Autoeficacia en escolares adolescentes: Su relación con la depresión, el rendimiento académico y les relaciones familiares/ Autoeficácia em adolescentes escolares: Sua relação com depressão, rendimento acadêmico e relações familiares


Moyeda, I. X. G., Velasco, A. S., & Ojeda, F. R. (2013). Autoeficacia en escolares adolescentes: Su relación con la depresión, el rendimiento académico y las relaciones familiares. Anales de Psicología/Annals of Psychology29(2), 491-500. doi: 10.6018/analesps.29.2.124691 
Resenhado por Daiane Nunes

A autoeficácia se refere às crenças que as pessoas têm sobre sua eficácia no controle dos eventos que afetam suas vidas. Tais crenças exercem influência ativa sobre as escolhas feitas pelos indivíduos, suas aspirações, o nível de esforço e perseverança, a resistência à adversidade, a vulnerabilidade ao estresse, entre outros aspectos. Evidências têm apontado uma relação positiva entre a autoeficácia e o desempenho acadêmico geral de crianças, adolescentes e jovens adultos. Além disso, nota-se que crenças relativas à capacidade de lidar com demandas influenciam estados emocionais, como ansiedade e depressão. No campo escolar, tem sido relatada a relação entre autoeficácia acadêmica e ansiedade, contudo, há poucas evidências de sua associação com a depressão. Com isso, o presente estudo teve como objetivo explorar a relação entre depressão, autoeficácia acadêmica, dinâmica familiar e desempenho acadêmico.
Os instrumentos utilizados foram a Escala de Autoeficácia para Crianças (Bandura, 1990), o Inventário de Depressão de Kovacs, a Escala de Ambiente Familiar (Sixfingers, De la Cruz, & Lamb, 1995). Inicialmente, aplicou-se o Inventário de Depressão de Kovacs em uma amostra de 257 estudantes do ensino médio. Com base nos escores obtidos, foram escolhidos dois grupos compostos por 40 estudantes cada, sendo um deles formado por sujeitos com tendências depressivas graves e o outro com diagnóstico normal. A faixa etária da amostra final variou de 12 aos 15 anos (Md = 14,0 anos). Os resultados demonstraram que as meninas apresentaram maiores escores de depressão comparativamente aos meninos, sendo essa diferença significativa tanto para os escores totais do instrumento quanto para os fatores de relacionamento interpessoal e depressão. Em contrapartida, as meninas apresentaram maior rendimento acadêmico. Foi constatada também uma correlação moderada, positiva e significativa entre os escores da escala de autoeficácia e o desempenho acadêmico. Além disso, não foi encontrada uma correlação significativa entre autoeficácia e relacionamento familiar (r = 0,183; p = 0,105)
Quanto à interação entre depressão e autoeficácia, o estudo apontou a existência de uma relação inversa entre ambas as variáveis. Os indivíduos que obtiveram baixos níveis de depressão e que foram classificados como não deprimidos, tiveram escores de autoeficácia maiores do que aqueles identificados como deprimidos graves (t = 3,533; p = 0,001). Os escores obtidos nos fatores que compõem a escala de autoeficácia também apresentaram essa relação; as diferenças na autoeficácia devida ao nível de depressão foram significativas apenas para a autoeficácia social (t = 3,165; p = 0,002) e autoeficácia acadêmica (t = 3,636; p = 0,001). Por sua vez, a dimensão “controle” parece ser semelhante tanto em indivíduos deprimidos quanto em indivíduos não deprimidos (t = 1.244; p = 0,217).
Por fim, destaca-se que a baixa autoeficácia percebida está relacionada à sintomatologia depressiva, evidenciando nos indivíduos vieses no processamento cognitivo, falta de motivação, falta de controle de percepção e ineficiência social. Desse modo, pontua-se a relevância do estudo deste construto no campo da Psicologia da Saúde, visto que as crenças de autoeficácia têm uma influência na percepção dos indivíduos sobre sua capacidade de realizar tarefas necessárias para superar desafios, contribuindo com a promoção de bem-estar.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.