Ácido fólico pode diminuir os riscos do autismo na gravidez!
Postado por Tathianne Almico
O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9 ou M, é uma substância
fundamental para a formação da coluna e desenvolvimento do cérebro do bebê. Um
estudo publicado no periódico científico The
Journal of the American Medical Association constatou que o consumo de ácido
fólico está associado a um menor risco de autismo. Os pesquisadores observaram que no
grupo das crianças cujas mães tomaram suplemento de ácido fólico um mês antes
de engravidar e nos dois primeiros meses de gestação, apenas 0,1% foram
diagnosticadas com autismo. Apesar de
não ser possível estabelecer uma causalidade, o estudo reforça a importância do
uso do suplemento de ácido fólico pelas grávidas. Segundo a Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o
suplemento de ácido fólico previne a maioria dos casos de anencefalia e também
outros Defeitos Abertos do Tubo Neural (DATN) no feto. É possível encontrar a
forma natural do ácido fólico (folato) nos alimentos de folhas verde-escuras,
como couve, brócolis e espinafre, além de feijão, lentilha, ervilha, milho,
amendoim e morango. Ele também é encontrado no suco de laranja e na carne de
fígado. No Brasil, é obrigatória a adição de ferro e ácido fólico nas farinhas
de trigo e de milho industrializadas. Diante disto, recomenda-se que tanto as
mulheres grávidas, quanto as que pretendem engravidar, procurem um profissional
da área (Obstetra) para se informar melhor sobre o assunto e seguir as medidas
mais adequadas.
Um extenso estudo americano concluiu que tomar suplementos de ácido fólico durante a gravidez reduz em até 40% o risco de o bebê ter autismo. Essa vitamina, presente em alimentos como brócolis, tomate, lentilha e também em bebidas como a cerveja, diminui as chances de haver má formação congênita, mas ainda não está claro se a substância protege a criança contra problemas neurológicos. A nova pesquisa, publicada nesta quarta-feira no periódico The Journal of The American Association (JAMA), fornece novas evidências que reforçam tal relação, que já havia sido apontada por trabalhos anteriores.De acordo com os resultados da pesquisa, mães que fizeram uso de suplementos de ácido fólico antes e durante a gestação tiveram filhos com um risco até 40% menor de serem diagnosticados com autismo na infância. Esse benefício foi observado apenas em mulheres que tomaram os suplementos durante o período entre quatro semanas antes de engravidarem e oito semanas após o início da gestação — o que revela que o momento do consumo da vitamina é crucial para reduzir os riscos de saúde ao bebê. Os pesquisadores não encontraram evidências de que outros suplementos alimentares, como de ômega-3, por exemplo, na gravidez influenciam no risco de autismo no filho.Consumo ideal — Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o consumo de suplementos de ácido fólico é indicado para prevenir anencefalia (defeito congênito na formação do cérebro e da medula) e espinha bífida (formação anômala dos ossos da coluna vertebral) — dois defeitos de fechamento do tubo neural (estrutura que dará origem ao sistema nervoso central do bebê, incluindo cérebro e coluna). A recomendação do órgão é a de que as mulheres consumam 400 microgramas por dia de ácido fólico durante pelo menos um mês antes de engravidar e ao longo do primeiro trimestre de gestação — período em que o tubo neural está em pleno desenvolvimento. Em 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a adição de 4,2 miligramas de ferro e de 150 miligramas de ácido fólico para cada 100 gramas de farinha de trigo e de milho. A intenção era reduzir a prevalência de anemia por deficiência de ferro e prevenir defeitos do tubo neural.
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