Epidemiología del Trastorno de Ansiedade Generalizada

Resenhado por Laís Santos

Bascarán, M.T., Portilha-Gárcia, M.P., & Jiménez, L. (2005). Epidemiología del Transtorno de Ansiedad Generalizada. Recuperado de http://www.unioviedo.es/psiquiatria/publicaciones/documentos/2005/2005_Bascaran_Epidemiologia.pdf.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) vem ganhando a cada ano mais espaço no campo científico, no que se refere a pesquisas e estudos sobre o mesmo. Atualmente tem aumentado o número de estudos epidemiológicos na tentativa de descrever a dimensão e as características do impacto do TAG. Os dados apontam que a prevalência do TAG na comunidade gira em torno de 5%. Esses números oscilam em torno de 4 a 8%, quando estão relacionados à ocorrência no decorrer da vida. Analisando alguns países em especifico, como Estados Unidos e Islândia, por exemplo, os dados oscilam um pouco, mas as diferenças encontradas não são tão altas. Estima-se que essa variância se deva, dentre outros fatores, aos instrumentos utilizados, a população estudada, aos critérios diagnósticos utilizados, etc. Um estudo realizado em 2004, com amostra de 21.245 pessoas de seis países diferentes (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda e Itália) utilizando a modificação da Composite International Diagnostic Interview (WMH- CIDI), levando em conta os critérios do DSM-IV, constatou a prevalência anual de 2,8% da TAG.
O presente artigo apresenta dados a respeito do TAG em alguns países como Islândia, Estados Unidos e Alemanha. Especialmente na Islândia, indicando uma taxa elevada de 21,7%. Os autores não consideram que o elevado índice se deva a idade da população estudada (55 aos 57 anos). Eles defendem a ideia de que o TAG é um transtorno de longa duração que se inicia muito cedo. Desse modo, os índices de prevalência sofrem poucas variações durante a fase adulta. Entre os adolescentes, a taxa de incidência do TAG é de 1%. Uma possível explicação para isso está relacionada à faixa etária de início desse transtorno, por volta dos 20 a 30 anos de idade. Essas taxas variam um pouco a depender dos critérios diagnósticos utilizados (DSM-IIIR, DSM-IV ou outros). O artigo também aponta dados de outros estudos referentes à incidência da TAG na população idosa, nesse caso, os índices variam de 0,7 a 7,1%.
O crescente número de estudos epidemiológicos sobre o TAG tem possibilitado traçar as características epidemiológicas deste transtorno. Como já foi mencionado anteriormente, estima-se que a idade de início seja por volta dos 20 a 30 anos de idade. No que se refere ao sexo, em geral, há a predominância de mulheres. Um estudo africano de Bhagwanjee realizado em 1998 aponta que o TAG está presente em 21% dos homens e em 5,82% das mulheres. Essa divergência talvez esteja relacionada às diferenças culturais do mundo ocidental, onde são realizados a maioria dos estudos sobre essa temática; além disso, essa divergência pode estar relacionada as diferenças de desenvolvimento econômico de cada país. Com relação à atividade laboral e estado civil, estima-se que a perda de emprego e de relacionamentos, está associada à existência do TAG. Os estudos convergem para a ideia de que esse transtorno é crônico, com duração média de 10 anos, e sintomas presentes de forma continua com tendência a sofrer variações em sua intensidade. Geralmente o TAG apresenta grande comorbidade com outros transtornos.
Em suma, a partir desse artigo, entende-se que o Transtorno de Ansiedade é bastante comum em diversos países, principalmente nos países europeus. É importante que cresçam os estudos macro sobre essa temática, a fim de ofertar dados sempre atuais, possibilitando uma melhor análise acerca desse transtorno e assim permitir a criação de estratégias eficazes para a prevenção de possíveis complicações decorrentes do TAG; conscientização e esclarecimento para a população, dentre outras medidas, que se somariam a fim de otimizar o cuidado prestado e promover avanços.


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