Técnicas cognitivos
Petersen, C.S., Koller, S.H., Vasconcelos, D., & Teixeira,
M.A.P (2008). Efeitos da terapia cognitivo comportamental em pessoas vivendo
com HIV/aids. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 4 (2), 91-106. doi: 10.5935/1808-5687.20080017
Resenhado por: Catiele Reis
O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de
terapia cognitivo-comportamental em grupo – o projeto Eurovihta, para promover
qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/aids. Nesse sentido, a melhoria do
constructo está diretamente relacionada à adesão à terapia anti-retroviral e
pode influenciar na ocorrência de comportamentos positivos aos cuidados de
saúde, reduzindo ou eliminando comportamentos de risco.
O Eurovihta foi um programa de intervenção que agregou
técnicas cognitivas, comportamentais e da abordagem gestáltica, com o objetivo
de auxiliar os pacientes a enfrentarem de um modo mais efetivo as questões
relacionadas à doença. A intervenção baseada no Eurovihta Project foi composta
de diferentes atividades que pretendiam facilitar a discussão de problemas que
afetam as pessoas que dele participam. Participaram do estudo 89 pessoas
organizadas em dois grupos: com e sem tratamento psicológico (Grupos G1 e G2).
Ao final restaram apenas 30 pacientes, sendo 19 do G1 e os demais do G2.
O grupo G1 seguiu com a proposta do programa
Eurovihta Project com o objetivo de auxiliar os pacientes a enfrentarem mais
efetivamente a doença. Diferentes atividades buscaram facilitar a discussão de problemas
que afetavam as pessoas. Essa terapia consistiu em encontros de grupo que
duravam cerca de duas horas cada, e eram iniciadas por um exercício de
relaxamento (20 a 30 min) e finalizadas com um tempo livre de 45 minutos em
cada encontro. As variáveis qualidade de vida, depressão, estresse, apoio
social, CD4 e carga viral foram mensuradas antes e depois da intervenção.
O presente estudo apontou resultados positivos quanto
à possível efetividade de um modelo de terapia cognitivo-comportamental em grupo
(Eurovitha) para tratar depressão em pessoas vivendo com aids. As estratégias
cognitivas e comportamentais têm se mostrado eficazes para manejo de estresse,
melhora do estado psicológico e para promover qualidade de vida em pessoas
vivendo com HIV/aids. Os resultados mostraram redução na depressão e aumento no
apoio social instrumental no grupo que participou da intervenção. As variáveis
CD4 e carga viral não mostraram nenhuma relação com o tratamento psicológico
preconizado neste estudo. Implicações destes resultados para serviços de
atenção a pacientes com HIV/ aids são apresentadas.
Nenhum comentário: