Aspectos económicos y epidemiológicos de los transtornos de anseidad generalizada: uma revisión de la literatura.

                                                                                      Resenhado por Rafael Matos

Albarracín, G., Rovira. J., Carreras, L. & Rejas, J (2008). Aspectos económicos y epidemiológicos de los trastornos de ansiedad generalizada: Una revisión de la literatura. Actas Espanolas de Psiquiatria. 36,165-176.
            O presente artigo objetiva por meio de uma revisão de literatura determinar qual a prevalência estimada, quais as diretrizes de tratamento mais utilizadas e os custos que o transtorno de ansiedade generalizada gera na Espanha.
            A ansiedade é uma emoção natural, presente em todas as pessoas, só que em graus diferentes. Apresenta uma função adaptativa, uma vez que alerta o indivíduo quanto a uma ameaça potencial. Entretanto, quando em nível elevado provoca mudanças somáticas e psicológicas que influenciam de modo negativo na conduta e no funcionamento das pessoas.
            O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um exemplo desta amplificação do nível de ansiedade, sendo ainda, caracterizado pela inexistência de uma circunstância particular ambiental que o cause.
            Juntamente com o Transtorno de Abuso de Substâncias, o TAG é o transtorno psiquiátrico mais frequente na Europa e nos EUA, acometendo respectivamente 2 e 5% da população. Segundo estudo realizado em seis países pela ESEMeD ( European Study ofthe Epidemiology of Mental Disorder) é estimado que cerca de 14% dos europeus desenvolvam algum transtorno de ansiedade em algum momento da vida.
            Quanto ao tratamento, os autores mostram que o TAG apresenta algumas dificuldades, uma vez que este transtorno é subdiagnosticado, ou seja, ainda não é suficientemente explicado e identificado por si mesmo; e ainda possui uma alta taxa de comorbidade com outros transtornos, para citar alguns: depressão maior, que por sua vez esta está associada ao diabetes mellitus, os transtornos decorrentes do uso abusivo de substâncias, transtorno do pânico, dentre outros. Desta forma, o diagnóstico do TAG passa a ser por exclusão, tendo o profissional que descartar outras enfermidades médicas.
           Em relação aos custos, este envolve gastos desde necessidades correspondentes a atenção primária quanto à atenção de serviços de urgência e hospitalização, além da fabricação de medicamentos, uma vez que na Espanha um dos tratamentos mais utilizados dá-se com o uso de fármacos, sendo os benzodiazepínicos, os ansiolíticos e os antidepressivos os mais utilizados.
           Finalizando, os autores do artigo trazem uma contribuição a respeito dos custos causados devido ao TAG, custos estes que não podem ser delimitados especificamente, visto à alta taxa de comorbidade que o transtorno em questão apresenta. Desta forma a conclusão dos estudos mostrados aqui neste artigo tem uma utilidade limitada já que permite somente fazer uma análise dos aspectos econômicos da TAG por associações com os transtornos. Todavia aqui nos é interessante, já que nos faz pensar que às vezes uma condição médica está associada a outras, o que implica no momento de decisão quanto à postura que deve ser tomada, considerando o todo e não uma parte do problema.



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