Técnicas cognitivo-comportamentais no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo: uma investigação baseada em evidências
Oliveira, A.J., Rosa, D.G., Ferro, L.A., & Rezende, M.M.
(2018). Técnicas cognitivo-comportamentais no tratamento obsessivo-compulsivo:
uma investigação baseada em evidências. Revista de Psicologia da UNESP, 18 (1), 30-49.
Resenhado
por: Catiele Reis
O transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) é
considerado umas das maiores causas de incapacitação para o trabalho e para a
vida acadêmica, uma vez que, em 10% dos casos, sua sintomatologia mostra-se tão
incapacitante quanto os sintomas encontrados em pacientes esquizofrênicos
(Niederauer, Braga, Souza, Meyer & Cordioli, 2007; Cordioli, 2014). Ele é caracterizado
por obsessões e compulsões que afeta significativamente a qualidade de vida dos
indivíduos. Na esfera do tratamento, a Terapia Cognitivo comportamental (TCC)
vem demonstrando resultados satisfatórios na remissão dos sintomas
obsessivo-compulsivos devido à união de técnicas cognitivas e a aplicação da
terapia comportamental denominada de Exposição de Prevenção de Respostas (EPR)
(Rodrigues, 2014).
Este estudo objetivou identificar quais
técnicas de Terapia Comportamental Cognitiva (TCC) mais utilizadas em
psicoterapia para que seus resultados sirvam de base para a tomada de decisões
clínicas baseadas em evidências. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de
revisão de literatura integrativa buscando estudos de casos clínicos.
A psicoeducação foi a técnica mencionada
em todos os casos clínicos considerados pelo estudo e ocorreu na primeira fase
do tratamento. Considera-se que a psicoeducação seja uma das prerrogativas
básicas da TCC que é ensinar ao paciente a pensar sobre aquilo que ele vivência
e os pensamentos que advém deste processo. Ademais, outras técnicas também
foram mencionadas, a exemplo, da exposição gradativa as situações, além da
exposição por imaginação foram muito utilizados. Em ambos os casos, os
pacientes construíam colaborativamente com o terapeuta eventos e rotinas
desencadeantes ao TOC para que eles pudessem passar gradualmente por cada uma
delas. Outros recursos usados foram a restruturação cognitiva e técnicas de
relaxamento.
Ressalta-se como limitações deste artigo o
pequeno número de estudos de casos publicados relacionado ao tema, o que foi um
dificultador para a produção desta pesquisa. Observou-se, em todos os relatos
de caso levantados, que a psicoeducação foi utilizada no intuito de facilitar a
inserção dos exercícios de EPR, uma vez que o paciente pode mostrar-se
relutante ao se deparar com os estímulos temidos.
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