Procedimentos invasivos não cirúrgicos em crianças
Danielle Alves Menezes
https://www.youtube.com/shorts/SuM3BoaOcRM
Injeções, aplicação de
soro e de insulina, transfusões de sangue, dentre outras experiências invasivas
não cirúrgicas, fazem parte da rotina de cuidados em saúde de crianças. Até
quatro anos de idade, crianças são submetidas, em média, a 25 procedimentos de
vacinação, por exemplo (Ministério da Saúde, 2017). O que é uma necessidade em
saúde pode também se tornar uma vivência com importante estresse emocional para
crianças, implicando em baixa adesão a futuras imunizações, medo excessivo e
baixa colaboração com profissionais de saúde em outros procedimentos cortantes
ou perfurantes.
O que está em jogo nessa
experiência certamente é a necessidade de induzir dor. De acordo com a International Association for the Study of
Pain (IASP), dor é um estado de desconforto sensorial, emocional e
comportamental, com origem em alguma lesão real ou potencial de tecidos,
induzida por estímulos físicos, químicos, ou por disfunções patológicas e/ou
psicológicas. Nota-se que a experiência de dor, em sua totalidade, é composta
por um aspecto fisiológico e outro psicoemocional.
O vídeo em discussão exemplifica
o uso de tecnologias para o manejo da via psicológica da dor em procedimentos
invasivos, que tem como fundamento uma técnica amplamente utilizada em
psicologia denominada distração cognitiva. Trata-se de um método não
farmacológico por meio do qual a atenção é redirecionada e os mecanismos
neurocognitivos da percepção de dor são atenuados ou interrompidos. Também
visualmente atrativo, o Buzzy emite calor e vibração na pele que será perfurada
pela agulha promovendo distração e reduzindo comportamentos de dor e ansiedade.
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