Cuidado paliativo deve ser antecipado; prática amplia sobrevida e bem-estar
Postado por: Marcelle Leite Mota
O diagnóstico de câncer vem
sendo cada vez mais frequente e temido por aqueles que os recebem e seus
familiares. O sentimento de insegurança é agravado sobre quais diretrizes
seguir quando o câncer se encontra em estágio avançado. Os cuidados paliativos
com a proposta prioritária de promover o conforto e qualidade de vida do
paciente vem sendo cada vez mais discutido e estudado. Para tal, se faz
necessário ser desenvolvido por uma equipe multiprofissional composta, entre
outras profissões, pelo psicólogo. A notícia abaixo, além de reforçar a prática
paliativista quando indicada, ressalta os seus benefícios de uso antecipados e
ao ser direcionados para o público infanto-juvenil.
No
caso de câncer em fase avançada, assistência aos pacientes deve começar até
oito semanas após o diagnóstico
Prática geralmente associada à
assistência dada a pacientes terminais, os cuidados paliativos ganharam neste
mês novo status. Consenso aprovado no último congresso da Associação Americana
de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), prevê que as práticas voltadas ao
conforto e à qualidade de vida do paciente devem começar no máximo oito semanas
após o diagnóstico da doença avançada, e não apenas na fase final da patologia.
Segundo as análises
apresentadas, a prática aumenta a sobrevida do paciente com câncer, melhora a
qualidade de vida e minimiza os sintomas trazidos pela doença. “A nova diretriz
reforça uma tendência que já vínhamos tentando praticar há anos, da intervenção
precoce”, explica André Filipe Junqueira dos Santos, vice-presidente da
Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Pesquisa conduzida pelo
especialista em um hospital de Ribeirão Preto mostrou que os pacientes
oncológicos só são encaminhados à equipe de cuidados paliativos cerca de seis
meses após o diagnóstico da doença metastática.
(...) Com o aumento nos casos de câncer no País e a
importância dada a novas abordagens de cuidados paliativos, profissionais de
todo o País se preparam para lidar com isso nas mais difíceis situações, como
em casos de câncer infantojuvenis.
(...) Para a médica, o grande desafio é promover a
“construção de mentalidade, a mudança de pensamento” entre os próprios médicos.
“Nós, intensivistas, somos treinados para entubar, pegar veias e devolver
aquela criança para a família. Falta na nossa formação esse outro olhar: tem um
momento que essas coisas não são possíveis. É preciso um outro tipo de cuidado,
cuidar daquela família, transformar aquele momento. ”
Fonte: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,cuidado-paliativo-deve-ser-antecipado-pratica-amplia-sobrevida-e-bem-estar,70001857151
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