O efeito da terapia cognitivo-comportamental em grupos no estresse, na ansiedade e na depressão em mulheres com esclerose múltipla

22:17

 

Pahlavanzadeh, S., Abbasi, S., & Alimohammadi, N. (2017). The effect of group cognitive behavioral therapy on stress, anxiety, and depression of women with multiple sclerosis. Iranian Journal of Nursing and Midwifery Research, 22(4), 271. https://doi.org/10.4103/1735-9066.212987

 

Resenhado por Luiz Fernando de Andrade Melo

 

A esclerose múltipla é uma doença crônica do sistema nervoso central e que pode afetar severamente a qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados com ela. A faixa etária de início da doença é entre 25 e 30 anos, sendo que boa parte dos pacientes são mulheres em idade reprodutiva. Aproximadamente metade das pessoas com esclerose múltipla enfrentam estresse e sintomas depressivos e ansiosos no primeiro ano após o diagnóstico. Alguns fatores que estão relacionados é o medo da morte, preocupações sobre o futuro, perda do emprego e custos do tratamento. Consequentemente, tratamentos psicológicos e psiquiátricos são necessários para reduzir o impacto na saúde mental desses pacientes. Esta pesquisa, portanto, propôs avaliar o efeito da terapia cognitivo-comportamental em grupos no estresse, na ansiedade e na depressão no público feminino com esclerose múltipla.

Trata-se de um estudo clínico randomizado de três estágios em que participaram 70 mulheres, separadas igualmente em dois grupos: intervenção e controle. O critério de inclusão para a pesquisa foi ter sido diagnosticada com esclerose múltipla nos últimos seis meses. Utilizou-se a Depression Anxiety Stress Scale – DASS-42, com 14 itens para mensurar os níveis de depressão, 14 para ansiedade e 14 para estresse. A escala foi usada antes, logo após e depois de um mês da intervenção. O tratamento consistiu em oito sessões, sendo uma sessão de 90 minutos por semana.

Os resultados obtidos demonstraram redução dos níveis de estresse, ansiedade e depressão após o programa e sua diminuição foi consistente até um mês depois do tratamento. Já o grupo de intervenção teve níveis menores nos três aspectos psicológicos em comparação ao grupo controle. Ademais, os escores deste último grupo se mantiveram ao longo das três etapas de testagem.

Com esta pesquisa avaliou-se os efeitos da terapia cognitivo-comportamental em grupo no estresse, na ansiedade e na depressão em mulheres com esclerose múltipla. Por ser um estudo clínico randomizado, notou-se as diferenças entre dois grupos sem (controle) e com a terapia nos construtos psicológicos analisados. A partir dele, é possível afirmar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo para este tipo de demanda e no público especificado. Sua contribuição para a Psicologia da Saúde é o levantamento de dados de tratamentos que tenham como foco os impactos psicológicos da esclerose múltipla em seus pacientes. Assim, o estudo se torna uma das fontes na literatura para melhores intervenções nesse contexto.

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