The Moderating Role of Perceived Behavioral Control: The Literature Criticism and Methodological Considerations

Resenhado por Geovanna Souza

Barua, Promotosh. (2013). The Moderating Role of Perceived Behavioral Control: The Literature Criticism and Methodological Considerations. International Journal of Business and Social Science, 4, 57-59.


     Este artigo teve como principal função expor as ambiguidades conceituais e metodológicas do controle comportamental percebido, presente na teoria da ação planejada, que recentemente tem sido alvo de críticas. A teoria da ação planejada (TAP) se originou como uma extensão da teoria da ação racional (TAR), a fim de lidar com as limitações do modelo da TAR. Desde sua introdução, há mais de 25 anos atrás, ela tem sido muito usada para se referir a determinantes de comportamentos específicos e intenções comportamentais. A TAP tem sido muito debatida e criticada recentemente, visto que alguns estudiosos acreditam que a teoria não explica os comportamentos humanos adequadamente.
     A ideia central da TAP elucida que as intenções comportamentais determinam o comportamento do indivíduo, considerando três conceitos fundamentais na determinação da intenção: atitude (se refere ao grau de avaliação favorável ou desfavorável de uma pessoa), norma subjetiva (pressão social percebida para desempenhar um comportamento) e o grau de percepção de controle comportamental (o indivíduo reporta-se à facilidade ou à dificuldade percebida de desempenhar um comportamento). Este último conceito, percepção do controle comportamental (PCC), nada mais é do que a expectativa de uma pessoa em relação à sua capacidade em desempenhar um comportamento, que é influenciado por recursos e crenças de que pode superar qualquer obstáculo que lhe apareça. Vale ressaltar que o controle é sobre o comportamento do indivíduo e não sobre os resultados ou eventos. Tal conceito tem sido considerado por Ajzen a principal chave para compreender a TAP, estando ele relacionado a elementos não volitivos. Dessa forma, quanto maior o controle do comportamento percebido de um indivíduo maior será sua intenção em executar determinado comportamento.
     É exposto no texto que a realização comportamental da PCC depende de confiança e precisão das percepções. Por exemplo, se um indivíduo perceber baixa acurácia da percepção, a PCC pode não ser realista devido à pouca informação que tem (Ajzen, 1991, p. 185). Dentre as divergências acerca do conceito, Ajzen (1991) propôs que a PCC pode ter efeitos diretos sobre o comportamento, além de melhorar a intenção em relação a atitudes positivas e normas subjetivas. No entanto, há quem diga que o apoio empírico contra os efeitos de moderação da percepção de controle sobre o comportamento não é forte o suficiente para justificar sua influência sobre o comportamento e as atitudes positivas de um indivíduo, o que leva a fortes críticas conceituais.
     Por fim, o autor traz no fim do texto algumas considerações metodológicas a respeito do conceito da PCC e seus efeitos de moderação, expondo que futuros estudos
devem buscar por variáveis moderadoras de comportamentos, a fim de explicar a variação da percepção de controle comportamental e de outras variáveis.

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