O sofrimento no contexto da doença
Borges, E., &
Peixoto, M. J. (2011). O sofrimento no contexto da doença. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 6, 36-39.
Postado por
Uquênia Lemos Brito
O sofrimento é transversal a várias
dimensões do ser humano, abrangendo características biopsicossociais e
espirituais. Ele se encontra presente em todas as situações da vida que
implique cuidado, sendo uma experiência pessoal e complexa, a qual pode
envolver uma situação intensamente negativa ou uma ameaça percebida. O
sofrimento é indispensável ao desenvolvimento humano, é único, com intensidade
variável podendo ser aliviado, mas não suprimido. Sendo assim, é fundamental
que os profissionais da saúde não só entenda o sofrimento, eles precisam buscar
estratégias que objetivem diminuir este fenômeno.
O sofrimento não traz repercussões somente
para o paciente e a família, pois ele também repercute na vida dos
profissionais de saúde. Assim, torna-se fundamental que eles estejam preparados
para reconhecer e lidar com as emoções dos utentes e/ou da família, assim como com
as próprias emoções. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar as pessoas
a desenvolverem formas mais adaptativas de enfrentar o sofrimento, por meio da
reestruturação cognitiva e técnicas comportamentais.
A figura abaixo mostra que as atitudes externas
nem sempre condizem com os sentimentos vivenciados. No entanto, o sofrimento
não deve ser interpretado como infortúnio, mas sim com uma possibilidade de
novas expectativas, possibilitando ver situações com maior clareza. Por isso,
torna-se importante a participação da Psicologia da Saúde
na promoção de estratégias de enfrentamento, proteção e prevenção em um maior
número de pessoas em sofrimento, sejam eles doentes, familiares ou
profissionais da saúde.
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