A importância do acompanhamento psicológico sobre os indivíduos portadores de doença de Parkinson e Parkinsonismo usuários de L-DOPA

Barreto, M. A. M., & de Oliveira Fermoseli, A. F. (2018). A importância do acompanhamento Psicológico sobre os indivíduos portadores de Doença de Parkinson e Parkinsonismo usuários de l-dopa. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT-ALAGOAS, 4(2), 29.

Resenhado por Mariana Menezes

A Doença de Parkinson (DP) e o Parkinsonismo são patologias que têm se revelado altamente prevalentes entre os idosos. A DP, em particular, é a segunda doença neurodegenerativa que mais acomete os indivíduos da terceira idade. Tanto a DP como o Parkinsonismo são doenças neurodegenerativas, ou seja, responsáveis pela morte progressiva dos neurônios. Ambas as doenças costumam provocar sintomas muito parecidos tais como tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural.
Não se sabe exatamente o que causa essas patologias, mas do que se tem conhecimento a degeneração dos neurônios característica desses quadros se dá devido a diminuição na produção de dopamina na substância nigra. A etiologia dessas doenças também parece ter um caráter distinto em alguns aspectos de forma que a DP parece ter causa predominantemente genética enquanto que os fatores responsáveis pelo desenvolvimento do Parkinsonismo parecem estar ligados a causas externas tais como exposição a drogas bloqueadoras como dopaminérgicos, antipsicóticos e metoclopramida ou devido a traumatismos cranianos.
A qualidade de vida dos que convivem com essas doenças é significativamente afetada. Nesse sentido, somado a outros fatores, o apoio da equipe de saúde é fundamental para a promoção e manutenção do bem-estar dessas pessoas. O psicólogo é o profissional capacitado para acompanhar os indivíduos com DP e Parkinsonismo e fornecer a ajuda psicológica necessária. A intervenção psicológica nesses casos pode proporcionar uma melhora significativa desses indivíduos.
Dentre as possibilidades de intervenção existentes, os psicólogos podem intervir: trabalhando a aceitação da doença junto a esses pacientes e seus familiares; ajudando-os a lidar melhor com os efeitos negativos que tais doenças podem promover no dia a dia, contribuindo para pensar estratégias que auxiliem os pacientes a se engajarem de forma mais efetiva no tratamento da patologia e que facilitem a rotina dos que são responsáveis pela prestação de cuidados, contribuindo inclusive para diminuir a sobrecarga ligada a esse papel; e fornecendo orientações quanto ao uso das medicações.
Sobre esse último ponto, sabe-se que o tratamento farmacológico é essencial para a melhora dos sintomas e que o uso de algumas medicações utilizadas no tratamento da DP e do Parkinsonismo pode resultar em consequências drásticas sobretudo em pacientes idosos. Alternativas menos agressivas são as medicações que levam a L-dopa em sua composição, porém, como toda medicação o uso prolongado e por tempo indeterminado pode acarretar prejuízos à saúde. Além disso, para alcançar os efeitos desejados, o uso dessas medicações deve ser rigidamente controlado devendo ser administradas na dosagem e horários adequados.
Em resumo, o trabalho do psicólogo no contexto da Doença de Parkinson e do Parkinsionismo pode contribuir, dentre outras coisas, para a aceitação do estado de doença e para a promoção de melhorias no cotidiano tanto do paciente como dos seus cuidadores e familiares e, por fim, para o controle no uso de medicações.

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