Morte de adolescentes com aids triplicou nos últimos 15 anos, diz Unicef.
Postado por Geovanna Souza
Por
ser um período de desenvolvimento cercado por mudanças que podem interferir,
mesmo que minimamente na vida adulta, a adolescência tem exigido um esforço
especial de pais e profissionais de saúde. As descobertas de seu próprio corpo
e o início da vida sexual associada com pouca escolaridade acabam por acarretar
algumas consequências negativas, como a contaminação por DST’s e do vírus HIV.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) relatam que mais da
metade das novas infecções por HIV que ocorrem na atualidade afetam jovens de
15 a 24 anos de idade, estimando-se cerca de 11 milhões de adolescentes/jovens
contaminados. Esse vírus continua desafiando a sociedade, o sistema de saúde e
seus profissionais, tanto no âmbito da prevenção como na assistência, mostrando
a necessidade de traçar estratégias específicas para essa fase do
desenvolvimento, considerando aspectos específicos da faixa etária.
O número de mortes de adolescentes devido a aids triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), divulgado nesta sexta-feira (27) na África do Sul.O documento, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Aids, diz que a doença é a “principal causa de morte de adolescentes na África e a segunda no mundo”.
“Entre as populações afetadas pelo HIV, a faixa formada por adolescentes e a única na qual os números da mortalidade não estão diminuindo”.
O relatório mostra também que a África Subsaariana é a “região com maior prevalência” e que as “jovens são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infeções na faixa que têm entre 15 e 19 anos”.
“É crucial que os jovens seropositivos tenham acesso a tratamento, cuidados e apoio”, afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais da Unicef para HIV/Aids.
O levantamento indica que dos “2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com HIV, apenas uma em cada três está a receber tratamento”.
As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a aids foram infetados há 10 ou 15 anos.
“Essas crianças sobreviveram até a adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV”, diz o documento.
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