Pesquisa sobre anabolizantes é publicada em revista nacional.
Postado por Monique Carregosa
O tema
anabolizantes cada vez mais tem ganhado força no meio científico. No Brasil,
ainda há pouca literatura na área, todavia, esta realidade parece estar
mudando. A presente notícia trata de uma
pesquisa nacional realizada por um professor da Unoeste, em parceria com
a Unesp de Assis, a qual foi publicada numa revista brasileira de renome.
O
estudo chama-se “Análise do potencial mutagênico dos
esteroides anabólicos androgênicos (EAA) e da L-carnitina mediante o teste do
micronúcleo em eritrócitos policromáticos” e revela que o uso de esteroides tem
ligação com o surgimento de câncer, principalmente no fígado, uma vez que eles
promovem danos no DNA. Portanto, trata-se de mais uma evidência do potencial
risco que a substância pode causar naqueles que a utilizam de forma
inapropriada.
Em busca de obter desempenho físico melhor e mais rapidamente, pessoas continuam usando, indiscriminadamente, os anabolizantes – as populares bombas. Em razão disso, pesquisadores aprofundam-se cada vez mais no assunto para provar, cientificamente, que os produtos fazem mal. Uma recente contribuição para dar visibilidade aos problemas, em nível celular, que ocorrerão no futuro com os usuários, é um estudo do professor doutor Décio Gomes de Oliveira, dos cursos da saúde da Unoeste. Foi publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, e pode ser lido, na íntegra, nesta página.
A pesquisa, intitulada de “Análise do potencial mutagênico dos esteroides anabólicos androgênicos (EAA) e da L-carnitina mediante o teste do micronúcleo em eritrócitos policromáticos”, é feita em parceria com a Unesp de Assis, com coautoria da Dra. Edislane Barreiros de Souza, Douglas Fernandes da Silva, Rodrigo Pinheiro Araldi e Thais Biude Mendes. “Os resultados permitem dizer que a utilização dos anabólicos esteroides pode resultar em danos ao DNA, que traz toda a bagagem genética. Então, pode levar a um processo carcinogênico, demonstrando uma relação do uso desses esteroides anabólicos e a incidência do câncer”, declara Oliveira. A probabilidade de aparecer câncer é principalmente no fígado, pois é o órgão responsável pela metabolização.
Até em âmbito mundial há poucos estudos que envolvem avaliações clastogênica (fragmentação de cromossomos) e genotóxica (ação tóxica sobre o DNA) dos anabólicos esteroides, conforme o professor. Por isso, ele avalia que é necessário manter as pesquisas. “A Unoeste é muito forte em pesquisa e essa divulgação a coloca ao lado de instituições públicas, que também dão importância aos profissionais da Unoeste, convidando-os para que façam parte dos grupos”. Oliveira acredita que o reconhecimento nacional da Unoeste em um veículo científico de grande renome é positivo para a comunidade científica, para a docência e para os acadêmicos, pois receberão a experiência trazida pelo professor e ganharão mais estímulo para se tornarem pesquisadores.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste
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