Reflexões sobre a prática clínica em Gestalt-terapia: Possibilidades de acesso à experiência do cliente

 

Almeida, J. M. T. (2010). Reflexões sobre a prática clínica em Gestalt-terapia: Possibilidades de acesso à experiência do cliente. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies16(2), 217-221. Recuperado em 16 de novembro de 2020 de https://www.redalyc.org/pdf/3577/357735614012.pdf

Resenhado por Maísa Carvalho

A Gestalt-terapia, fundada por Fritz e Laura Perls em 1940, é uma abordagem psicoterapêutica que bebeu das fontes da fenomenologia, do existencialismo dialógico e da Teoria do campo de Kurt Lewin. Amplamente conhecida por focalizar os processos psicológicos no “aqui e agora” e analisar o ser humano de forma holística, assim como em outras experiências iniciais com outras abordagens, o gestalt-terapeuta iniciante também possui dificuldades sobre como abordar as queixas e problemáticas do cliente sob a luz da abordagem. Pensando nisso, o artigo objetivou discorrer sobre possíveis caminhos que podem guiar o recém-terapeuta no tratamento.

Inicialmente, o cliente chega à terapia apresentando queixas e sintomas, bem como uma falência nas tentativas de resolução desses problemas. É esperado que o cliente tente, e até deseje buscar respostas ou justificativas para tal, entretanto, o papel do gestalt-terapeuta, ancorado na teoria do campo, é acolher e analisar o fenômeno holisticamente, assim como explicitar para o cliente que o psiquismo é explicado pela multiplicidade de eventos. Para a gestalt, buscar os “porquês” pode ser tentador, mas não auxilia no processo de cura e nem alivia o sofrimento.

Outro enfoque importante é a compreensão da experiência e a relação entre cliente e terapeuta. Um dos maiores objetivos da terapia é a investigação e a compreensão da experiência do cliente, percebendo como esse o sente corporalmente e como experiencia os eventos da vida. Nesse ponto, o acolhimento proporcionado pelo psicoterapeuta é essencial e também diferencial, visto que, de forma geral, o papel do psicoterapeuta gestáltico é proporcionar um acolhimento dialógico e fenomenológico ao cliente, evitando os vieses que podem interferir nesse processo, contudo sem esquecer do seu papel na relação.

Em relação à linguagem, para a Gestalt essa é a expressão máxima da capacidade humana de simbolização da experiência. Quando é simbolizada, gera sentido e é integrada ao que já foi vivido pelo cliente. As palavras e pensamentos, tidos como uma fala interiorizada, são significados pela experiência, originando crenças e norteando comportamentos. Assim, a gestalt-terapia enfatiza o acolhimento e encoraja o pensamento que dá suporte à experiência.

Por fim, a pessoa, vista como casa, é o elemento mais importante para a Gestalt. De forma resumida, o percurso terapêutico desta abordagem visa integrar todos os elementos importantes relacionados ao sujeito, não o vendo como um ser fragmentado, e sim percebendo-o como ser unificado e completo. Em sua prática profissional, o psicólogo da saúde pode acolher e realizar intervenções nos pacientes com base na Gestalt-terapia, adaptando-a aos seus contextos de atuação.

Almeida, J. M. T. (2010). Reflexões sobre a prática clínica em Gestalt-terapia: Possibilidades de acesso à experiência do cliente. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies16(2), 217-221. Recuperado em 16 de novembro de 2020 de https://www.redalyc.org/pdf/3577/357735614012.pdf

Resenhado por Maísa Carvalho

A Gestalt-terapia, fundada por Fritz e Laura Perls em 1940, é uma abordagem psicoterapêutica que bebeu das fontes da fenomenologia, do existencialismo dialógico e da Teoria do campo de Kurt Lewin. Amplamente conhecida por focalizar os processos psicológicos no “aqui e agora” e analisar o ser humano de forma holística, assim como em outras experiências iniciais com outras abordagens, o gestalt-terapeuta iniciante também possui dificuldades sobre como abordar as queixas e problemáticas do cliente sob a luz da abordagem. Pensando nisso, o artigo objetivou discorrer sobre possíveis caminhos que podem guiar o recém-terapeuta no tratamento.

Inicialmente, o cliente chega à terapia apresentando queixas e sintomas, bem como uma falência nas tentativas de resolução desses problemas. É esperado que o cliente tente, e até deseje buscar respostas ou justificativas para tal, entretanto, o papel do gestalt-terapeuta, ancorado na teoria do campo, é acolher e analisar o fenômeno holisticamente, assim como explicitar para o cliente que o psiquismo é explicado pela multiplicidade de eventos. Para a gestalt, buscar os “porquês” pode ser tentador, mas não auxilia no processo de cura e nem alivia o sofrimento.

Outro enfoque importante é a compreensão da experiência e a relação entre cliente e terapeuta. Um dos maiores objetivos da terapia é a investigação e a compreensão da experiência do cliente, percebendo como esse o sente corporalmente e como experiencia os eventos da vida. Nesse ponto, o acolhimento proporcionado pelo psicoterapeuta é essencial e também diferencial, visto que, de forma geral, o papel do psicoterapeuta gestáltico é proporcionar um acolhimento dialógico e fenomenológico ao cliente, evitando os vieses que podem interferir nesse processo, contudo sem esquecer do seu papel na relação.

Em relação à linguagem, para a Gestalt essa é a expressão máxima da capacidade humana de simbolização da experiência. Quando é simbolizada, gera sentido e é integrada ao que já foi vivido pelo cliente. As palavras e pensamentos, tidos como uma fala interiorizada, são significados pela experiência, originando crenças e norteando comportamentos. Assim, a gestalt-terapia enfatiza o acolhimento e encoraja o pensamento que dá suporte à experiência.

Por fim, a pessoa, vista como casa, é o elemento mais importante para a Gestalt. De forma resumida, o percurso terapêutico desta abordagem visa integrar todos os elementos importantes relacionados ao sujeito, não o vendo como um ser fragmentado, e sim percebendo-o como ser unificado e completo. Em sua prática profissional, o psicólogo da saúde pode acolher e realizar intervenções nos pacientes com base na Gestalt-terapia, adaptando-a aos seus contextos de atuação.

 

 

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