Cuidado paliativo deve ser antecipado; prática amplia sobrevida e bem-estar

18:27
Postado por: Marcelle Leite Mota

O diagnóstico de câncer vem sendo cada vez mais frequente e temido por aqueles que os recebem e seus familiares. O sentimento de insegurança é agravado sobre quais diretrizes seguir quando o câncer se encontra em estágio avançado. Os cuidados paliativos com a proposta prioritária de promover o conforto e qualidade de vida do paciente vem sendo cada vez mais discutido e estudado. Para tal, se faz necessário ser desenvolvido por uma equipe multiprofissional composta, entre outras profissões, pelo psicólogo. A notícia abaixo, além de reforçar a prática paliativista quando indicada, ressalta os seus benefícios de uso antecipados e ao ser direcionados para o público infanto-juvenil.

No caso de câncer em fase avançada, assistência aos pacientes deve começar até oito semanas após o diagnóstico

Prática geralmente associada à assistência dada a pacientes terminais, os cuidados paliativos ganharam neste mês novo status. Consenso aprovado no último congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), prevê que as práticas voltadas ao conforto e à qualidade de vida do paciente devem começar no máximo oito semanas após o diagnóstico da doença avançada, e não apenas na fase final da patologia.
Segundo as análises apresentadas, a prática aumenta a sobrevida do paciente com câncer, melhora a qualidade de vida e minimiza os sintomas trazidos pela doença. “A nova diretriz reforça uma tendência que já vínhamos tentando praticar há anos, da intervenção precoce”, explica André Filipe Junqueira dos Santos, vice-presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Pesquisa conduzida pelo especialista em um hospital de Ribeirão Preto mostrou que os pacientes oncológicos só são encaminhados à equipe de cuidados paliativos cerca de seis meses após o diagnóstico da doença metastática.
(...) Com o aumento nos casos de câncer no País e a importância dada a novas abordagens de cuidados paliativos, profissionais de todo o País se preparam para lidar com isso nas mais difíceis situações, como em casos de câncer infantojuvenis.
(...) Para a médica, o grande desafio é promover a “construção de mentalidade, a mudança de pensamento” entre os próprios médicos. “Nós, intensivistas, somos treinados para entubar, pegar veias e devolver aquela criança para a família. Falta na nossa formação esse outro olhar: tem um momento que essas coisas não são possíveis. É preciso um outro tipo de cuidado, cuidar daquela família, transformar aquele momento. ”

Fonte: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,cuidado-paliativo-deve-ser-antecipado-pratica-amplia-sobrevida-e-bem-estar,70001857151

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