Psicólogos nos cuidados continuados e integrados: intervenção positiva
Resenhado por Mariana Serrão
Dias, M., &
Pais-Ribeiro, J. (2012). Psicólogo nos cuidados continuados e integrados-
intervenção positiva. Nono Congresso
Nacional de Psicologia da Saúde (418-424). Placebo Editora.
Com o aumento do número de idosos,
baixa natalidade e alto índice de pessoas com doenças debilitantes em Portugal,
fez-se necessário a criação da Rede de Cuidados Continuados e Integrados no
âmbito do Ministérios da Saúde que tem como objetivo promover cuidados
continuados e integrados, independentemente da idade, para pessoas com
deficiência, bem como melhoria de vida e bem-estar, manutenção de indivíduos
com perda de funcionalidade e apoio familiar. Os serviços prestados envolvem
cuidados médicos, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, prescrição
e administração de fármacos, apoio psicossocial, higiene, conforto, alimentação,
convívio e de lazer.
Na Unidade de Cuidados Continuados a
maioria das pessoas são idosas e os diagnósticos clínicos mais frequentes são
dependência nas atividades da vida diárias consequentes de acidente vascular
cerebral, fraturas, traumatismos, úlceras de pressão e amputação dos membros. O
psicólogo tem o papel de avaliar o paciente, iniciar o contato com a família e
o processo de reabilitação junto a equipe multidisciplinar, bem como contribuir
para a redução do uso de remédios, diminuição do número de internação,
prevenção e tratamento das doenças. Além de favorecer o bem estar do paciente,
visto que as emoções são consideradas fatores protetivos, o tratamento não
consiste apenas em reduzir os sintomas, mas também em promover emoções e afetos
positivos.
A principal responsável pela abordagem voltada
para promoção de emoções e afetos positivos é a Psicologia Positiva, a qual
defende que não se deva trabalhar apenas na intervenções de transtornos já
desenvolvidos, mas também na promoção das potencialidades do indivíduo para a
prevenção destes transtornos mentais. Assim, a Psicologia Positiva considera
importante para o desenvolvimento de uma vida saudável a valorização de emoções
positivas tais como felicidade, alegria, satisfação com a vida, otimismo,
capacidade de amar, entre outros.
Pesquisas
apontam a relação entre afetos positivos e saúde mental, como por exemplo,
altos níveis de afetos positivos e acidente vascular cerebral. Assim, tais
pesquisas afirmam que felicidade e efeitos positivos nos níveis de cortisol,
apoio social, gratidão e comportamento altruísta estão associados ao bem estar,
a satisfação com a vida e o bem-estar emocional, o que aumentam o uso de
estratégias apropriadas para lidar com a doença.
A intervenção positivas em pacientes no
processo de reabilitação tem sessões destinadas ao acolhimento e aquecimento,
estimular o sentido da vida, atribuir sentido positivo as adversidades, desenvolver o olhar e a expressão cognitiva
positivamente e por fim promover a resolução de problemas.
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