Aspectos emocionais do luto e da morte em profissionais da equipe de saúde em contexto hospitalar
Faria, S. D. S., & Figuereido, J. D. S. (2017). Aspectos emocionais do luto e da morte em profissionais da equipe de saúde no contexto hospitalar. Psicologia Hospitalar, 15(1), 44-66.
Resenhado por Maria Clara
A morte é um processo inevitável que suscita diversas emoções naqueles que a presencia. O intenso contato dos profissionais da saúde com a morte exige o desenvolvimento de competências emocionais, pois ela é associada com o insucesso da equipe, fomentando sentimentos de angústia e estresse. Aqueles
que possuem relação prolongada com os pacientes tornam-se mais
suscetíveis ao estresse, acarretando em prejuízo no desempenho das suas
atribuições.
A literatura aponta que a formação dos profissionais de saúde tem voltado-se para técnica, com pouco conhecimento acerca do manejo no alívio do sofrimento do próximo e no
gerenciamento das suas próprias emoções. A manutenção da vida é o
propósito da profissão das equipes de saúde, logo, a morte é encarada
como um equívoco. O modo como a morte ocorre nos pacientes (suicídio, acidentes graves, etc) também pode influenciar na elaboração do luto por parte dos profissionais.
O
luto possui cinco estágios, a começar pela negação, seguida por
sentimentos de raiva, ressentimento e revolta que darão lugar a
barganha. A depressão antecede a aceitação, quinto e último estágio. Encarar
a morte enquanto realidade constante pode acarretar sentimento de
impotência e frustração nos profissionais da saúde, ocasionando
sofrimento psíquico.
Assim,
muitos deles utilizam da negação como mecanismo de defesa contra
experiências dolorosas tornando-se vulneráveis às consequências do luto mal elaborado. A Síndrome de Burnout é uma consequência que se relaciona ao esgotamento do profissional desencadeado pela exposição constante aos estressores presentes no seu trabalho, comprometendo a eficiência em suas atividades pessoais e laborais.
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