O COVID-19 aumenta a necessidade de acabar com as disparidades na saúde

Traduzido e adaptado por Amanda Feitosa 

A pandemia é um atual problema grave de saúde pública e que afeta todos nós; contudo, alguns grupos na sociedade são mais vulneráveis do que outros. Devido às desigualdades econômicas e sociais, pessoas com deficiência, idosos, indígenas, com baixa renda e tantos outros exemplificam a necessidade de estratégias de enfrentamento da pandemia que levem em conta as características de cada grupo e as disparidades em saúde existentes. Assim, alguns psicólogos sugerem medidas para serem implementadas nesse momento: 

1. Expandir o suporte econômico e social 
O auxílio emergencial do Governo é um bom exemplo disso, mas sozinho ele não é o bastante. São necessários mais programas que provenham as necessidades das famílias de baixa/média renda, as quais são as mais afetadas pela pandemia. Com sua fonte de renda comprometida, elas se encontram em uma situação vulnerável a ponto de não conseguir suprir necessidades básicas como alimento e moradia. Dessa forma, elas também ficam mais suscetíveis aos impactos psicológicos derivados da pandemia. Medidas de apoio do governo, por exemplo, a ampliação do seguro-desemprego, são necessárias a longo prazo. 

2. Construir confiança e coesão social 
Tendo em vista que comunidades que apresentam maior coesão social e confiança no meio de crises também demonstram mais resiliência e saúde geral, mostra-se essencial o fortalecimento dos laços entre vizinhos e pessoas de uma mesma localidade. Assim, os psicólogos devem auxiliar para a construção e melhoria dos vínculos entre esses indivíduos, além de os ajudar na identificação de soluções e estratégias que beneficiem a todos. 

3. Denuncie o ódio 
Junto com o medo e a incerteza do COVID-19 surge também o preconceito. Pessoas que desempenham um papel de influência na sociedade devem evitar a disseminação de notícias falsas e com conteúdo de ódio, além de incentivar a solidariedade durante esse período. E todos nós, se possível, devemos denunciar notícias que tenham caráter xenofóbico e/ou preconceituoso. 

4. Colete mais e melhores dados 
As instituições responsáveis por comunicar a disseminação do COVID-19 estão se esforçando para trazer os dados da forma mais confiável possível para a sociedade. Todavia, as estimativas da doença podem estar muito além da realidade apresentada. É preciso maior colaboração entre os governos (municipais, estaduais e federal) além de parcerias com instituições de ensino e pesquisa para trazer informações mais precisas e de qualidade para a população. 

Fonte: https://www.apa.org/topics/covid-19/health-disparities

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