Transtorno de ansiedade generalizada no contexto clínico e social no âmbito da saúde mental
Brentini, L. C., Brentini, B. C.,
Araújo, E. C. S., Aros, A. C. S. P. C., Aros, M. S. (2018). Transtorno de
ansiedade generalizada no contexto clínico
e social no âmbito da saúde mental. Nucleus, 15(1), 237-248. doi: 10.3738/1982.2278.2700
Resenhado por Laís Santos
A ansiedade é uma emoção natural que
impulsiona os indivíduos a agir em situações de estresse. Quando em excesso desencadeia
uma série de problemas e comorbidades, passando a ser classificada como um
transtorno. Tendo em vista a relevância do estudo dos transtornos de ansiedade,
realizou-se uma revisão da literatura sobre ansiedade e saúde mental. Para
tanto, foram utilizadas três bases de dados, a saber: Medline, Lilacs e Scielo, tendo como descritores os termos
“ansiedade” e “saúde mental”, tanto em português quanto em inglês. Foram
inclusas pesquisas sobre a epidemiologia do transtorno de ansiedade
generalizado, resultando em uma amostra de 21 artigos, quatro livros e as
diretrizes da Associação Médica Brasileira e do
Ministério da Saúde.
Foram elencadas quatro categorias
para a discussão dos resultados. A primeira delas se referiu ao contexto social
dos transtornos de ansiedade. Observou-se que no decorrer dos últimos anos
houve diversos avanços em termos de políticas assistenciais em saúde mental.
Todavia, constata-se uma sobrecarga do sistema de saúde que dificulta até mesmo
o atendimento de condições clínicas menos complexas. Assim, salienta-se a falta
de equipamentos sociais suficientes para o cuidado em saúde mental eficaz, não
apenas voltados para os pacientes, mas principalmente, para os seus familiares.
A segunda categoria, contexto clínico, reuniu os principais sintomas do transtorno
de ansiedade generalizado, como por exemplo, a dificuldade de concentração,
fadiga, preocupação excessiva, distúrbios relacionados ao sono, irritabilidade,
dores de cabeça, dores musculares, entre outros.
A terceira e quarta categorias se referiram
ao tratamento farmacológico e não-farmacológico disponível para o TAG. Em
geral, recomenda-se a psicoeducação das pessoas que sofrem com tal transtorno,
uma vez que, cientes da definição, sintomas e tratamentos se torna mais fácil o
manejo e auxílio efetivo prestado a esse público. Sabe-se que a psicoterapia é
um passo essencial para o tratamento dos transtornos de ansiedade, devendo
existir independente ou não de estar associada ao tratamento medicamentoso.
Estima-se que a Terapia Cognitivo Comportamental é uma das abordagens mais
eficazes no manejo dos transtornos ansiosos, uma vez que, ela incide justamente
na reestruturação cognitiva, e, consequente efeito nas emoções e
comportamentos, produzindo assim respostas mais adaptativas frente a diferentes
situações estressora. Quanto ao tratamento farmacológico dos TAG, o principal
recurso utilizado pelos psiquiatras é a indicação dos antidepressivos,
especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina.
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