Suporte Social, Empowerment e Doença Crônica
Resenhado
por Maisa Carvalho
Cunha, M., Chibante, R., & André, S.
(2014). Suporte social, empowerment e doença crónica. Revista Portuguesa de Enfermagem de
Saúde Mental, Ed.
Esp. 1, 21-26.
As
doenças crônicas (DC) constituem-se como um dos principais problemas de saúde
pública no mundo. Uma destas doenças é a diabetes, em especial a mellitus tipo 2 responsável por cerca de 16 milhões de mortes prematuras todos
os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, sobretudo por fatores como
sedentarismo, alimentação inadequada, consumo de álcool, tabaco dentre outros. Neste
âmbito, sabe-se que o suporte social, ou seja, a percepção de apoio da família,
amigos e conhecidos, é fundamental, pois promove efeitos positivos na saúde física
e mental dos indivíduos, reduzindo a mortalidade e atuando como uma ferramenta propulsora de autonomia.
Levando em consideração os efeitos do suporte social, este estudo objetivou
avaliar se o apoio social prediz o empowerment/capacitação em sujeitos com
diabetes.
Participaram do estudo 150 diabéticos, com idade
média de 66,85 anos, sendo 72,7% casados, 64,7% com ensino fundamental completo
e predominando a diabetes mellitus
tipo 2 (88%). Na amostra, os homens possuem escores de empowerment mais
elevados (80,28%) e também os mais jovens (94,89%). Relacionando a escolaridade
e o empowerment, as pessoas com níveis de escolaridade mais elevados
apresentaram valores de empowerment superiores.
Observou-se que 44% evidenciaram “bom apoio social” e os que perceberam ter bom
apoio emocional, informativo e instrumental revelaram empowerment mais elevado (r = 0,410, p = 0,000; r = 0,403, p = 0,000; r = 0,288, p = 0,005
respetivamente).
Os resultados ressaltam o papel do apoio social na vida do portador de DC, uma vez que esse auxilia a
promoção de autocontrole e traz efeitos benéficos para a saúde física e
psicológica dos sujeitos. Portanto, enfatiza-se a importância do acompanhamento desses
indivíduos por uma equipe multiprofissional e, especialmente pelo psicólogo,
que se baseará em estratégias que promovam o empowerment e o incentivo a
mudanças de comportamentos de saúde.
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