Estresse e calor elevam o risco de derrame cerebral

15:50
Postado por Ariane de Brito
  
Temperaturas elevadas somadas ao estresse têm sido apontados como fatores que elevam o risco de derrame cerebral, ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). AVC é a principal causa de morte no Brasil, e nas regiões tradicionalmente quentes (com temperaturas entre 26°C e 32°C), quanto mais altas foram as temperaturas, maiores as chances de desenvolver AVC. Beber líquidos regularmente e seguir uma alimentação leve, além de conhecer os sintomas inicias do AVC, são algumas das medidas preventivas.
Para o cardiologista Percival Trindade, do Instituto do Coração, de Rio Preto, além de uma boa qualidade de vida, a pessoa tem de fazer um grande esforço para se manter longe do estresse. ‘Esta é sem dúvida a principal causa de palpitações, arritmia e outras sensações que trazem o paciente ao consultório. É preciso repensar algumas atitudes para que o coração não sofra sobrecargas’, diz”.


As altas temperaturas somadas a um estresse são o combustível para uma explosão que pode ser fatal dentro do cérebro: o popular derrame, ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), como é conhecido cientificamente. Em geral, o problema reúne fatores como desidratação, arritmias cardíacas, hemoconcentração e maior agregação plaquetária, vasodilatação e diminuição da pressão arterial. É sem dúvida um dos males que mais matam no Brasil. 
Quando se está atento aos sintomas, o AVC (que é de fácil diagnóstico), pode ser evitado. Porem, estudos realizados recentemente pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, mostraram que apenas 16% da população norte-americana consegue reconhecer corretamente os cinco sintomas de um derrame (veja tabela ao lado) e solicitar ajuda quando vê que alguém está tendo um derrame. 
Em regiões tradicionalmente quentes, as temperaturas situam-se entre 26°C e 32°C. Quanto mais os termômetros se elevam em relação à temperatura mais alta, maiores as chances de se desenvolver o AVC. Segundo o o cirurgião vascular José Dalmo de Araújo, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC) de Rio Preto, manter boa ingestão de líquidos (para uma hidratação correta) e fazer alimentação leve são as dicas a se seguir. “É importante ingerir muito líquido, investir em alimentação leve e se abrigar do sol. O consumo de bebidas alcoólicas, no entanto, é desaconselhado, uma vez que ajuda a desidratar o indivíduo.” 
Para o cardiologista Percival Trindade, do Instituto do Coração, de Rio Preto, além de uma boa qualidade de vida, a pessoa tem de fazer um grande esforço para se manter longe do estresse. “Esta é sem dúvida a principal causa de palpitações, arritmia e outras sensações que trazem o paciente ao consultório. É preciso repensar algumas atitudes para que o coração não sofra sobrecargas”, diz. 
Na prática, os médicos afirmam que o calor pode provocar a diminuição da pressão arterial devido à dilatação das artérias. O sangue, por sua vez, torna-se mais viscoso e com maior densidade de plaquetas - células sanguíneas responsáveis pela coagulação envolvida nos processos de trombose. A trombose é uma situação em que se formam coágulos no interior das artérias, obstruindo-as e interrompendo o fluxo de sangue. 
Além de fumantes, pessoas que sofrem com altas taxas de colesterol devem ter a atenção redobrada, pois estão entre as principais vítimas do derrame. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Fernando Nobre, o cuidado com a medição da pressão é fundamental, uma vez que a pressão alta é responsável por 80% dos AVCs. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o AVC é a principal causa de morte em todas as regiões do País, e dos pacientes que sobrevivem, 50% têm algum grau de comprometimento ou sequela. “Por isso é tão importante a adesão ao tratamento e a medição constante da pressão arterial”, diz Nobre. 

Saiba mais:
Sintomas 
Em geral, o AVC pode ser identificado com antecedência se houver atenção com os sintomas e sinais de alerta, que são: dor de cabeça muito forte, de instalação súbita (sobretudo se seguida de vômitos), fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, paralisia (dificuldade ou incapacidade de movimentação), perda da fala ou dificuldade para se comunicar, perda da visão ou dificuldade para enxergar com m ou ambos os olhos. 
Fatores de risco 
A maioria dos fatores de risco para AVC é passível de intervenção e correção, o que possibilita tratamento preventivo, a chamada prevenção primária. Entre os fatores de risco que podem ser tratados destacam-se: hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, consumo de drogas ilícitas, estresse, distúrbio das gorduras (como o colesterol elevado, por exemplo), doenças cardiovasculares cardíacas (sobretudo as que produzem rritmias), sedentarismo e doenças hematológicas. Existem, contudo, fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas, como pertencer à raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares, também aumentam a chance do problema. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas com maior frequência.   

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