Estratégias de enfrentamento em pacientes com dor neuropática

 Laluce, T.O., Dalul, C.M., Martins, M.R.I., Ribeiro, R.C.H., Almeida, F.C. & Cesarino, C.B. (2019).  Coping strategies in patients with neuropatic pain. Revista da Sociedade Brasileira para o estudo da dor2(3), 260-266. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20190046

 

Resenhado por Catiele Reis

 

A dor crônica neuropática é definida como uma sensação negativa e intensa sentida em uma área lesionada, neste caso, os nervos do corpo. Sendo classificada como aguda ou crônica, a dor neuropática tem origem multifatorial, causa impactos negativos sobre a vida das pessoas e leva as pessoas a ativarem diversas estratégias de enfrentamento. O objetivo deste estudo foi identificar, analisar as diversas estratégias de enfrentamento de dor crônica neuropática, relacioná-las com as características sociodemográficas, a intensidade da dor e a alexitimia.

O estudo foi classificado como descritivo e transversal tendo como participantes, 61 pacientes com dor neuropática que foram atendidos na Clínica da Dor no período de agosto a dezembro de 2017. Para a coleta de dados dos pacientes com dor neuropática foram utilizados os instrumentos: entrevista semiestruturada, o questionário sobre dor neuropática Douleur Neuropathique 4 Questions, a Escala de Alexitimia e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas. A análise de dados foi feita com o auxílio do Excel e usou a análise de variância da ANOVA e o teste de comparação de Turkey para testar os resultados. Foi adotado o nível de significância < 0,05 para os resultados.

Na análise dos resultados, percebeu-se que dos 61 pacientes com dor neuropática, a maioria era mulher, com idade média de 50,67 anos, baixa escolaridade, e que possuíam doenças neuropáticas como a causa principal da dor. Percebeu-se que a maioria das pessoas utilizaram estratégias com foco no problema (procura por médico e focalização no problema), seguida do uso de práticas religiosas e a busca pelo suporte social. Tais estratégias foi vista como uma atitude positiva no enfrentamento da dor neuropática. apesar dos problemas físicos. A alexitimia do grupo que usaram estratégias focadas para a problema é maior, especialmente no subgrupo dos homens com dor neuropática crônica.

                        

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