Envelhecimento no Brasil: Novos cuidados para uma nova realidade
Postado por Gabriela de
Queiroz
Desde
a década de 1970 o Brasil atravessa uma fase de transição na configuração de
sua população, antes composta majoritariamente por uma sociedade rural, com
famílias numerosas e mortes prematuras. Esta passou a ser constituída por uma
sociedade urbana, com menos filhos e maior controle sobre os processos de
adoecimento.
Esta
transição demográfica iniciou-se a partir da redução das taxas de mortalidade
ao passo em que as taxas de natalidade foram reduzidas, fazendo com que a
estrutura etária da população fosse modificada. Desta maneira, é possível
observar que atualmente grande parte da população brasileira é formada por um
contingente cada vez mais significativo de pessoas com 60 anos de idade ou
mais.
Essa
nova configuração populacional traz consigo novas demandas de cuidado, e
apresenta a necessidade de intervenções em saúde voltadas especificamente para
a população idosa. Diante deste contexto, tem crescido o número de ações
promovidas pelas Secretarias de Saúde de diversos municípios, à exemplo disto, na última terça-feira (03/04/2018), em João Pessoa - PB, aconteceu uma
capacitação em cuidados preventivos com a saúde, na qual os beneficiados foram
os integrantes do grupo de idosos de uma Unidade de Saúde da Família.
A atividade promovida pela Secretaria Municipal de Saúde
(SMS), em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) contou
com orientações acerca da prevenção de acidentes domésticos e corriqueiros,
como engasgos, quedas, automedicação e suspensão de tratamentos sem autorização
médica, queimaduras, além de alertar a população para importância do cuidado
com a saúde bucal. Além dos idosos, a capacitação também contou com a
participação dos profissionais e cuidadores inseridos nos territórios das
Unidades de Saúde da Família (USFs).
Referência:
Miranda,
G. M. D., Mendes, A. C. G., & Silva, A. L. A. (2016). O envelhecimento
populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, 19(3),
507-519. https://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.150140
De fato um desafio essa mudança no o da população brasileira, um maior número de idosos o que acarreta numa formulação diferenciada das ações de saúde. Importante capacitar cada vez mais os profissionais de saúde para esse perfil de população e ao mesmo tempo conscientizar das limitações e subjetividade resultado de uma vasta experiência de vida. Uma coisa que me preocupa são nos idosos em Instituições de Longa Permanência, que profissionais são contratados, será que são capacitados, qual cuidado que pode ser dado especialmente a aqueles esquecidos pela família ou mesmo sem família?
ResponderExcluir