Psicologia da saúde e psicologia positiva: perspectivas e desafios
Resenhado por Brenda Fernanda
Calvetti,
P. Ü., Muller, M. C., & Nunes, M. L. T. (2007). Psicologia da saúde e
psicologia positiva: Perspectivas e desafios. Psicologia: Ciência e Profissão, 27(4), 706-717.
O
artigo objetiva discutir a interface da Psicologia da saúde e Psicologia
positiva no processo saúde-doença. Os autores fazem um breve resumo acerca das
contribuições da Psicologia da saúde, que visa à prevenção e ao tratamento do
processo saúde-doença e à identificação dos fatores relacionados ao
desenvolvimento de enfermidades, bem como busca contribuir para a melhoria dos
serviços de saúde e para a elaboração de políticas sanitárias adequadas. Nesse
sentido, essa área centra-se na atenção primária, secundária e terciária. Para
tanto, é importante haver integração do psicólogo com outros profissionais da
área da saúde.
No que concerne às contribuições da
Psicologia positiva, Calvetti, Muller e Nunes (2007) relatam que a Psicologia
científica focou, por muitos anos, na patologia e na reparação do dano, de modo
que fez-se necessária também a atenção aos aspectos sadios do desenvolvimento
humano (Aspiwall & Staudinger, 2003; Seligman & Czikszentmihalyi,
2000). Em relação às contribuições para a Psicologia clínica, destacam-se
aspectos como resiliência, sabedoria e conhecimento, coragem, amor, justiça e
transcendência (Seligman & Peterson, 2003). Salienta-se também a
importância da prevenção no processo de psicoterapia, como a atenção ao otimismo
como forma de prevenir a depressão e a ansiedade em crianças e adultos. Nesse
sentido, a prática da Psicologia positiva propõe estimular o desenvolvimento
das forças positivas inerentes à pessoa e sugere o investimento em intervenções
nesse enfoque.
Ademais, os autores apresentam perspectivas e
desafios na interface entre Psicologia da saúde e Psicologia positiva, trazendo
à luz construtos que se relacionam à qualidade de vida e bem-estar, como a
espiritualidade. Assim, o estudo sobre
qualidade de vida permite visualizar os aspectos da vida da pessoa que estão
mais saudáveis e os que estão mais prejudicados, de modo que os resultados da
investigação possam auxiliar num planejamento de intervenção psicossocial, no
intuito de promover a saúde. Além disso, estudam-se também aspectos como
enfretamento do estresse, resiliência, apoio social, felicidade, a fim de
contribuir para o entendimento dos mecanismos de proteção e promoção da saúde.
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