Durabilidade dos efeitos da Terapia Cognitivo-Comportamental em jovens e adolescentes com ansiedade, depressão ou estresse traumático: uma meta-análise em seguimentos a longo prazo


Rith-Najarian, L. R., Mesri, B., Park, A. L., Sun, M., Chavira, D. A., & Chorpita, B. F. (2018). Durability of Cognitive Behavioral  Therapy Effects for Youthand Adolescents  With Anxiety, Depression, or Traumatic Stress: A Meta-Analysison Long-Term Follow-Ups.Behavior Therapy.doi:10.1016/j.beth.2018.05.006 

Resenhado por Catiele Reis

            Vários estudos têm mostrado a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) em jovens com ansiedade, estresse traumático e depressão. Tais estudos dedicaram-se principalmente aos efeitos individuais no tratamento, mas poucos se debruçaram a fazer um estudo meta-analítico do fato. Dessa forma, os autores acima fizeram uma meta-análise com os seguintes objetivos: (1) Examinar os efeitos da TCC em jovens no período pós-tratamento durante: 1 mês, 3 meses, 6 meses, 1 ano e a longo prazo (mais de dois anos) e; (2) Identificar variáveis relacionadas à pesquisa que se relacionam com os efeitos (as variáveis dependentes e independentes).
            A amostra foi composta de artigos elegidos a partir dos Serviços Baseados em Evidência da PractiseWise (PWEBS), ou seja, um banco de dados com foco em artigos de pesquisa e tratamento da saúde mental dos jovens. Todas as intervenções incluídas na base de dados foram testadas em estudos com jovens menores de 19 anos. Assim, a análise foi realizada através do modelo de efeitos aleatórios em um grupo de 110 crianças e adolescentes na abordagem da TCC.
            Foi possível notar que os efeitos do tratamento no grupo foram grandes no pós-tratamento (g =1,24) e no seguimento de 1 até o que os autores chamam de longo prazo (g = 1,23 – 1,82). Não foi possível identificar uma mudança significativa dos efeitos por patologia estudada, ou seja, os efeitos foram semelhantes em sujeitos com: depressão, estresse traumático e ansiedade. Analisou-se o acompanhamento do tratamento na amostra e percebeu-se quanto maior o tempo  menos acompanhamento de seguimento tinha nos estudos (apenas 11% das pessoas eram acompanhados por mais de dois anos) o que mostra uma possível lacuna nos estudos
            Por fim, notou-se que há uma necessidade de estudos que explorem com maior clareza os respondentes, visto que o sucesso ou o fracasso do tratamento pode estar diretamente ligado a eles. Foi possível, porém, alcançar o objetivo inicial que foi o de avaliar a durabilidade do efeito do tratamento, mas ainda não foi possível notar de que forma os fatores que influenciam a doença (respondentes) tem influencia sobre o tratamento e o possível retorno da crise ao longo do tempo.



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