Conheça a vigorexia: distorção da imagem corporal
Postado
por Brenda Fernanda
A vigorexia, também conhecida como Transtorno Dismórfico Muscular,
é uma alteração no comportamento que se enquadra nos transtornos
dismórficos corporais, tendo características obsessivas-compulsivas. Isso
significa que a pessoa tem uma imagem distorcida do próprio corpo e,
consequentemente, apresenta comportamentos compulsórios para tentar diminuir a
ansiedade relacionada à insatisfação exacerbada com o corpo. Os indivíduos com
essa desordem comumente se referem como fracos ou pequenos, mesmo apresentando
musculatura acima da média. Como resultado, os indivíduos acabam desenvolvendo
dependência pelo exercício físico e uma espécie de obsessão pelo corpo
musculoso, visto que nunca se sentem suficientemente fortes ou musculosos. No
que diz respeito ao tratamento, pode-se dizer que este é multidisciplinar,
envolvendo médico, psicoterapeuta, nutricionista, preparador físico,
professores de Educação Física. A terapia cognitivo-comportamental é um recurso
eficaz para o paciente identificar as distorções do comportamento e restaurar a
autoimagem e a autoconfiança. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de
fármacos para controle da ansiedade, depressão e dos sintomas
obsessivo-compulsivos.
Vigorexia, conhecido também como o distúrbio já classificado como uma das manifestações do espectro do transtorno obsessivo-compulsivo, nada mais é que uma alteração no comportamento que se enquadra entre os transtornos dismórficos corporais. Isso quer dizer que se trata de uma desordem intimamente ligada a uma imagem distorcida do próprio corpo. Alguns autores usam a terminologia Transtorno Dismórfico Muscular no quadro de transtornos obsessivo-compulsivos, outros assemelham a vigorexia à anorexia, no sentido de que ambas seriam patologias narcisistas. Existem, ainda, autores que atentam para a ausência de critérios diagnósticos para validar essas denominações.Em resumo, a vigorexia caracteriza-se pela distorção da autoimagem do corpo voltada para a questão da força. Os indivíduos com essa disfunção usualmente se descrevem como fracos, pequenos, mesmo tendo desenvolvido musculatura acima da média. O resultado é que os indivíduos acabam desenvolvendo a dependência pelo exercício físico e uma espécie de obsessão pelo corpo musculoso, uma vez que nunca se satisfazem com a condição em que se encontram, ou seja, nunca se sentem suficientemente fortes ou musculosos. A preocupação excessiva com a massa muscular compreende inúmeras alterações comportamentais significativas na rotina, como: grandes períodos nas academias, levantamento de pesos cada vez maiores, uso de dietas comprometedoras como aquelas em que alguns alimentos são priorizados (proteínas, glicídios ou lipídios), o uso de suplementos alimentares ou ainda de esteróides e anabolizantes. Sintomas
Em geral, os sinais e sintomas da doença estão associados à imagem negativa e distorcida que o paciente tem do próprio corpo. Os mais importantes são cansaço, inapetência, insônia, ritmo cardíaco alterado mesmo em repouso, dores musculares, tremores, queda no desempenho sexual, irritabilidade, depressão, ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam ligadas ao treinamento intensivo para atingir o que consideram ser o corpo perfeito. A luta por esse objetivo se reflete na vida social, familiar e profissional. A pessoa se afasta dos parentes, amigos e colegas de escola ou de trabalho. Sua atenção está toda voltada para a prática de exercícios. Na verdade, ela não se interessa por nenhuma atividade ou relacionamento que possam interferir em seu propósito de treinar duro durante todo o tempo.
Tratamento
O tratamento é multidisciplinar, envolve médico, psicoterapeuta, nutricionista, preparador físico, professores de Educação Física. A pessoa não precisa abandonar totalmente a prática de exercícios, mas o treinamento deve ser orientado por profissionais com experiência na área. A terapia cognitivo-comportamental é um recurso eficaz para o paciente identificar as distorções do comportamento e restaurar a autoimagem e a autoconfiança. Outra medida essencial é convencê-lo de que deve abandonar o uso de anabolizantes e de outras substâncias equivalentes, porque provocam efeitos adversos, como atrofia dos testículos, disfunção erétil e infertilidade, patologias que podem ser irreversíveis. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer ao uso de medicamentos (inibidores seletivos de recaptação de serotonina) para controle da ansiedade, depressão e dos sintomas obsessivo-compulsivos. Portadores de vigorexia raramente admitem sua condição. Por isso, o diagnóstico e o início do tratamento costumam ser instituídos tardiamente.
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