Quando o pai pode ficar em casa: flexibilidade do pai no trabalho e saúde materna
Postado por Márcio Diego Reis
Estudos sobre o desenvolvimento infantil mostram que o papel do pai tem sido menos discutido quando comparado ao da mãe (Luz & Berni, 2010). Essa é uma realidade que se repete no imaginário social acerca dos papéis de homens e mulheres no cuidado e na interação com seus filhos, contribuindo para que exista maior interesse no estudo sobre o tema “mãe/maternidade” em detrimento do tema “pai/paternidade”. A psicologia tem fomentado, ao longo do tempo, a ênfase na relação mãe/criança como essencial nos estudos de desenvolvimento da criança, sendo reduzido o número dos trabalhos direcionados à relação pai/paternidade e às possíveis reverberações dessa díade, o que mostra a necessidade de novos estudos direcionados a esse tipo de relação.
Uma reportagem realizada pelo Jornal da Record acerca de uma pesquisa da Suécia (ver estudo completo em https://www.nber.org/papers/w25902.pdf), país que oferece 30 dias de licença-paternidade, aponta que o acompanhamento do pai durante esse período reduz em 26% a probabilidade de a mãe ter que tomar ansiolíticos, diminui as complicações pós-parto em 14% e a necessidade de antibióticos em 11%
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