A esperança: uma proteção contra o suicídio
Postado por
Beatriz Reis
No
mês em que é realizada a campanha de conscientização sobre a prevenção
do suicídio, o GEPPS traz uma matéria que esclarece um pouco mais a respeito de
um dos caminhos para a prevenção e o tratamento deste fenômeno. O texto em
questão destaca a esperança, um dos construtos estudados pela Psicologia
Positiva, como um fator importante para a recuperação da vontade de viver e, em
consequência, para a diminuição das ideações suicidas do paciente. Vale
conferir!
Fonte:http://www.boasaude.com.br/noticias/291/razao-para-viver-ajuda-a-prevenir-suicidio-durante-a-depressao.html
Razão Para Viver Ajuda a Prevenir Suicídio Durante a DepressãoNEW YORK, (Reuters Health) – Pessoas que sofrem de depressão importante são menos propensas a pensamentos suicidas se elas acreditam que há razões para viver. Desta forma, o tratamento destes pacientes deve “instilar esperança durante tempos de stress”, sugerem pesquisadores. Na pesquisa sobre o risco de suicídio, a questão “raramente proposta” não é porque as pessoas querem morrer, mas o que as faz querer viver, de acordo com um artigo do American Journal of Psychiatry.
Pesquisadores do New York State Psychiatric Institute relatam que sentimentos de afirmação da importância da vida parecem vir da responsabilidade com a família, objeções morais ao suicídio, sentimentos de desaprovação social e maiores objetivos de vida. O Dr. Kevin M. Malone liderou o estudo de 84 pacientes com depressão grave, tentando encontrar os motivos que levaram 39 destes a tentar suicídio.
Durante a depressão a percepção das pessoas de seu stress, ao invés do stress real, deflagra pensamentos suicidas. Em um estudo atual, indivíduos deprimidos responderam a um questionário projetado para medir se eles sentiam sua própria vida como algo que valia a pena viver. Em média, aqueles que nunca tentaram suicídio apresentaram escores maiores do que aqueles que haviam atentado contra suas próprias vidas. Eles foram mais propensos a se sentir indispensáveis para suas famílias, a ser moralmente contra o suicídio, e apresentar melhores perspectivas de vida.
Estes escores de “motivos-para-viver” previram o risco de suicídio, enquanto a idade, sexo, educação e convicções religiosas não previram. Uma vez que situações de vida não diferiram substancialmente entre os pacientes que tentaram suicídio e os que não tentaram, a forma pela qual os pacientes vêem suas vidas parece ser importante no risco de suicídio.
Pacientes com mais motivos para viver mostram menos desesperança, observam o Dr. Malone e seus colaboradores. Basicamente, isto confirma o senso comum, mas os médicos devem procurar motivos pelos quais os pacientes devem ter esperança”, disse o Dr. Malone em uma declaração na American Psychiatric Association. Estratégias de tratamento para depressão que reforcem motivos para viver e dêem esperança aos pacientes devem ser desenvolvidas, conclui ele.
Fonte: American Journal of Psychiatry 2000;157:1084-1088.
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