A autoestima e o comportamento suicida em estudantes universitários: uma revisão da literatura

Silva, D. A. (2019). A autoestima e o comportamento suicida em estudantes universitários: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (23), e422. doi:10.25248/reas.e422.2019


Resenhado por Millena Bahiano

 

A autoestima pode ser compreendida como um sentimento que decorre da aprovação ou desaprovação de si mesmo, sendo também caracterizada pela autoavaliação. Atualmente, a autoestima, tem sido considerada como um relevante indicador de saúde mental e se relaciona, intensamente, com o processo de tomada de decisões e enfrentamento de adversidades.

Ao ingressar na universidade os estudantes precisam lidar com a fadiga decorrente do elevado número de atividade e de avalições, com a insegurança do futuro profissional e com autocobrança. Além disso, por vezes, vivenciam a separação do núcleo familiar e pressão por resultados, tendo em vista os investimentos realizados. Tais variáveis podem gerar sentimentos de angústia, tristeza e vir a comprometer a saúde mental dos acadêmicos tornando-os mais suscetíveis ao desenvolvimento de problemas relacionados a autoestima e ao risco de apresentar comportamento suicida.

Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura cujo objetivo foi compreender as relações entre a autoestima e o comportamento suicida em estudantes universitários. A pesquisa foi realizada de forma não sistemática, a partir da leitura na íntegra e análise crítica dos artigos encontrados em bases de dados científicas gratuitas e disponíveis. Os resultados, evidenciaram o papel protetivo da autoestima mediante situações de estresse em universitários, uma vez que, a autoestima elevada combateu o estresse a baixa autoestima amplificou as adversidades atreladas ao contexto acadêmico.

Os autores também pontuaram que a autoestima tem o potencial de interferir, positivamente ou negativamente, na vida dos estudantes e encontra-se associada ao sucesso ou fracasso no desempenho acadêmico. Ademais, com a autoestima diminuída, sentimentos negativos e autodestrutivos podem se instalar e ocasionar problemas decorrentes do uso abusivo de medicamentos e substâncias psicoativas, além de favorecer a presença de comportamento suicida nos estudantes.

De acordo com os dados observados, a autoestima pode ser desenvolvida a partir de vivências do cotidiano e as relações interpessoais tem papel importante nisso, uma vez que, ao favorecer a construção da autoestima propicia a formação da identidade do sujeito. Desse modo, cabe à Psicologia da Saúde, elaborar ações, debates e intervenções que visem a recuperação da saúde mental do estudante no ambiente acadêmico. A fim de que a universidade seja um espaço de crescimento, aprendizado e bem-estar psicológico, não limitando-se apenas a formação profissional baseada em aprovação curricular.

 


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