Aspectos gerais das escalas de avaliação de ansiedade
Resenhado
por Laís Santos
Andrade,
L., & Gorenstein, C. (1998). Aspectos
gerais das escalas de avaliação de ansiedade. Revista de Psiquiatria Clínica, 25, 285-290.
A ansiedade é uma condição emocional
composta por fatores psicológicos e fisiológicos, típica dos seres humanos. Ela
passa a ser patológica a partir do momento em que há um descompasso no que
tange a situação desencadeadora ou quando não existe um objeto a qual ela se
direcione. É importante salientar que de modo geral os transtornos de ansiedade
ocorrem com grande incidência, e, além disso, os sintomas ansiosos ocorrem com
facilidade em diversos períodos da vida humana, sem, necessariamente o sujeito
estar com algum tipo de transtorno.
Sabe-se que a
ansiedade abrange uma variedade enorme de desconfortos somáticos. Existem
várias escalas que tentam abarcar todos esses fatores, entretanto, a grande
maioria enfatiza mais um aspecto do que outro. Há algumas escalas destinadas a
aferir a ansiedade entendida como normal e a patológica; bem como, algumas com
finalidade diagnóstica e outras com o objetivo de mensurar a intensidade e/ou
gravidade da ansiedade nos sujeitos previamente diagnosticados. O modo de
interpretar os resultados obtidos através das escalas é muito importante; não
se deve escolher uma escala de modo aleatório, sem levar em consideração, por
exemplo, as propriedades do instrumento. De modo sucinto, as escalas de
ansiedade medem diversos fatores, que podem ser agrupados com base nos
seguintes temas: humor, cognição, comportamento, Estado de hiperalerta,
sintomas somáticos, baixa concentração, esquecimento, dentre outros.
É importante frisar que há uma
distinção entre ansiedade-traço e ansiedade-estado. O primeiro tipo, diz
respeito a algo mais permanente, ou seja, uma característica própria do
indivíduo; já ansiedade-estado, corresponde a algo transitório ligado a
determinada situação. Em linhas gerais, as escalas mais utilizadas dentro da
avaliação clínica são: Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A; Hamilton, 1959);
Escala de Ansiedade de Beck (Beck et
al., 1988); Escala Clínica de Ansiedade (Clinical Anxiety Scale - CAS; Snaith et al., 1982); Escala breve de ansiedade (BAS; Tyrer et al., 1984) e a Escala breve de
avaliação psiquiátrica (BPRS; Overall et
al., 1962). Dentre as escalas de autoavaliação, as mais utilizadas são:
a Escala de ansiedade de Zung (Zung, 1971); o Inventário de Ansiedade
Traço-Estado (IDATE; Spielberger et al., 1970, STAI); a Escala de Ansiedade Manifesta
de Taylor (Taylor, 1953);
a Subescala de Ansiedade do Symptom Checklist (SCL-90; Derogatis et al., 1973); a
POMS (Profile of Mood States - POMS; Lorr & McNair, 1984)
e por fim a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS; Zigmond & Snaith, 1983).
a Subescala de Ansiedade do Symptom Checklist (SCL-90; Derogatis et al., 1973); a
POMS (Profile of Mood States - POMS; Lorr & McNair, 1984)
e por fim a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS; Zigmond & Snaith, 1983).
Por fim, entende-se que a ansiedade é um transtorno
bastante comum dentre a sociedade, composto por uma sintomatologia vasta.
Diante dessas características, se torna ainda mais importante ter atenção no
que diz respeito ao diagnóstico e mensuração da intensidade de tal transtorno;
sempre fazendo o uso de escalas e instrumentos que se adéquem ao objetivo
proposto.
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