Perceived emotional intelligence and dispositional optimism-pessimism: Analyzing their role in predicting psychological adjustment among adolescents.

Resenhado por Luana Santos

Extremera, N., Durán, A., & Rey, L. (2007). Perceived emotional intelligence and dispositional optimism-pessimism: Analyzing their role in predicting psychological adjustment among adolescents. Personality and Individual Differences, 42, 1069-1079.

Estudos sobre diferenças individuais, como preditores individuais, tem aumentado, visto parecerem se relacionar ao ajustamento do indivíduo, ou seja, tem implicações sobra a maneira pelas quais o indivíduo lida com experiências estressoras. Nesse sentido, pesquisas tem mostrado que maiores escores em escalas de otimismo tem sido associadas a menos desajustes psicológicos, assim como pessimismo tem se associado com insatisfação com a vida, estresse percebido e maior prevalência de sintomas depressivos. Um dos fatores importantes de predição de ajustamento, a inteligência emocional, é conceituado como a capacidade de perceber, assimilar, entender e gerir as emoções em si mesmo e nos outros.
O presente estudo examinou as relações entre inteligência emocional percebida, mensurada pela Trait-Meta Mood Scale (TMMS), otimismo e pessimismo, e ajustamento psicológico (medido através de estresse percebido e satisfação com a vida). A amostra foi composta por 498 adolescentes, sendo 202 do sexo masculino e 296 do sexo feminino. Além disso, investigou-se também a extensão em que as dimensões da inteligência emocional previram variação na satisfação com a vida e estresse percebido.
Como resultados principais, as dimensões da TMMS e otimismo/pessimismo  mostraram correlações significativas na direção esperada com o estresse percebido e satisfação com a vida. Outras análises, a saber regressões, confirmaram que a clareza emocional permaneceu significativa na previsão de estresse percebido e satisfação com a vida após a influência do otimismo/pessimismo ter sido controlada. Estes resultados são consistentes com descobertas anteriores sobre a validade da inteligência emocional  avaliada pela TMMS. Nesse sentido, os dados sugerem que os adolescentes com altas percepções de habilidades emocionais (em particular, alta clareza e reparação) geralmente apresentam maior satisfação com a vida e menor estresse percebido. Além disso, em algum grau, este efeito pode ser considerado como independente das suas próprias disposições otimistas ou pessimistas.

Entretanto, embora este estudo tenha fornecido evidências preliminares interessantes sobre a validade incremental da escala TMMS sobre otimismo e pessimismo disposicional, os autores trazem que os presentes achados devem ser interpretados com cautela devido aos índices estatísticos de confiabilidade para as sub-escalas terem sido baixos e às condições subjetivas relacionadas às medidas de autorrelato. Diante do exposto, ressalta-se que apesar das limitações, a pesquisa forneceu evidências empíricas de que otimismo/pessimismo e inteligência emocional explicam um desvio de ajustamento psicológico.

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