A Psicologia Comportamental no TEA

Camargo, S. P. H., & Rispoli, M. (2013). Análise do comportamento aplicada como intervenção para o autismo: definição, características e pressupostos filosóficos. Revista Educação Especial26(47), 639-650.
Resenhado por Maria Clara
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento com curso crônico, sem etiopatologia bem definida ou possibilidade de remissão espontânea. Caracteriza-se essencialmente pelas alterações nas habilidades de interação social, déficits na comunicação e empenho em padrões de comportamentos repetitivos e estereotipias. Ano após ano a prevalência do TEA vem aumentando, é estimado que 1 em cada 50 crianças de 6 a 12 anos são diagnosticadas nos EUA. No Brasil o número de diagnósticos vem aumentando segundo a experiência clínica, o que se deve provavelmente ao fato do maior acesso à conhecimentos acerca do transtornos e instrumentos de identificação precoce.
A Psicologia Comportamental, através do seu aspecto empiricista, baseando-se em evidências, têm se revelado bastante eficaz nas terapias com vistas à redução dos sintomas do TEA, além da promoção de comportamentos adequados e adaptativos. Uma das tecnologias disponíveis na terapia comportamental é a Análise do Comportamento Aplicada ou ABA (Applied Behavior Analysis), sendo empregada nos contextos de vida diária atuando na redução de comportamentos inapropriados e aumento de comportamentos apropriados. Através de procedimentos descritos especificamente para cada comportamento problema, visa estabelecer uma relação funcional, facilitando a predição e controle das variáveis que afetam e mantêm esses comportamentos. O ABA requer inúmeras e extensivas horas de intervenção intensiva, com acompanhamento de uma equipe multiprofissional para abrangência das diversas áreas do comportamento.

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