Rumination and suicidal ideation: The moderating roles of hope and optimism

Resenhado por Luana Santos

Tucker, R. P., Wintage, L. R., O’keefe, V. M., Mills, A. C., Rasmussen, K., Davidson, C. L., & Grant, D. M. (2013). Rumination and suicidal ideation: The moderating roles of hope and optimism. Personality and Individual Differences, 55, 606-611. doi: 10.1016/j.paid.2013.05.013.

Sabe-se que o suicídio é considerado a 10ª principal causa de morte nos Estados Unidos e que, diante disso, pesquisas que identifiquem fatores de risco são necessárias. Um destes fatores, a ruminação (definida como pensamentos repetitivos sobre a própria angústia, incluindo razões e consequências), e tem sido associado a sintomas depressivos e ideação suicida. Assim, partindo da hipótese que tanto a esperança como o otimismo enfraqueceriam a relação entre ruminação e ideação suicida, os autores buscaram investigar se a correlação entre ruminação e ideação suicida é moderada pela presença de esperança e otimismo. Para isso, participaram 298 indivíduos que responderam questionários de autorrelato sobre esperança, otimismo, ruminação, depressão e o perfil sociodemográfico e os dados foram analisados via regressão hierárquica.
Os resultados comprovaram a hipótese que tanto esperança como otimismo enfraquecem a relação entre pensamentos ruminativos e ideação suicida, bem como as relações entre as sub-escalas de ruminação e pensamento suicida. Elevados níveis de esperança foram associados com uma relação mais fraca entre ruminação e ideação suicida em comparação a níveis mais baixos de esperança. Da mesma forma, um enfraquecimento na relação entre ruminação e ideação suicida foi relacionada com elevados níveis de otimismo.
Tais resultados sugerem que um estilo de pensamento ruminativo pode ser mais prejudicial quando há ausência de esperança ou otimismo. Esses achados podem subsidiar importantes estratégias de prevenção do suicídio e servem como base para que estudos futuros repliquem os resultados em uma amostra clínica, o que permite encontrar a utilidade clínica potencial de compreender o papel protetor da esperança e do otimismo no que diz respeito a ideação e tendencias suicidas e ao pensamento ruminativo.



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