Saúde mental na perspectiva do enfrentamento à Covid-19: Manejo das consequências relacionadas ao isolamento social

 

Ribeiro, E. G., de Souza, E. L., de Oliveira Nogueira, J., & Eler, R. (2020). Saúde mental na perspectiva do enfrentamento à COVID-19: Manejo das consequências relacionadas ao isolamento social. Revista Enfermagem e Saúde Coletiva-REVESC5(1), 47-57.

                                                                                                                             Resenhado por José Wilton

 

 O isolamento social é uma medida protetiva criada durante a pandemia da Covid-19, com o intuito de achatar a curva de contágio. Segundo o estudo, o ser humano necessita de interação social para o seu desenvolvimento, porém, com a chegada da pandemia, essas interações sofreram mudanças e ocasionaram consequências na saúde mental da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde mental quando o indivíduo se encontra em um estado de bem-estar atrelado a ser produtivo e contribuir com a população, manejar o estresse ocasionado pela rotina e sabe conduzir suas habilidades. Assim, a promoção de saúde mental em período de pandemia é importante, visto que as mudanças sociais impostas como isolamento social podem promover transtornos psicológicos.

O objetivo deste estudo foi unir informações acerca do impacto da Covid-19 no mundo, além de expor técnicas e manejos que possam contribuir para a promoção de saúde mental durante o período de isolamento ocasionado pela Covid-19. O estudo apresentou uma revisão sistemática com base em livros e revistas científicas online na área da psicologia. Foram utilizadas as bases de dados Google Acadêmico, SciELO, repositórios de universidades brasileiras, bem como dados nacionais e mundiais retirados da OMS, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde (MS).

Dentre os resultados, viu-se que o isolamento social desencadeou na população sentimentos de angústia, solidão e tristeza. Ademais, foi fator negativo na reestruturação psicológica do indivíduo e redutor da qualidade de vida e bem-estar, bem como potencializador de sintomas ansiosos e depressivos. Além destas consequências, com a substituição da interação social física devido ao isolamento social a população se adequou as novas modalidades de comunicação. Ocorreu, também, aumento significativo no uso de tecnologias, visto que a tecnologia pode interferir no comportamento e nas formas de pensar sendo também preditor de problemas de saúde física e mental. Outro aspecto é que algumas técnicas foram elaboradas com o intuito de amenizar a situação, evitar bombardeio de informações acerca da Covid-19, a saber ler e ouvir músicas, organizar a rotina e praticar exercícios físicos.

            Por fim, a revisão sistemática propôs a utilização de algumas estratégias de enfrentamento que podem ajudar a lidar com os transtornos desencadeados pelo isolamento social. As técnicas indicadas pela revisão, como meditar, estabelecer uma rotina, praticar exercícios físicos e evitar excesso de informações acerca da Covid-19, foram adaptadas para serem realizadas dentro das residências, para que as pessoas tivessem que evitar saídas frequentes e possíveis contágios por conta do novo coronavírus. Com isso, os métodos mencionados podem vir a promover melhoras na saúde mental da população durante o período de afastamento, bem como promover conhecimento para profissionais da saúde mental como psicólogos e psiquiatras. Por fim, os dados do estudo reforçaram a importância da atuação da psicologia da saúde em momentos nocivos semelhantes à pandemia, visto que eventos como esse tem impacto na saúde mental da população e, consequentemente, pode aumentar as chances do indivíduo desenvolver algum transtorno mental comum.   

  

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.