Análise Funcional do Comportamento Autolesivo

Ceppi, B., & Benvenuti, M. (2011). Análise funcional do comportamento autolesivo. Archives of Clinical Psychiatry38(6), 247-253. 
Resenhado por Maria Clara

As práticas que o indivíduo se engaja a fim de provocar dano a si próprio se caracterizam como comportamentos autolesivos. As contingências revelam a relação existente entre variáveis ambientais e o comportamento, que pode ser mantido e com novas chances de ocorrência conforme suas consequências, que podem ser reforçadoras. Usualmente são três consequências reforçadoras que mantêm os comportamentos autolesivos: reforçamento social positivo, negativo e reforçamento automático.
Em estudo realizado por Iwata et al. (1994) constatou-se que a realização do comportamento autolesivo variou de acordo com as consequências produzidas no ambiente pelo comportamento. Dessa forma, ao identificar as consequências reforçadoras responsáveis pela manutenção dos autolesivos através de uma análise funcional é possível o desenvolvimento de estratégias de rearranjo de contingências, objetivando a redução desses comportamentos pela definição do tratamento mais apropriado.
         Nos trabalhos analisados nesta revisão, evidenciou-se que ao desempenhar a análise funcional em pacientes com ou sem atraso do desenvolvimento e amparada nos esquemas de reforçamento, pode-se identificar como se dão a aquisição e manutenção dos comportamentos autolesivos e quais as consequências que os promovem. Este estudo se mostra relevante pois aponta para o crescimento da Psicologia Comportamental devido a elaboração de técnicas comportamentais efetivas que dispensam técnicas essencialmente dependentes do comportamento verbal, alcançando outros públicos que não são sensíveis a elas e expandindo as contribuições da Psicologia para outras áreas como a Psiquiatria.

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