Lúpus na Infância
Postado por Danielle Alves Menezes
Fonte: https://br.guiainfantil.com/materias/saude/doencas-da-infancialupus-em-criancas-e-adolescentes/
“O
lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica, um tipo de
patologia que se produz por um transtorno no nosso sistema de defesa, de tal forma
que os anticorpos atacam os tecidos e os órgãos. Afeta em maior número as
mulheres, africanos e asiáticos, e possui uma prevalência entre 4 e 250 casos
em cada 100.000 habitantes. Além disso, os filhos de pais que sofrem de lúpus
têm 10% mais possibilidades de sofrer também da doença. O lúpus não pode
ser considerado uma doença própria da infância, sobretudo em
menores de cinco anos, mas na realidade mais crianças e adolescentes sofrem da
doença do que se acredita. A Lupus
Foundation of America estima que até 10.000 crianças sofram dessa doença
nos Estados Unidos, cerca de 3.000 na Argentina, e em cifras do Instituto
Ferran de Reumatologia de Barcelona (IFR), 1.000 casos são diagnosticados na
Espanha. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Pacientes com
Lúpus (ABRALES), existe uma média de duas mil pessoas com lúpus a cada dez mil
habitantes, e segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 20% dos doentes são
da faixa etária até 16 anos. A doença costuma se manifestar após os 17 anos. Atualmente
se desconhece a origem dessa doença, inclusive em muitas ocasiões se confunde
com outras doenças como esclerose múltipla ou artrite reumatoide”.
Crianças
que sofrem de lúpus apresentam sintomas muito diversos. Dentre eles, os mais
frequentes são dores musculares e nas articulações e um cansaço enorme. Outros
sinais são problemas nos rins, dores de estômago, chagas na boca, eritemas (rubor)
no rosto e perda de peso e de
cabelo.
Ainda
que essa doença seja crônica, existem
períodos de inatividade nos quais as crianças não apresentarão nenhum sintoma. Em
momentos de crises ou recaídas, que é quando há reativação da doença, deve-se
ter muito cuidado, já que pode afetar diversos órgãos.
O
tratamento voltado para crianças e adolescentes é muito parecido com o dos
adultos. Os especialistas do IFR (Instituto Ferran de Reumatologia de
Barcelona) aconselham em primeiro lugar evitar os fatores que favoreçam o
aparecimento da crise, como as dietas ricas em sal ou a exposição ao sol. Corticoides
são os medicamentos utilizados para combater as crises do lúpus, mesmo
produzindo danos aos rins, sendo ministrados imunossupressores.
As
doenças crônicas e irregulares como o lúpus são difíceis de acompanhamento
pelos pais de crianças doentes e requer acompanhamento contínuo de um
especialista. Por esse motivo, é importante tentar explicar às crianças a
importância de manter a medicação e a orientação médica, sempre com muita paciência,
carinho e compreensão. E de que forma poderíamos realizar essa abordagem com a
criança?
Para
responder a essa pergunta, a postagem de hoje indica a utilização de uma cartilha
explicativa que pode ser utilizada com estratégia de psicoeducação. Ela foi
desenvolvida pela psicóloga Maria de Lourdes Leite Guimarães, em 2014. Em dezoito
páginas coloridas e em linguagem acessível, a cartilha conta a história de
Mila, uma criança com Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ). São
explicados de maneira lúdica o surgimento e quais os sintomas, a importância de
tomar os medicamentos, dieta, o que ela pode ou não fazer e, sobretudo, conscientiza
de que ela pode ter uma vida tranquila. Ao final, a cartilha traz ainda duas
sessões em que a própria criança pode anotar a rotina de medicamentos e suas
dúvidas, o que só estimula a sua participação ativa no tratamento.
Baixe
a cartilha em:
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CartilhaLupos_EMCURVAS_FINAL_WEB.pdf
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