta.  “Temos que encontrar uma forma de continuar as visitas (...) Acho que é até uma obrigação. Eu não me sentiria bem em ter feito tudo isso e de repente de uma hora abandoná-lo. Acho que será uma injustiça. E o coração dele não merece isso”, diz.

Quem pode participar do Apadrinhamento AfetivoSegundo a psicóloga do Serviço de Acolhimento Institucional, Janaina Del Cielo, todas as configurações de família podem participar do programa. “Não precisa necessariamente ser um casal, pode ser uma pessoa que mora sozinha, um adulto que mora sozinho, pode ser um adulto que seja casado com filhos, pode ser qualquer configuração de família que esse apadrinhamento proporcione uma convivência familiar e comunitária”, explica. Hoje existem, não só aquela família considerada tradicional, como pai, mãe, e seus filhinhos, mas existem famílias formadas pelos avôs apenas, que cuidam de uma criança, tios que cuidam de uma criança, famílias homossexuais que cuidam muito bem de uma criança, pessoas que moram sozinhas que são chamados famílias também - embora muitos desconheçam - que podem sim ofertar toda uma assistência afetiva que essa criança precisa”, conta.Os candidatos também precisam obedecer alguns critérios para participar do programa (no box de informações). Além disso, eles passam por entrevistas, visitas domiciliares e reuniões, palestras e oficinas com a equipe do Serviço de Acolhimento. “O padrinho ou madrinha precisa participar das atividades que a gente desenvolve para eles (...) Essas oficinas, palestras e reuniões são feitas eventualmente, não é uma coisa toda a semana”, conta a psicóloga.A equipe ainda realiza atendimentos particulares quando há necessidade. “A equipe irá dar todo o apoio aos candidatos. Haverá orientação psicológica e social. As famílias não vão ficar sozinhas e abandonadas”, esclarece.

Apadrinhamento Afetivo não é adoçãoA psicóloga Janaina Del Cielo explica que o Apadrinhamento Afetivo não pode ser encarado como um passo para a adoção. “A gente percebe que alguns padrinhos nos procuram como um caminho mais perto para a adoção, no intuito de apadrinhar uma criança pequena que esteja para adoção, e daí passar por toda uma fila, todo um cadastro nacional, pra criar vínculo e justificar por isso a adoção daquela criança. Então, a gente deixa claro que o apadrinhamento é uma convivência familiar esporádica, a criança não está indo morar com os padrinhos (...) A criança vai continuar morando no acolhimento, na Casa Lar e vai passar um fim de semana, vai passear uma vez por semana, a cada 15 dias, depende muito do caso, a gente combina com a família, vai participar de festas com a família, vai a eventos comunitários, às vezes pode pernoitar na casa do padrinho  nos finais de semana, ou em alguma ocasião especial, alguma data. Mas não vai morar com os padrinhos afetivos, não se trata de uma adoção”, esclarece.Há casos em que alguém que conheceu a criança ou o adolescente durante o Apadrinhamento Afetivo, criou laços e acabou adotando ou pedindo a guarda. Mas a psicóloga Janaina destacou que isso não pode ser a regra. “É algo que sim pode acontecer (...) Vai depender do caso, se a equipe avalia que aquele apadrinhamento tem sido positivo pro adolescente, que a família tenha o desejo de aprofundar esses laços afetivos através de uma guarda ou até mesmo uma adoção, que o adolescente também tem esse desejo. Se for algo positivo para aquela criança, ótimo. A gente só toma muito cuidado pra que já de início não entre com essa ideia de adotar uma criança utilizando o projeto como um caminho mais curto”, alerta.

O que é visto no ApadrinhamentoUm dos principais itens vistos durante o apadrinhamento afetivo é a disponibilidade de afeto da família candidata e se o ambiente familiar causará a experiência que o programa quer proporcionar para essa criança ou adolescente.“Muitos acham que é só uma assistência financeira e material, que pode sim ser ofertado esse tipo de assistência a mais para essa criança, mas não é o único objeto ou o principal objetivo. O principal objetivo é realmente essa disponibilidade afetiva dessa família e que também tenha condições familiares e que o ambiente familiar seja adequado”.Por isso, qualquer família interessada no programa pode participar, independente da renda. “A questão financeira é o último fator a ser avaliado pra aquela família. (...) O que importa realmente é a disposição afetiva de cuidado de proteção e de afeto que aquelas pessoas vão ofertar pra aquela criança, essa base afetiva, é isso que a gente procura”, conta.

Desenvolvimento da criançaA intenção do programa é ajudar no desenvolvimento da criança e do adolescente para que ele possa vislumbrar um futuro melhor. “[A convivência familiar] vai ser bom para seu desenvolvimento emocional, psicológico, então essa família vai prestar todo esse apoio afetivo para aquela criança de uma forma individualizada, pra ela se sentir especial, pra ela se sentir amada por uma família, cuidada, protegida, mesmo morando no abrigo ela sabe que tem o suporte e o acolhimento de uma família, mesmo que não seja dela. Então esses momentos que ela passa com essa família são muito importantes, esses momentos mesmo que esporádicos”, conta a psicóloga Janaina.“Quando falo em base familiar é sentir-se pertencente a uma família, se sentir único e amado, e ter outros valores em relação à própria condição humana, nas questões éticas, na questão de empatia, se colocar no lugar do outro, principalmente de afeto, que muitas vezes na história de vida daquela criança teve direitos que ela tinha que foram negados. Direitos que foram violados nessa história de vida, então é interessante que eles vejam que por mais que elas vieram de uma família que não conseguiram garantir a proteção, o cuidado, o afeto necessário, existem outras famílias que podem ofertar isso e que realmente ele também pode vir a construir sua família com cuidado com proteção, com o mínimo esperado pro desenvolvimento da criança”, conta.

DicasPara a psicóloga Teresa Cristina Magnabosco de Oliveira, que participou do programa, é importante que as pessoas interessadas conversem com seus familiares antes de participar do programa e que pensem sobre a participação. “A primeira é de pensar bem porque cria expectativa [na criança]. Pensar bem, porque o programa é bom, eles precisam de um afeto, de um carinho”, conta.Além disso, ela conta que é necessário que a relação com o apadrinhado seja de honestidade, para que ambos possam saber o que está acontecendo com o outro. “Essas duas coisas foram sempre importantes, de conversar com ele tudo, a gente tinha o pacto de ser sincero e acho que pensar bem no que faz. É um programa importante porque nem todos eles entendem muito bem o que está acontecendo com eles, porque eles estão acolhidos”, explica.“Quem quer se candidatar tem que pensar que se aquele apadrinhamento for positivo ele vai ser uma referência para a vida daquela criança e ele pode ser a base familiar, o modelo familiar que a criança precisa pra que ela tenha uma vida saudável, uma vida de qualidade”, conta Janaina.Segundo Janaina, é possível que haja desligamento do programa, seja por pedido da madrinha ou do padrinho, ou até mesmo do adolescente ou criança, e inclusive por avaliação da equipe técnica. Contudo, isso não é regra. “A gente não mantêm algo forçado que não seja do desejo e positivo para todos. Claro se for algo que não for positivo, a gente realiza o desligamento, mas a gente evita que isso aconteça pra que evite mais uma ruptura de vínculo na vida daquela criança”, conta.

Critérios para o Apadrinhamento Afetivo:- ter no mínimo 21 anos – é preciso respeitar a diferença de 16 anos entre a pessoa que irá apadrinhar e o apadrinhado.- Apresentar documentação solicitada: comprovante de residência, atestado de antecedentes criminais, cópia da carteira de identidade e do CPF; no caso de casais é preciso que o companheiro ou a companheiro assine uma declaração de concordância em participar do programa, além de fornecer cópia da carteira de identidade e CPF do parceiro e apresentar a certidão de casamento ou união estável, ou algum documento que provem que moram juntos.- Os candidatos a padrinhos ou madrinhas devem passar por entrevistas, visita domiciliar e participar de reuniões, palestras e oficinas realizadas pelo Serviço de Acolhimento Institucional.- Não possuir uma demanda judicial que envolva a criança ou o adolescente. Se houver, a equipe do Serviço de Acolhimento Institucional irá avaliar antes de decidir pelo apadrinhamento.- Disponibilidade afetiva e ter um ambiente familiar receptivo.”


domingo, 23 de outubro de 2016

Suporte Social e o Câncer de Mama

Postado por Edryenne Matos

O Outubro Rosa é um movimento de luta contra o câncer de mama que ocorre mundialmente e foi iniciado na década de 1990 nos Estados Unidos. O objetivo desse movimento é informar toda a população acerca do câncer de mama, conscientizar sobre o autoexame das mamas e proporcionar diversos espaços de discussão entre profissionais da saúde, pacientes, familiares e a população em geral. O diagnóstico do câncer de mama suscita intensas emoções como medo e angústia, e gera uma mudança no cotidiano da mulher e dos seus familiares. Em virtude desta mudança, o suporte social configura-se como um fator importante para o reestabelecimento das condições de saúde (Ambrósio & Santos, 2015). Estes autores retomam a Teoria do Suporte Social de Vaux que define suporte social como um processo através do qual o indivíduo opera seus recursos para satisfazer as suas necessidades sociais. Assim, familiares, amigos, colegas de trabalho, membros de Organizações Não Governamentais podem configurar-se como recursos que fornecem suporte e auxiliam essas mulheres na luta contra o câncer de mama.
Neste link (http://www.daquidali.com.br/blogdaeliana/tag/cancer-de-mama/) vocês irão encontrar um pequeno vídeo bem interessante que trata sobre a mastectomia - cirurgia para a retirada das mamas -, vale a pena conferir.


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Câncer e Suporte Social

Postado por Maisa Carvalho

Dentre os diversos fenômenos da Psicologia Positiva, o suporte social mostra-se um dos mais eficazes relativos à produção de saúde e melhora da qualidade de vida, especialmente em indivíduos com doenças que possuem uma excessiva carga estressora devido aos efeitos colaterais dos tratamentos. Uma destas doenças é o câncer, conhecido por seus tratamentos agressivos e, que, quase sempre demandam do paciente um preparo psicológico adequado e ostensivo para lidar com as mudanças proporcionadas pela doença. Um estudo realizado por Bastianello (2015) em mulheres com câncer de mama demonstrou que o suporte social funciona como um dos mediadores do otimismo para a qualidade de vida. Neste contexto, o apoio social demonstra demasiada relevância para o indivíduo em âmbitos diferentes, tanto no emocional quanto nos cuidados diários demandados pela doença. O vídeo abaixo explica a importância do apoio social em pacientes com câncer.


Fontehttps://www.youtube.com/watch?v=i7yQOTeHKjQ

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Suporte social é fundamental para pacientes enfrentarem a hemodiálise

Postado por Catiele Reis


            O Suporte Social é conhecido como uma das estratégias utilizadas por pessoas acometidas por algum tipo de doença como uma forma de amenizar os efeitos estressores decorrentes da patologia. Estudos mostram que um Suporte Social, quando positivo, tende a diminuir os índices de ansiedade e depressão de pessoas com doenças crônicas, contribuindo assim, para uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. A notícia abaixo mostra o resultado de uma pesquisa em que se constatou a importância desse tipo de estratégia na vida de pessoas com problemas renais crônicos, submetidos ao tratamento de hemodiálise.


A hemodiálise é invasiva e altera radicalmente o cotidiano dos pacientes com problemas nos rins. Por isso, a enfermeira Daniela Comelis Bertolin, mestranda da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, estudou como cada tipo de pessoa enfrenta o estresse causado por esse tratamento, a fim de auxiliar os profissionais de saúde a orientarem seus pacientes e entenderem como eles se comportam frente a essa diferente realidade. Uma das conclusões de Daniela é que o acompanhamento por parte da família, amigos ou companheiros é um dos fatores mais importantes para enfrentar a doença e o tratamento. Outros estudos mostram que esse acompanhamento reduziu os índices de depressão e mortalidade, contribuindo para uma melhora da qualidade de vida do paciente. “A doença e o tratamento são estressantes, pois restringem os hábitos de vida, podem ocasionar cansaços e outras dificuldades físicas, distúrbios do sono, falta de apetite, além de prejudicar ações do dia-a-dia, como limpar a casa, locomoção, e a pessoa ficar dependente das sessões de hemodiálise por toda vida”, analisa a enfermeira. Dessa maneira, o apoio das pessoas ao redor (familiares e profissionais da saúde) é fundamental para que o paciente consiga enfrentar os problemas decorrentes da hemodiálise.Enfrentamentos Com os questionários respondidos por 107 pacientes do Instituto de Urologia e Nefrologia de São José do Rio Preto, além do suporte social, percebeu-se que outros dois fatores os influenciam a enfrentar o estresse do tratamento. Atividades ligadas ao lazer, ou seja, pessoas que conseguiam um tempo para se divertir e fazer o que gostavam encaravam melhor as dificuldades. Outro fator é a religião, que a literatura associa a uma estratégia chamada reavaliação positiva, na qual o paciente procura enxergar um lado bom no que parece ser muito ruim.De maneira geral, pode-se dizer que há o predomínio de esforços focados em lidar mais com o emocional do que com a parte prática dos problemas. “Mas particularizando, as mulheres usam mais as estratégias de enfrentamento que os homens. Outros estudos mostram que os homens tendem a reclamar mais dos estressores físicos, enquanto as mulheres são mais preocupadas com a emoção”, explica Daniela. Os resultados também indicaram que os pacientes que conseguiam continuar trabalhando sofriam menos de depressão do que aqueles que eram obrigados a saírem dos empregos (o que muitas vezes leva a crises financeiras), e aqueles que praticavam esportes tinham mais autocontrole e lidavam melhor com seus próprios sentimentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2007 havia cerca de 66.800 pacientes em hemodiálise no Brasil. A enfermeira decidiu estudar apenas os maiores de 18 anos com insuficiência renal crônica terminal (na fase final da doença, com menos de 10% de funcionamento do rim) e que estavam sujeitos ao tratamento por pelo menos seis meses. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Apoio social à mulher mastectomizada: um estudo de revisão

Resenhado por Edryenne Amaral

Ambrósio, D. C. M.; Santos, M. A. (2015). Apoio Social à mulher mastectomizada: um estudo de revisão. Ciência e Saúde Coletiva, 20(3), 851-864. doi: 10.1590/1413-81232015203.13482014.

Ambrósio e Santos (2015) apresentam algumas maneiras para compreender o suporte social, uma delas é a definição proposta pela Teoria do Suporte Social, a qual postula que o suporte social é um processo por meio do qual um indivíduo maneja seus recursos para atender às suas carências sociais. Subdivide-se as dimensões do suporte social em: instrumental – assistência direta e prática na realização de atividades concretas; cognitivo – reforço positivo e escuta do suporte fornecido por alguém; informacional – obter conselhos e informações úteis para enfrentar as situações; e emocional – percepção de ser cuidado por alguém disponível afetivamente. A literatura indica que o suporte social possui efeito direto no bem-estar subjetivo e proporciona a recuperação das condições de saúde.
Por conseguinte, o estudo do suporte social em mulheres mastectomizadas é relevante para possibilitar uma maior compreensão e intervenção no fenômeno. Por isso, o objetivo do estudo foi analisar a colaboração da produção científica nacional e internacional sobre o suporte social percebido por mulheres diagnosticadas com câncer de mama.
Os autores realizaram uma revisão integrativa na literatura com os descritores: neoplasias da mama, relações familiares, apoio social e família. O período escolhido para a busca de estudos foi entre 2000 e 2010, isto já constituiu um critério de inclusão na revisão, alguns dos outros foram: Estudos que abordassem o suporte social da perspectiva da paciente e estivessem disponíveis integralmente em periódicos de base de dados recuperáveis. As bases utilizadas foram a PsycINFO, Lilacs e MedLine, e apenas doze artigos foram qualificados para a revisão, sendo que desses, oito são internacionais e centrados maioritariamente nas áreas de Enfermagem e Medicina. A sistematização dos estudos possibilitou a constituição de quatro categorias temáticas, que são: percepção do apoio familiar; apoio social percebido, percepção do apoio educacional, e necessidade de aprimoramento da pesquisa e da assistência às mastectomizadas e suas famílias.
Estudos sugerem que o apoio social fornecido pela família pode auxiliá-las a enfrentar a nova dinâmica de vida imposta pelo diagnóstico e suprir alguma carência emocional, como também pode auxiliá-las a lidar com os sentimentos disfóricos que experienciam com o diagnóstico, por exemplo, os que surgem em consequência da perda de um símbolo de sua sexualidade e feminilidade. O apoio também pode vir com o auxílio nas tarefas domésticas, pois as mulheres mastectomizadas têm algumas limitações em decorrência da cirurgia. Mas, as mastectomizadas que não possuem uma rede de apoio familiar minimamente suficiente, possuem na família um fator que pode contribuir para o aumento do estresse e redução nas condições de saúde.
Quanto ao apoio social percebido, as mastectomizadas podem ter benefícios com a participação em outros grupos de apoio psicossocial, pois a socialização das vivências se constrói como uma forma da manutenção da autoestima e na procura por auxílio. No mais, as equipes de saúde que assistem essas mulheres precisam prover os serviços adequados para as suas necessidades, e isto inclui o suporte psicológico, assistência social e orientações direcionadas para a sexualidade.
Por fim, os estudos utilizados pelos autores na revisão fazem sugestões de como aprimorar a assistência às mastectomizadas e às suas famílias, como também continuar a realizar pesquisas a fim de compreender melhor a interface entre o suporte social e o câncer de mama.

domingo, 16 de outubro de 2016

Suporte Social e Saúde Mental

Postado por Brenda Fernanda

Estudos apontam que o suporte social funciona como fator protetivo no que diz respeito à prevenção de doenças e promoção da saúde, bem como à manutenção da qualidade de vida em indivíduos que já se encontram enfermos. No que concerne à saúde mental, o suporte social se mostra igualmente importante. Nesse sentido, aponta-se uma evidente relação entre o apoio social e o desenvolvimento de sintomas depressivos. Além disso, o suporte social também funciona como fator de redução de diversos transtornos psiquiátricos/psicológicos, como depressão, ansiedade e esquizofrenia.


Dados retirados de Rodrigues e Madeira (2009), recuperado de http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/1293/2/390-399_FCS_06_-6.pdf

sábado, 15 de outubro de 2016

Parabéns, querido professor!

Postado por todas as alunas de André


                Hoje, no Dia do Professor, o GEPPS parabeniza a todos os que dedicam seu tempo e profissão à arte do ensino e, em especial, ao líder do nosso grupo, Prof.º Dr.º André Faro. Para nós, o senhor é um grande exemplo de profissional e temos muito orgulho de tê-lo como mestre. Parabéns André! 



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rede de Apoio à mulher mastectomizada

Resenhado por Sara Andrade

Canieles, I. M., Muniz, R. M., Corrêa, A. C. L., Meincke, S. M. K., & Soares, L. C. (2014). Rede de apoio à mulher mastectomizada. Revista de Enfermagem da UFSM4(2), 450-458.

A rede social pode ser compreendida como o conjunto de vínculos e conexões existentes na vida das pessoas. Geralmente é constituída pelas pessoas com quem se interage regularmente, sejam elas familiares, vizinhos, amigos, profissionais de trabalho, ou colegas. Essa rede de apoio é influenciada por outras redes, e comumente também as influencia. Sendo ela uma parte importante do “suporte social” como um todo, compreende-se que pessoas acometidas por doenças graves, por exemplo, o câncer de mama, necessitam com maior frequência de uma dose do apoio emocional, e até material, cedido por esse tipo de grupo, na lida constante com a doença e com o tratamento exigido.
Sabe-se que a mulher que sofre com o câncer de mama se vê diante de inúmeras dificuldades, desde aquelas referentes à nova percepção de sua autoimagem e alterações corporais impostas pelo tratamento da doença, até aquelas voltadas aos fatores psicossociais, que envolvem uma série de alterações na vida diária e impacto significativo na interação desta com o meio social. Segundo dados já levantados na literatura deste tema, verifica-se que a rede de apoio é um recurso extremamente relevante na vida de mulheres que foram submetidas à mastectomia. Verificado isto, Canieles, Côrrea, Meincke & Soares (2014) buscaram através de estudo qualitativo, de caráter descritivo e exploratório, identificar a rede de apoio de cinco mulheres sobreviventes ao câncer de mama, submetidas à mastectomia parcial ou total, e participantes de um grupo de apoio localizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Por meio das entrevistas semiestruturadas, descobriu-se que o grupo de apoio dessas mulheres englobava família, amigos, religião e o grupo Mama Viva (grupo de apoio ao qual faziam parte). Na questão da família, foram identificados dois tipos de reação: uma de medo e pânico por causa da percepção da doença, que pode exigir a retirada da mama da mulher acometida pelo câncer; e a outra reação, foi a de apoio imediato e compreensão. Esta segunda, que gerou relatos emocionados e agradecidos, e foi percebida como mais relevante na experiência das mulheres. De igual modo, as mulheres perceberam como importante o apoio do marido na experiência da doença, e salientaram que receber esse apoio ajudou na compreensão de que perder a mama não ocasionaria o término do relacionamento sexual.
Outro aspecto importante no enfrentamento da doença foi o recurso religioso, as mulheres perceberam a fé como um bom suporte na nova vida imposta pelo câncer. Também os grupos de apoio, como o Mama Viva, foram percebidos como potencializadores de recursos de enfrentamento e produtores de percepções mais positivas sobre os eventos estressores. Conjunto a isso, elas ressaltaram o valor informativo desses grupos referente à doença e o tratamento, bem como o impedimento da exclusão social que representam. Os amigos também entraram na lista da rede social, e figuraram como importantes na perpetuação dos papéis sociais que elas desempenhavam.
O conhecimento da relevância da rede social, e do suporte que esta proporciona, é foco de estudo da Psicologia da Saúde, à medida que possibilita a produção de novas práticas voltadas ao acolhimento dessas mulheres acometidas pelo câncer de mama, possibilitando-as a percepção de sentido na luta pela saúde, e também uma redescoberta da vontade de viver.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Dia mundial da Saúde Mental


Hoje se celebra o dia internacional da saúde mental. Durante essa data são realizadas diversas atividades com a finalidade de conscientizar profissionais, estudantes, e autoridades públicas sobre a importância do cuidado da saúde mental das pessoas. A partir disso, salienta-se a necessidade de prevenção de problemas relacionados à saúde mental, principalmente durante as fases da infância e adolescência, uma vez que doenças como a depressão e a ansiedade, podem ter início nessas etapas do desenvolvimento e se intensificarem na fase adulta. Em suma, chamamos a atenção para a importância de uma boa saúde mental, já que esta contribui substancialmente para uma melhor qualidade de vida e bem-estar da população.










sábado, 8 de outubro de 2016

Working mothers most in need of social support less likely to get it

Postado por Luana Santos

O suporte social mostra-se importante ao longo de qualquer etapa do ciclo vital, principalmente durante períodos de transição e estresse. Trabalhar no turno da noite em geral é uma mudança de ritmo que apresenta muitos desafios. Além da dificuldade de gerenciar as horas de trabalho, mães que trabalham em turnos noturnos também se veem num contexto em que necessitam gerenciar as tarefas diárias do cuidado com o filho. Trabalhos realizados recentemente tem dado indícios de que tais mães, que aparentemente são mais propensas a necessitar de suporte social, tendem a recebe-lo menos. Uma das explicações possíveis é que devido aos horários de trabalho, tais pessoas se envolvem menos com sua comunidade, enfraquecendo sua possível rede de apoio, além de passar menos tempo com o cônjuge e ter altos níveis de conflito em seus relacionamentos. Atenção especial deve ser dada às crianças, que podem ter seu desenvolvimento e relações sociais afetadas devido ao contexto que pode ser estressor também pra elas.

The night shift or any other nonstandard work schedule presents many challenges for working mothers. Besides the difficulty of managing the job’s hours, there are daily tasks and unexpected crises that arise outside of work. They might need someone to watch a child or provide a ride. There are doctor visits and school functions. Knowing people who can help in a pinch can provide a private safety net.
Now, a new study by Jessica Su, assistant professor in the Department of Sociology, College of Arts and Sciences, and Rachel Dunifon, professor in the Department of Policy Analysis and Management at Cornell University, links nonstandard work schedules to weaker private safety nets, particularly for African-Americans, the less educated and those who persistently work outside the typical 9 a.m. to 5 p.m. Monday through Friday schedule.
However, there also is evidence in some cases that switching from a standard to a nonstandard schedule increases the safety net.
These mixed results, published last week in the Journal of Marriage and Family, suggest that the working mothers most in need of social support are the least likely to actually have access to it.
The research breaks new ground and is among the first quantitative studies to use robust methods and a large sample to examine the relationship between maternal nonstandard work schedules and social support.
“Social safety nets are important buffers from anxiety and stress. They give working mothers confidence that help is there when it’s needed. Safety nets provide peace of mind,” says Su, the paper’s lead author.
“You’re already a working mother, balancing all of life’s complexities with your work schedule and you don’t have a strong safety net. That’s detrimental.”
Su says the link between nonstandard schedules and weak social support is consistent regardless of what that support might be. The finding suggests that it’s not a lack of a connection with people who might be able to help in a particular area, such as child care, but rather a general sense of weak support across many aspects of the mother’s life.
“On the other hand, we don’t know why switching to a nonstandard schedule increased the safety net,” Su says. “The data set doesn’t present us with why someone switched to that schedule.”
Job stress, fatigue and a poor home life might serve to weaken social support, but there are some people who use a nonstandard schedule strategically to help others in ways that 9-to-5 workers cannot, according to Su.
“It could be a matter of tag-team parenting,” she says. “One spouse taking care of daily chores while the other is at work.”
Su says additional research is needed to explain the divergent findings.
The current study involving 2,716 women who gave birth in large cities from 1998-2000 developed from questions raised by the authors’ previous research on nonstandard work schedules, research conducted mostly from the perspective of parents and their children and other interpersonal relationships.
Those results suggested people working nonstandard schedules were less likely to be involved in their communities; they spent less time with their spouses; had high levels of conflict in their relationships; and were more likely to get divorced. This, in turn, affected the children in the relationship and their development.
“We started thinking of what we already knew about nonstandard work schedules and interpersonal relationships, and asked if those effects might spill over into broader social networks,” Su says. “What we’re finding is that mothers most likely to work a nonstandard schedule are also the mothers most likely to experience these negative consequences.”



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Changing Batteries: Um vídeo sobre Suporte Social

Postado por Catiele Reis

O Suporte Social é um construto bastante utilizado na Psicologia da Saúde podendo ser conceituado como a existência ou disponibilidade de pessoas em quem se pode confiar. Segundo Cobb (1979), o Suporte Social pode ser visto como uma informação que conduz o sujeito a acreditar no seu valor, que é amado e que pertence a uma rede de comunicação e de obrigações mútuas. De modo diferente, o Suporte Social também se refere aos recursos que as pessoas dispõem através de unidades sociais (tais como a família, mas não exclusivamente a ela), em resposta a pedidos de ajuda e assistência (Dunst & Trivette, 1990). No vídeo abaixo, o Robô representa uma fonte de Suporte Social para senhora ao fornecer não apenas assistência instrumental, mas também fonte de apoio emocional.


Suporte Social, Empowerment e Doença Crônica

Resenhado por Maisa Carvalho

Cunha, M., Chibante, R., & André, S. (2014). Suporte social, empowerment e doença crónica. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Ed. Esp. 1, 21-26.

As doenças crônicas (DC) constituem-se como um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Uma destas doenças é a diabetes, em especial a mellitus tipo 2 responsável por  cerca de 16 milhões de mortes prematuras todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, sobretudo por fatores como sedentarismo, alimentação inadequada, consumo de álcool, tabaco dentre outros. Neste âmbito, sabe-se que o suporte social, ou seja, a percepção de apoio da família, amigos e conhecidos, é fundamental, pois promove efeitos positivos na saúde física e mental dos indivíduos, reduzindo a mortalidade e atuando  como uma ferramenta propulsora de autonomia. Levando em consideração os efeitos do suporte social, este estudo objetivou avaliar se o apoio social prediz o empowerment/capacitação em sujeitos com diabetes.
Participaram do estudo 150 diabéticos, com idade média de 66,85 anos, sendo 72,7% casados, 64,7% com ensino fundamental completo e predominando a diabetes mellitus tipo 2 (88%). Na amostra, os homens possuem escores de empowerment mais elevados (80,28%) e também os mais jovens (94,89%). Relacionando a escolaridade e o empowerment, as pessoas com níveis de escolaridade mais elevados apresentaram valores de empowerment superiores. Observou-se que 44% evidenciaram “bom apoio social” e os que perceberam ter bom apoio emocional, informativo e instrumental revelaram empowerment mais elevado (r = 0,410, p = 0,000; r = 0,403, p = 0,000; r = 0,288, p = 0,005 respetivamente).
Os resultados ressaltam o papel do apoio social  na vida do  portador de DC, uma vez que esse auxilia a promoção de autocontrole e traz efeitos benéficos para a saúde física e psicológica dos sujeitos. Portanto, enfatiza-se a importância do acompanhamento desses indivíduos por uma equipe multiprofissional e, especialmente pelo psicólogo, que se baseará em estratégias que promovam o empowerment e o incentivo a mudanças de comportamentos de saúde.   

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Suporte social de adultos e idosos renais crônicos em hemodiálise

Resenhado por Brenda Fernanda
Silva, S. M., Braido, N. F., Ottaviani, A. C., Gesualdo, G. D., Zazzetta, M. S., Orlandi, F.S. (2016). Social support of adults and elderly with chronic kidney disease on dialysis. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24: e2752, 1-6. doi: 10.1590/1518-8345.0411.2752.
      O presente trabalho objetivou avaliar o suporte social instrumental e emocional percebido por pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Entende-se por doença renal crônica (DRC) a redução da função renal de forma progressiva e irreversível. Atualmente, a DRC é vista como problema de saúde pública em todo o mundo. Embora haja grandes avanços tecnológicos em seu tratamento, proporcionando aumento da sobrevida dos pacientes, nenhum destes é curativo, o que demonstra a necessidade de lidar com a cronicidade da doença e com as limitações impostas pelo tratamento, que afetam aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Além disso, a hemodiálise (HD) gera um cotidiano restrito, tornando necessário adaptar-se frente à nova condição. Outro aspecto capaz de influenciar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes é o nível de suporte social percebido, definido como a qualidade do suporte disponível, de modo que sua presença está associada a melhores condições de saúde física e mental. A literatura apresenta duas categorias de suporte social: instrumental e/ou emocional.A primeira diz respeito à disponibilização de ajuda de outro no manejo ou resolução de situações práticas ou operacionais do cotidiano, enquanto a segunda refere-se a ações que contribuem para que a pessoa se sinta cuidada e/ou estimada.
    Este estudo foi realizado com 103 participantes. A maioria destes percebeu o suporte social como satisfatório, de modo que 45,6% relatou estar satisfeita quanto ao apoio no manejo/resolução de questões operacionais no tratamento/cuidado de saúde, de atividades práticas do cotidiano e de ajuda material e/ou financeira, enquanto 50,6% referiram satisfação quanto à disponibilidade de escuta, atenção, informação. Dentre as fontes mais frequentes de suporte social, encontraram-se os parceiros (cônjuge, companheiro ou namorado), amigos, a família (em especial, a mãe), bem como filhos, irmãos e profissionais de saúde.
      Por fim, pode-se dizer que a avaliação do suporte social de pacientes com DRC em hemodiálise poderá servir de base para que profissionais da saúde, especialmente enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, possam melhorar o acompanhamento ambulatorial desses pacientes, de modo a promover melhor adesão ao tratamento, bem como melhorar sua qualidade de vida.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Suporte social e seus efeitos positivos na qualidade de vida das pessoas

Postado por Laís Santos
Os trechos extraídos da história em quadrinhos da Turma da Mônica enfatizam o laço de amizade construído desde a infância entre dois dos principais personagens, a saber, Cebolinha e Cascão. No campo científico, estudos apontam que o suporte social, ou seja, a percepção de apoio de amigos, familiares e afins, produz efeitos positivos no que concerne à promoção e manutenção de saúde, ajustamento psicológico e emocional, assim como na recuperação de doenças. Com isso, chamamos a atenção para a importância do suporte social frente ao seu papel auxiliar na manutenção da qualidade de vida das pessoas.


sábado, 1 de outubro de 2016

Sobre a importância dos relacionamentos sociais


Postado por Beatriz Reis

É sabido que os vínculos sociais são importantes aliados para o enfrentamento de problemas e para a adaptação às adversidades, porém, em que medida esta variável influencia o nosso modo de vida e a nossa saúde mental? Como essa ajuda acontece e o que se configura um apoio social? A Psicologia Positiva assume o suporte social como um de seus construtos a fim de entender melhor esta relação. Abaixo segue uma matéria bastante interessante e esclarecedora que nos inicia no processo de estudo e entendimento das dúvidas em torno desse tema. Vale conferir!


A importância dos relacionamentos sociais Ao analisar a vida se percebe que uma das mais importantes dimensões do desenvolvimento humano é a relação com outras pessoas. É tão importante o contato social e o tipo de suporte que se tem nas relações que a vivência grupal é considerada, no campo psicológico, um apoio para o sentimento de satisfação diante da vida. Considera-se apoio social o “conjunto de sistemas e de pessoas significativas que compõem os elos de relacionamento recebidos e percebidos do indivíduo”. (Raquel Cardoso Brito e Sílvia Helena Koller) Assim, podem fazer parte da rede de apoio social, a esposa, os filhos, os pais, os amigos, os colegas de trabalho e demais pessoas e grupos do contexto ambiental, no qual a pessoa se desenvolve, pois embora adulto, pela vida toda, o ser humano continua a se desenvolver, seja nas transformações corporais ou mentais. Atualmente, a ideia de apoio social foi relacionada a noção da afetividade pois, este elemento é fundamental para a construção e a manutenção dos vínculos de relação com outras pessoas. Sendo assim, a análise do apoio social e afetivo, envolve a reflexão do contexto ambiental em que se está inserido, sua história, o momento atual e as pessoas com quem se está vinculado afetivamente, bem como, as características de todos. É a partir da concepção particular que a pessoa tem dos seus relacionamentos, que se pode analisar de que forma essa se orienta diante dos desafios da vida pois, são estes vínculos que oferecem a força e a proteção necessárias para enfrentar situações difíceis.  Aliás, uma “marca” do bem estar subjetivo, dessa sensação de estar bem consigo mesmo, é a habilidade de criar e manter relações com outras pessoas, capacidade denomina na psicologia de desenvolvimento adaptativo. E, aqueles que tem essa habilidade, acabam se protegendo de doenças e sintomas patológicos, mesmo diante de situações adversas. Grande número de pessoas encontra dificuldades no uso de estratégias para criar novos vínculos, como no caso da perda de entes queridos, separações, etc. Enquanto outras, tem dificuldades para manter os seus relacionamentos que, obviamente, vão se modificando com o tempo (o mundo muda, nós mudamos). Daí a necessidade desta constante: o desenvolvimento adaptado. Ao mesmo tempo, é a qualidade desses vínculos sociais e afetivos que possibilita este apoio para o incremento, a melhoria e a mudança das relações o que, consequentemente, facilita a sensação de satisfação, de prazer diante da vida. Bronfenbrenner, estudioso na visão ecológica da psique, salienta a influência da rede de apoio social na emissão de respostas positivas e na diminuição de sintomas psicopatológicos, como a remissão de sintomas depressivos e de sentimentos de desamparo. Estes estudos auxiliam a analisar o desenvolvimento como uma constante na vida e levam a perceber a importância do apoio gerado pela vida social e afetiva, para que estas modificações aconteçam. Nesta perspectiva a vida deixa de ser estática e passa a ser desafio para todos.  Agora reflita: Qual tem sido o seu empenho para o incremento e as aquisições na vida de relação, na vida afetiva? Ou seja, quais os esforços que se tem feito para levar uma vida mais saudável, do ponto de vista psicológico?