Andando para longe da depressão
Postado por Rafael Matos
Investigações
têm mostrado que a depressão provoca uma redução na qualidade de vida das
pessoas. Sintomas como desânimo e tristeza, característicos deste transtorno,
causam a diminuição do convívio social e redução de atividade física. Esta última
em alguns casos leva a obesidade. Devido à correlação entre depressão e redução
na qualidade de vida, discussões
sobre a prática de exercícios na área da saúde mental estão cada vez mais
presentes.Estudos indicam que estas práticas fortalecem o
sistema imunológico. Em parte, isso ocorre devido ao aumento de endorfinas que juntamente
com a adrenalina, substâncias químicas produzidas no cérebro, liberadas
principalmente durante estas atividades provocam sensações de prazer e bem
estar. Tendo em vista estes benefícios,
tem aumentado a sugestão por parte dos profissionais da saúde mental para a
realização de atividades físicas recreativas como práticas terapêuticas, pois além
de combater o sobrepeso, a realização de atividades em locais públicos auxilia
no convívio social diminuindo o isolamento.
Um dos grandes problemas da depressão é a perda de qualidade de vida – os sintomas como desânimo e tristeza com frequência afastam os pacientes do convívio com as pessoas, reduzem suas interações sociais e até seu nível de atividade geral. Obesidade, insônia e dores pelo corpo são apenas alguns dos sintomas que se seguem desse quadro.Um estudo recente, no entanto, mostrou que atividades físicas recreativas são suficientes para reduzir o risco desse impacto da depressão na vida dos pacientes. Acompanhando a saúde de mais de quinze mil pessoas no Canadá, os pesquisadores se focaram naqueles que tinham boa qualidade de vida, observando o que poderia colocar tal qualidade em risco. Evidentemente a depressão era um fator de risco importante. Mas quando as pessoas faziam alguma atividade física, mesmo que sem grande intensidade, o risco diminuía em 70%. Por outro lado, o sedentarismo aumentava em 40% o risco de perder qualidade de vida em pacientes deprimidos.Caminhar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, nadar: mais importante que uma grande intensidade, a regularidade é que foi fundamental. Porque independente da melhora clínica dos sintomas, manter a qualidade de vida já é um grande passo no combate à depressão.
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