Otimismo melhora a saúde e faz viver mais

20:51


Postado por Mariana Menezes

O otimismo é um construto psicológico que envolve expectativas positivas a cerca de acontecimentos do presente ou do futuro. Pessoas otimistas esperam e acreditam que coisas boas aconteçam com elas e com outras pessoas. Quanto mais experimentamos afetos, emoções e pensamentos positivos melhor será a nossa saúde. Nessa perspectiva, o otimismo, enquanto experiência subjetiva positiva, melhora a saúde frente a situações difíceis diminuindo o risco de problemas de saúde e fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, ele também está relacionado a uma recuperação mais rápida após a ocorrência de eventos potencialmente estressores como o término de um relacionamento amoroso, problemas financeiros graves, doenças ou mortes na família. A notícia abaixo, baseada em diferentes estudos, reuniu evidências dos efeitos benéficos do otimismo para a saúde.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=otimismo-melhora-saude-faz-viver-mais&id=6247


Uma revisão de mais de 160 estudos encontrou "provas claras e convincentes" que - tudo o mais constante - as pessoas de bem com a vida tendem a viver mais e ter melhor saúde do que as pessoas infelizes.
Esta é a análise mais abrangente já feita das ligações entre a forma de encarar a vida e seus efeitos sobre a saúde.
Ed Diener, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisou estudos de longo prazo, testes experimentais feitos em seres humanos, experimentos com animais e estudos que avaliam o estado de saúde das pessoas estressadas por eventos naturais.
"Nós revisamos oito tipos diferentes de estudos", disse Diener. "E a conclusão geral de cada tipo de estudo é que o seu bem-estar subjetivo - ou seja, ter uma postura positiva sobre sua vida, não se estressar e não ficar deprimido - contribui para a longevidade e para uma melhor saúde entre indivíduos que não estão acometidos por outras doenças."
Valor do otimismo
Um estudo que acompanhou cerca de 5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos, por exemplo, descobriu que aqueles que eram mais pessimistas quando estudantes tenderam a morrer mais jovens do que seus colegas mais otimistas.
Um estudo ainda mais longo prazo, que monitorou 180 freiras católicas do início da idade adulta até a velhice, descobriu que aquelas que escreveram autobiografias positivas aos 20 anos de idade tenderam a viver mais do que aquelas que escreveram relatos mais negativos de suas vidas na juventude.
Houve algumas exceções, mas a maioria dos estudos de longo prazo concluíram que ansiedade, depressão, falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo, todos são associados com taxas mais elevadas de doença e uma vida mais curta.
Mesmo entre os animais há uma forte ligação entre estresse e saúde frágil.
Experimentos em animais que receberam os mesmos cuidados, mas diferiam em seus níveis de estresse (como resultado de haver muitos machos em suas gaiolas, por exemplo) revelaram que animais estressados são mais suscetíveis a doenças cardíacas, têm sistemas imunológicos mais fracos e tendem a morrer mais jovens do que aqueles que viviam em condições menos estressantes.
Experimentos de laboratório em humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após um esforço físico.
Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade entre casais foram associados com cicatrização lenta de ferimentos e pior resposta imunológica.
Recomendações para uma boa saúde
"Eu fiquei quase chocado e certamente surpreso ao ver a consistência dos dados," afirmou Diener. "Todos esses diferentes tipos de estudos apontam para a mesma conclusão: que a saúde e a longevidade são influenciadas por nossos humores."
"A felicidade não é nenhuma bala mágica," disse ele. "Mas a evidência é clara e convincente que ela muda suas chances de contrair doenças ou morrer jovem."
As atuais recomendações para uma boa saúde estão focadas em quatro itens: evitar a obesidade, comer direito, não fumar e fazer exercícios físicos.
Talvez seja hora de "acrescentar à lista seja feliz e evite a raiva crônica e a depressão," defende o pesquisador.

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