Infartos em mulheres podem ser confundidos com ansiedade

16:54
Postado por Laís Santos
Estudo feito no Canadá revela dado preocupante: as mulheres estão mais propensas a morrer de ataque cardíaco em decorrência de um diagnóstico mal feito que atribua seu mal-estar a um ataque de ansiedade. Tal pesquisa, de certo modo, além de nos mostrar, em parte, certa negligência no âmbito da saúde, revela desconhecimento acerca do que vem a ser um transtorno de ansiedade. De fato, este transtorno provoca reações somáticas semelhantes as um ataque cardíaco, como por exemplo, há um aumento do cardíaco, além da contração de vasos periféricos para que se concentre sangue em áreas vitais, bem como a um aumento na frequência da respiração do indivíduo. Vale ressaltar que a ansiedade em si é uma reação normal, em outras palavras, é uma resposta do corpo a algum estressor externo. Porém, o tratamento que é dado aos homens deveria ser o mesmo oferecido às mulheres, ou seja, as mulheres deveriam ter acesso aos exames necessários para se diagnosticar um possível ataque cardíaco, com a mesma velocidade que os homens; assim, certamente, mais vidas seriam preservadas.

 As mulheres são mais propensas do que os homens a morrer de ataque cardíaco devido a um diagnóstico mal feito que atribui seu mal-estar a um ataque de ansiedade, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira no Canadá.Cientistas da Universidade de McGill em Montreal pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração.Para isto, interrogaram 1.123 pacientes de 18 a 55 anos hospitalizados em 24 instituições do Canadá, mas também em um hospital dos Estados Unidos e outro da Suíça. Os pacientes, todos com síndrome coronariana aguda, responderam aos cientistas nas 24 horas posteriores à sua entrada no centro médico.As mulheres entrevistadas tinham origem sócio-econômica mais modesta do que os homens que participaram do estudo. Por fim, elas demonstraram correr mais riscos de sofrer dediabetes e hipertensão, havia mais casos de doenças cardíacas em suas famílias e tinham mais possibilidades de sofrer de depressão e ansiedade do que os homens.Os cientistas, cujos estudos são publicados na revista da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, os homens eram mais submetidos a eletrocardiogramas rápidos e desfibrilação do que as mulheres.Os pesquisadores explicam esta diferença de tratamento pelo fato de que as mulheres costumam recorrer com mais frequência do que os homens ao serviço de emergência com dor torácica de origem não cardíaca.Além disso, "a prevalência da síndrome coronariana aguda é menor entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens", disse a principal pesquisadora do estudo, Louise Pilote.Estes resultados, explicou, sugerem que o pessoal médico têm mais probabilidades de confundir um evento cardíaco nas mulheres com sintomas de ansiedade.
 

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