Conhecimento sobre DST/AIDS por estudantes adolescentes

Resenhado por Maisa Silva

Brêtas, José Roberto da Silva, Ohara, Conceição Vieira da Silva, Jardim, Dulcilene Pereira, & Muroya, Renata de Lima. (2009). Conhecimento sobre DST/AIDS por estudantes adolescentes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(3), 551-557.
                                                                                                      
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, marcado por transformações de cunho biológico, psicológico e social. As mudanças biológicas impulsionam a curiosidade e vivência da sexualidade, porém, o papel que cada adolescente assume durante a prática da sua sexualidade pode representar riscos a sua saúde, visto que cada vez mais cedo começam a vida sexual e geralmente possuem desconhecimento sobre os riscos de DST e Aids. Assim, esta pesquisa teve como objetivos verificar o conhecimento deste público sobre prevenção, sinais e sintomas de DST/Aids. O estudo foi realizado no período de março de 2003 a junho de 2005 com 1087 adolescentes (652 do sexo masculino e 435 do sexo feminino) com idades entre 12 e 19 anos.
Nos resultados, verificou-se que tanto meninos quanto meninas possuem 100% de conhecimento sobre a Aids, embora as meninas possuam mais conhecimentos gerais sobre as DST. Entretanto, os participantes demonstraram pouco conhecimento sobre doenças como Candidíase, Tricomoníase e Condiloma Acuminado (Papiloma Vírus Humano/HPV). Sobre os métodos de prevenção das DST, as garotas demonstraram ter mais conhecimento que os rapazes, principalmente sobre o uso do preservativo masculino, seguido de consulta médica periódica e maior conhecimento sobre o parceiro sexual. Além disso, o uso do preservativo foi indicado por uma grande porcentagem dos adolescentes (92% feminino/78% masculino).
 Grande parte dos adolescentes que participaram, a maioria do sexo feminino, possuiam como principais meios de informação sobre as DST/Aids, em ordem decrescente: a televisão; os professores; os veículos da mídia (revistas, jornais e livros) e amigos. Houve baixa referência aos pais como fonte de informação sobre as DST.
Com relação ao conhecimento da transmissão da Sífilis e Gonorréia, notou-se desconhecimento entre ambos os sexos, com prevalência dos rapazes sobre as garotas. O mesmo foi observado sobre o conhecimento de transmissão, sinais e sintomas do Herpes Genital e Condiloma Acuminado. Verificou-se que o conhecimento dos participantes (ambos os sexos) sobre a transmissão da Aids/HIV prevaleceu em relação as outras DST. Sobre a cura das DST, observou-se grande desconhecimento dos participantes, principalmente para o sexo masculino.

Por fim, sobre a cura das DST, observou-se grande desconhecimento dos participantes, principalmente do sexo masculino. Este e os demais dados obtidos na análise deste estudo denota a importância de acompanhamento multidisciplinar na adolescência, para orientação tanto dos jovens quanto da família, afim de contribuir para o desenvolvimento sexual saudável. O acompanhamento psicológico nesta fase pode ser bastante eficaz, já que este período da vida tende a ser acompanhado de diversas alterações psicológicas e biológicas, acarretando, muitas vezes, comportamentos de risco. 

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