Optimismo disposicional y estrategias de afrontamiento en pacientes com transplante renal

Resenhado por Maisa Carvalho

Costa-Requena, G., Cantarell-Aixendri, M. C., Parramon-Puig, G., & Serón-Micas, D. (2014). Optimismo disposicional y estrategias de afrontamiento en pacientes con trasplante renal. Nefrología (Madrid), 34(5), 605-610. doi: 10.3265/Nefrologia.pre2014.Jun.11881

As Doenças Renais Crônicas (DRC) são razões de gastos econômicos bilionários e se constituem como uma epidemia mundial, sendo responsáveis por cerca de 28 milhões de mortes prematuras em países de renda média e baixa, segundo a OMS. Por demandarem uma rotina estressante do paciente, afetam seu bem-estar físico e psicológico. Logo, as estratégias de enfrentamento se constituem como esforços cognitivos e comportamentais que visam reduzir o estresse advindo da doença, buscando promover a adaptação ao contexto e melhor qualidade de vida. O otimismo disposicional - crença generalizada de mais acontecimentos positivos no futuro, também se constitui como fator protetor concernente a problemas de saúde, tal como a DRC. Este estudo tem como objetivo analisar as relações entre este construto e as estratégias de enfrentamento, além de observar se a utilização destas se diferencia de acordo com o grau de otimismo.
A amostra foi de 66 sujeitos, composta de 65,2% (n = 43) de homens, com idade média de 56 anos. A causa mais frequente de insuficiência renal é desconhecida (25%, n = 17) ou glomerular (22,7%, n = 15). Antes do transplante, 71% (n = 47) dos pacientes já haviam realizado a terapia de reposição renal com hemodiálise. As correlações entre o otimismo disposicional e as estratégias de enfrentamento foram significativas, em sentido positivo para resolução de problemas (p < 0,05) e reestruturação cognitiva (p < 0,01), e em negativo para a autocrítica (p < 0,05), ou seja, quanto maior o otimismo disposicional mostraram, menor a tendência à autocrítica como estratégia de enfrentamento durante o transplante renal.
Os resultados deste estudo mostraram a importância do otimismo e sua relação com a promoção de saúde, visto que facilita a adaptação a um contexto, além de mudar a percepção dos pacientes relativo à doença. O psicólogo da saúde pode ajudar pacientes em vulnerabilidade física a encontrar e construir estratégias de enfrentamento adequadas à personalidade de cada um, assim, promovendo uma melhor adaptação.

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