Autoestima e Autoimagem em Idosos com Deficiência
Storch, J. A., Borella, D. R., Harnisch, G. S., Frank, R., &
Almeida, J. J. G. (2016). Auto‐estima e autoimagem em idosos com deficiência. Journal of Research in Special Educational
Needs, 16, 251-254. doi: 10.1111/1471-3802.12288.
Resenhado por
Lizandra Soares
A população
brasileira está envelhecendo. O grupo com maior crescimento populacional nos
últimos anos tem sido o grupo de idosos. Por idoso a Organização Mundial da
Saúde (OMS) entende pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. A velhice é um
período de desenvolvimento que traz consigo mudanças físicas e de saúde. É
neste momento que enfermidades tendem a aparecer com maior frequência, tais
como hipertensão, problemas cardiovasculares, limitações físicas e de
locomoção, entre outras. Por essa razão, a autoestima e a autoimagem dessa
população tem foco especial neste estudo. A autoestima é compreendida como a
autoavaliação realizada pelo sujeito a respeito de si próprio. A autoimagem por
sua vez, se refere a percepção corporal que o indivíduo tem de si próprio.
Segundo os autores da pesquisa, para os idosos a autoestima e a autoimagem
possuem um papel essencial para a construção de consciência de si e dos outros.
O objetivo da
presente investigação foi analisar a influência da prática regular de atividade
física na autoimagem e autoestima de idosos com deficiência pertencentes ao
Asilo Lar Rosas Unidas, da cidade de Marechal Cândido Rondon / Brasil.
Utilizou-se como método pesquisa descritiva, com uma amostra de seis idosos com
deficiência de ambos os sexos, com faixa etária entre 60 a 82 anos. Como
instrumento de coleta foi realizada uma adaptação da entrevista validada por Steglich
(1978). A análise de dados foi quantitativa.
Como resultado foi
encontrado que a prática de atividade física regular pode produzir efeitos
satisfatórios na autoestima e na autoimagem, apresentando-se em 80% dos idosos.
De igual maneira, esse público relatou sentir-se otimista e confiante, o que
refletiu na funcionalidade motora. Consequentemente, os indivíduos que
praticavam atividade física possuíam amplas relações sociais e convívio em
grupos. Tais dados podem apontar a prática de atividade física como um fator
protetivo para o desenvolvimento de transtorno na velhice.
Como limitações do
estudo, pode ser apontado o número reduzido de indivíduos na amostra, o que
limita a possibilidade de generalização. Além disso, não foi possível realizar
comparação entre grupos que praticam atividade física regular e grupos que não
praticavam, não permitindo o controle de outras variáveis além da atividade
física. No que se refere a relação entre a presente temática e a psicologia da saúde,
este texto pode auxiliar na compreensão do fenômeno da velhice ligado aos
aspectos de saúde e de percepção de si mesmo, incluindo autoimagem. Tais conceitos são importantes para entender
a forma como o período da velhice impactam em fatores psicológicos (autoestima
e autoimagem) e de saúde.
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